Mídia radical digital como rede de apoio e divulgação da realidade interseccional: uma análise do Nós Mulheres da Periferia

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Data

2022-08-30

Orientador

Xavier, Juarez Tadeu de Paula

Coorientador

Pós-graduação

Mídia e Tecnologia (mestrado profissional) - FAAC

Curso de graduação

Título da Revista

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Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Esta pesquisa parte da hipótese de que há um sistema necropolítico que afeta as mulheres de forma interseccional. Necropoder é um termo usado para denominar as violências que o Estado sabe que existem e não atua para impedi-las e, também, que são feitas pelo próprio Estado. As violências analisadas por este estudo são as estruturais, culturais e diretas cometidas contra as mulheres, além disso o estado pandêmico aumentou as vulnerabilidades que já existiam. Devido a esse cenário, analisaremos a resistência feita por mulheres periféricas em plataformas de mídias radicais digitais, como o portal Nós Mulheres da Periferia, durante os meses de julho de 2020 e julho de 2021. É objetivo da pesquisa avaliar se o site informa as mulheres sobre seus direitos ao articular uma rede de apoio e acolhimento delas. Esse veículo de comunicação se encaixa no conceito de mídia radical, pois se posiciona de forma contrária à realidade hegemônica. A interseccionalidade é necessária para se fazer uma análise concreta da realidade. Dessa forma, foi selecionada uma forma de mídia radical que abrange as questões da interseccionalidade. Assim, a análise do portal permitirá um maior entendimento sobre as dificuldades que estão sendo enfrentadas pelas mulheres de baixa renda e de maioria negra no Brasil durante a pandemia. O conteúdo veiculado se somará aos dados já coletados dos relatórios de 2020 e 2021 do Fórum Nacional de Segurança Pública sobre gênero, economia e violência. O trabalho avalia o contexto histórico, aprofundando discussões sobre o sistema hegemônico atual, feito através dos materiais bibliográficos utilizados, pois tanto o objeto (portal analisado) quanto os sujeitos não são separáveis de seu contexto histórico.

Resumo (inglês)

This research starts from the hypothesis that there is a necropolitical system that affects women in an intersectional way. Necropower is a term used to refer to violence that the State knows exists but does not prevent it from happening, and those that itself commits. The violence analyzed by this study is the structural, cultural and direct violence committed against women, added to the pandemic state which have increased the vulnerabilities that already existed. Due to this scenario, we’ll analyze the resistance made by peripheral women on radical digital media platforms, such as the Nós Mulheres da Periferia portal, during the months of July 2020 and July 2021. The objective of the research is to assess whether the site informs women about their rights by articulating a support and reception network for them. This communication vehicle fits the concept of radical media, as it stands against the hegemonic reality. Intersectionality is necessary to make a concrete analysis of reality. This way, a form of radical media was selected that encompasses the issues of intersectionality. Thus, the analysis of the portal will allow a greater understanding of the difficulties that are being faced by low-income and mostly black women in Brazil during the pandemic. The content aired will be added to the data already collected from the 2020 and 2021 reports of the National Public Security Forum on gender, economics and violence. The work evaluates the historical context, deepening discussions about the current hegemonic system, made through the bibliographic materials used, since both the object (analyzed portal) and the subjects are not separable from their historical context.

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Idioma

Português

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