Avaliação da expressão proteica de NLRP3 em modelo in vitro de pré-eclâmpsia

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Data

2023-12-08

Orientador

Sandrim, Valéria Cristina

Coorientador

Nunes, Priscila Rezeck

Pós-graduação

Curso de graduação

Botucatu - IBB - Ciências Biomédicas

Título da Revista

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

A pré-eclâmpsia (PE) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade neonatal e materna no mundo, tendo maior prevalência em países de menor poder socioeconômico, atingindo cerca de 6-10% das gestações no mundo. O principal sintoma que contribui para o diagnóstico é a hipertensão arterial a partir da 20ª semana, em gestantes previamente normotensas, associada a proteinúria. Contudo, a PE pode ser diagnosticada sem a presença de proteinúria quando a hipertensão arterial está associada, também, à disfunção de órgãos maternos ou à disfunção uteroplacentária. Essa síndrome não apresenta cura, sendo a indução do parto prematuro o principal desfecho da doença. Apesar de sua alta prevalência, sua fisiopatologia ainda não é muito bem elucidada. Entretanto, sabe-se que a PE é causada por invasão trofoblástica inadequada que culmina em falha na remodelação vascular, podendo levar à má perfusão e isquemia placentária, resultando em disfunção endotelial. Esse processo é fundamental na fisiopatologia da doença, visto que pode levar a liberação, no sangue da gestante, de solutos, debris, DNA fetal e células. Esses eventos, por sua vez, agem como mediadores inflamatórios que ativam o sistema imune inato atuando como padrões moleculares associados a danos (damage-associated molecular patterns - DAMPs) que serão reconhecidos por receptores de reconhecimento padrão (pattern recognition receptors - PRRs) presentes nas células. Após esse reconhecimento, há a formação do complexo proteico que medeia o processo inflamatório denominado inflamassoma, que irá responder aos sinais liberados por estímulo dos produtos presentes no sangue. Na literatura, o inflamassoma mais bem estudado e descrito é o NLRP3 (nod-like receptor protein 3) composto pela ASC, NLRP3 e pró-caspase 1, que quando ativado inicia o processo de síntese e liberação de citocinas pró-inflamatórias como IL-1ꞵ e IL- 18. Tendo em vista que o inflamassoma é essencial para o desenvolvimento do processo inflamatório, que o torna então agente agravador da PE, o seguinte trabalho tem como objetivo avaliar a expressão das seguintes proteínas: NLRP3, caspase-1 e HMGB1 (High-Mobility Group Box 1). Para isso, será utilizada a técnica de Western blot a fim de identificar e comparar a expressão de proteínas desse complexo em células endoteliais da veia do cordão umbilical humano (HUVEC) incubadas com pool de plasma de gestantes com PE e gestantes saudáveis (GS). Além disso, também serão avaliados os efeitos de três drogas como possíveis abordagens terapêuticas utilizando o inflamassoma como alvo, sendo elas a glibenclamida (inibidor inespecífico do NLRP3), o MCC950 (um inibidor específico) e por fim o BAY 11-7821, conhecido por ser um potente inibidor do NF-𝛋B (nuclear factor kappa B), envolvido em uma das vias de ativação do complexo. Com relação a menor expressão de caspase-1 em células incubadas com plasma de PE, o MCC950 apresentou maior eficácia, o que não foi observado na expressão de NLRP3, cuja droga mais eficaz foi o BAY 11-7821. Os dados do HMGB1 foram mais complexos podendo ser vinculados a eventos de piropitose. Dessa forma, estes resultados ajudam não somente a elucidar o processo inflamatório envolvido na PE, como também abrir possibilidades de tratamento para um dos maiores desafios clínicos da gestação.

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Português

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