Mulheres idosas vítimas de violência: vivências de protagonismo nas denúncias

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Data

2022-09-27

Orientador

Marin, Maria José Sanches

Coorientador

Pós-graduação

Enfermagem - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

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Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A violência contra as mulheres se ancora nas iniquidades de gênero e aspectos culturais, que que fazem perpetuar a aceitação de relacionamentos abusivos, principalmente em mulheres mais velhas. Frente a este contexto, a presente investigação se propõe a interpretar a vivência de idosas no processo de empoderamento na denúncia da violência intrafamiliar e desenvolver uma teoria substantiva e modelo teórico que o explicite. Trata-se de um estudo qualitativo realizado por meio da vertente straussiana da Teoria Fundamentada nos Dados. Entre os meses de fevereiro de 2018 e janeiro de 2020, foram realizadas entrevistas individuais com 21 idosas que registraram Boletins de Ocorrência de violência interpessoal (primeiro e segundo grupos amostrais compostos por mulheres cujos filhos e netos foram os agressores e outros agressores, respectivamente) e nove profissionais que atuavam em uma Delegacia de Defesa da Mulher (terceiro grupo amostral). A partir do modelo paradigmático do fenômeno “Protagonizando o enfrentamento da violência”, foi possível identificar que a denúncia de violência por mulheres idosas se origina na compreensão da necessidade de tomar uma atitude e a identificação de estratégias de empoderamento associadas a um processo de ressignificação de si, sofrendo profunda interferência das interações sociais das idosas e seus papeis socialmente construídos. Fica evidente, portanto, a necessidade de superar as relações de tradicionais de ordem patriarcal, assim como investir em estratégias de empoderamento de mulheres idosas para a prevenção e enfrentamento da violência.

Resumo (inglês)

Violence against women is anchored in gender inequities and cultural aspects, which perpetuate the acceptance of abusive relationships, especially in older women. Given this context, this research aims to interpret the experience of older women in the process of empowerment in reporting intrafamily violence and develop a substantive theory and theoretical model that explains it. This is a qualitative study conducted through the Straussian strand of Data-Founded Theory. Between the months of February 2018 and January 2020, individual interviews were conducted with 21 elderly women who filed police reports of interpersonal violence (first and second sample groups composed of women whose children and grandchildren were the aggressors and other aggressors, respectively) and nine professionals working in a Women's Defense Police Station (third sample group). From the paradigmatic model of the phenomenon "Protagonizing the confrontation of violence", it was possible to identify that the reporting of violence by elderly women originates in the understanding of the need to take an attitude and the identification of empowerment strategies associated with a process of self-signification, suffering deep interference from the social interactions of the elderly women and their socially constructed roles. It is evident, therefore, the need to overcome traditional patriarchal relationships, as well as to invest in empowerment strategies for the prevention and confrontation of violence against elderly women.

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Português

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