Os miRNAs como potenciais biomarcadores da origem desenvolvimentista do câncer de próstata em animais submetidos a restrição proteica materna: abordagens epiDOHaD

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Data

2022-12-20

Orientador

Junior, Luís Antonio Justulin

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Física Médica - IBB

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

O aumento da incidência de câncer em diversas faixa etária da população nas últimas décadas é algo alarmante. Existem estudos que mostram que uma parcela destes casos pode estar envolvida a insultos sofridos durante a vida intrauterina de indivíduos, já que o embrião/feto tem a capacidade de se adaptar a mudanças ambientais, fazendo assim que estas mudanças tragam consequências na vida adulta. Nosso grupo de pesquisa demonstrou que a prole gerada por ratas que passam por um processo de restrição proteica durante a gestação e lactação tem um aumento de 50% na incidência de câncer de próstata (CaP) na idade avançada. Contudo, existe uma falta de informação sobre quais seriam os mecanismos moleculares e epigenéticos são responsáveis por tais mudanças. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da restrição proteica materna (RPM) sobre o perfil global de expressão dos miRNAs na Próstata Ventral (PV) de ratos machos Sprague Dawley nascidos de mães alimentadas com uma dieta padrão contendo 17% de proteína, chamado de grupo controle (CTR), ou com uma dieta hipoproteica, contendo somente 6% de proteína, grupo restrição proteica gestacional e lactacional (GLLP) durante a gestação e lactação, sendo ambos os grupos eutanasiados no dia pós-natal (DPN) 21 e associar essas moléculas como potenciais biomarcadores da origem desenvolvimentista do CaP. Os dados de sequenciamento de small RNA sequence foram analisados e posteriormente quantificados pela plataforma Oasis para identificação dos miRNAs, e para obtermos informações da relação miRNAs-mRNAs foi feita uma reanalise dos dados transcriptômicos que já haviam sido gerados anteriormente pelo nosso grupo de pesquisa. Foi então analisada o diferencial de expressão (DE) dos miRNAs e mRNAs utilizando linguagem R onde observamos 20 miRNAs diferencialmente expressos, 14up-regulados e 6 down-regulados e 408 mRNAs (322 up-regulados e 86 down-regulados). Foi feita então uma análise de predição de alvos utilizando a ferramenta miRWalk 3.0 e estabelecida a correlação entre a expressão de miRNAs e mRNAs. Através da ferramenta KOBAS foram feitas as análises de enriquecimento funcional, onde foram utilizados os resultados da análise integrativa onde identificamos 7 módulos funcionais. Para comparar os efeitos desses genes em pacientes com CaP, esses alvos foram utilizados para realizar análises genômicas utilizando a ferramenta CBioPortal onde foi constatado que 73% dos pacientes observados apresentavam os genes em questão. Concluímos então que a restrição proteica materna causa sim um desbalanço de miRNAs envolvidos em importantes vias do desenvolvimento prostático, podendo ser um dos fatores que levam ao CaP na vida adulta.

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Português

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