Suicídio: Uma questão de Saúde Pública no Brasil?

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Data

2023-06-13

Orientador

Correa, Mariele Rodrigues

Coorientador

Pós-graduação

Psicologia - FCLAS 33004048021P6

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

O suicídio é afirmado pela Organização Mundial de Saúde, pelo Ministério da Saúde e pela literatura técnico-científica como um fenômeno complexo, multideterminado e uma questão de Saúde Pública. O Brasil, apesar de não apresentar uma taxa alta de mortalidade por suicídio, sendo um país muito populoso, figura como um dos 10 países no qual mais mortes por suicídio ocorrem no mundo. Em 2006, foi o primeiro país da América Latina a definir estratégias de prevenção do suicídio. Em 2017, o Ministério da Saúde lançou uma agenda estratégica para prevenção do suicídio e, em 2019, foi promulgada uma lei que define a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio (PNPAS). O presente trabalho objetiva analisar a instituição da atenção ao suicídio como política pública. Trata-se de um estudo documental, qualitativo, com delineamento exploratório descritivo. Utilizou-se como método de pesquisa a análise de conteúdo de Bardin e como referenciais teóricos estudos da Psicologia Social, da Saúde Coletiva e da Suicidologia, compatíveis com o materialismo dialético. Foram submetidos à análise documentos referentes à condução de ações direcionadas a questão do suicídio, prioritariamente leis, normas e documentos orientadores. Foram identificados alguns dos atores sociais envolvidos e sistematizados cronologicamente ações, práticas e marcos relacionados à atenção ao suicídio no Brasil, identificando também narrativas que embasam as intervenções que vêm sendo adotadas pelo estado brasileiro. Conclui-se que paradigmas e interesses diversos sustentam as ações, não tendo ainda o Brasil efetivado organizadamente estratégias de prevenção do suicídio em um plano nacional, apesar do conhecimento construído e de orientadores para tal. O suicídio como questão de Saúde Pública se estabelece como discurso tanto nas narrativas que circulam entre o senso comum e textos técnico-científicos, quanto nos documentos oficiais brasileiros, porém, não houve projeto de Estado para preservação e promoção de vida, apesar de todas as iniciativas e ações que foram se estabelecendo por alguns estados, municípios, universidades e organizações não governamentais, vários embasados nas diretrizes nacionais de prevenção do suicídio de 2006.

Resumo (inglês)

The World Health Organization, the Brazilian Ministry of Health and the technical-scientific literature define suicide as a complex, multidetermined phenomenon and a Public Health issue. Despite not having a high suicide mortality rate for a very populous country, Brazil is one of the ten countries in which the most deaths by suicide occur in the world. In 2006, it was the first country in Latin America to define suicide prevention strategies. In 2017, the Ministry of Health launched a strategic agenda for suicide prevention. In 2019, the government enacted a law that defines the Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio (PNPAS), a national policy for the prevention of self-mutilation and suicide. The present work aims to analyze the enactment of suicide care as a public policy. This work is a documentary, qualitative study with a descriptive exploratory design. We employed Bardin's content analysis as a research method and used social psychology, public health, and suicidology studies compatible with dialectical materialism as theoretical references. We analyzed documents regarding suicide, such as laws, norms, and guidelines. Still, regarding suicide prevention, we identified some social actors involved and chronologically organized actions, practices, and milestones, identifying narratives that underlie the interventions the Brazilian state has been adopting. We concluded that different paradigms and interests support the actions on suicide prevention and that Brazil has not yet implemented a suicide prevention strategy organized at a national level despite having the knowledge and experts to do so. Suicide as a Public Health issue is established as a discourse both in the narratives that circulate between common sense and technical-scientific texts and in Brazilian official documents; however, there has not been a State project for the preservation and promotion of life, despite all the initiatives and actions that have been established by some states, municipalities, universities, and non-governmental organizations, several based on the 2006 national prevention guidelines.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

SALIMON-SANTOS, Ana Vitória. Suicídio: uma questão de Saúde Pública no Brasil? 2024. 263 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Assis, 2024.

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