Marcadores sociais da diferença nas experiências travestis de enfrentamento à aids
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Data
2011-03-01
Autores
Orientador
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
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Editor
Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Saúde Pública
Associação Paulista de Saúde Pública
Associação Paulista de Saúde Pública
Tipo
Artigo
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Os argumentos apresentados neste artigo partem de apontamentos etnográficos oriundos de pesquisa antropológica realizada entre travestis que se prostituem. A partir da análise dessas notas, apresentam-se as categorias classificatórias acionadas pelas travestis que se prostituem a fim de, por esses termos, demarcarem diferenças pouco consideradas pelos formuladores de políticas de saúde, mas que são significativas para elas, pois se referem a maneiras singularizadas de subjetividades nas quais gênero, geração, classe e raça estão implicadas. Assim, procura-se explorar como esses marcadores sociais da diferença operam contextual e relacionalmente nas respostas que esses sujeitos têm elaborado frente à sistemática associação entre travestis e aids, e como esses eixos se enfeixam compondo experiências específicas do adoecer e do sofrimento, ao mesmo tempo em que permitem que as travestis mobilizem diversas estratégias de resistência e enfrentamento a processos de estigmatização. A discussão a ser empreendida vale-se do escopo teórico pós-estruturalista, bem como das contribuições do feminismo como crítica epistemológica.
Resumo (inglês)
The arguments presented in this study are based on an ethnographic investigation resulting from an anthropological research carried out with transvestites involved in prostitution. From the analysis of the findings of this study, the transvestites were classified according to categories denoting differences which generally are not adequately taken into consideration by health policy-makers, but which are indeed significant to the transvestites since those differences indicate singular manners of subjectivity which include gender, generation, social class, and race. Therefore, this study focused on investigating how these social markers of difference influence contextually and socially the answers resulting from the systematic association between transvestites and AIDS and also how these facts are connected considering specific experiences of becoming ill and suffering, at the same time that they enable them to develop resistance strategies to deal with stigmatization processes. The analyses are based on post-structuralist theories and on contributions from feminism as an epistemological criticism.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português
Como citar
Saúde e Sociedade. Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo.Associação Paulista de Saúde Pública., v. 20, n. 1, p. 76-85, 2011.