O desenvolvimento da moeda digital chinesa: potencialidades e desafios para a China e o Sistema Monetário e Financeiro Internacional

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Data

2022-11-10

Orientador

Pires, Marcos Cordeiro

Coorientador

Pós-graduação

Relações Internacionais (UNESP - UNICAMP - PUC-SP) - IPPRI

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A China é um dos países mais avançados no que diz respeito ao desenvolvimento de uma moeda digital emitida pelo Banco Central (CBDC, na sigla em inglês), encontrando-se em fase de testes, com objetivo de lançamento em 2022. Ainda que o yuan digital (e-CNY) esteja sendo criado para uso doméstico, o Banco Central da China estuda a possibilidade da utilização de CBDCs para otimizar trocas cross-borders. Tal fato, pode alavancar, inclusive, a estratégia de Beijing de internacionalizar sua moeda, acelerando especulações acerca da continuidade da hegemonia do dólar americano. O objetivo desta dissertação é analisar o projeto de digitalização da moeda da China, com foco nas possibilidades e nos desafios para o país e para o sistema internacional. A perspectiva teórica utilizada é a Economia Política Internacional de Susan Strange (1970, 1971 e 1988), somada à contribuição de Yao (2018) a fim de analisar os objetivos da China e apresentar uma estrutura sistemática que explica a função, o valor e as aplicações técnicas da moeda digital chinesa. A metodologia utilizada inclui a revisão da literatura especializada sobre os tópicos abordados na pesquisa e priorização na busca por fontes primárias produzidas pelo governo chinês. Conclui-se que existe uma tendência mundial de digitalização de moedas e a China é um dos países mais avançados e inovadores no assunto. No entanto, tal fenômeno, não apenas apresentará oportunidades para o país, como também novos desafios internos e frente à comunidade internacional, como a flexibilização do controle cambial no país e a intensificação das disputas com a potência hegemônica.

Resumo (inglês)

China is one of the most advanced countries in terms of the development of a digital currency issued by the Central Bank, which is in the testing phase, with the objective of launching in 2022. Although the digital yuan (e-CNY) is being created for domestic use, the Central Bank of China is studying the possibility of using CBDCs to optimize cross-border exchanges. This fact may even leverage Beijing's strategy of internationalizing its currency, accelerating speculation about the continued hegemony of the US dollar. The objective of this project is to analyze China's currency digitization project, focusing on the possibilities and challenges for the country and the international system. The theoretical perspective used is the International Political Economy of Susan Strange (1970, 1971 and 1988), added to the contribution of Yao (2018) in order to analyze China's objectives and present a systematic framework that explains the function, value and technical applications of Chinese digital currency. The methodology used includes a review of the specialized literature on the topics covered in the research and prioritization in the search for primary sources produced by the Chinese government. It is concluded that there is a worldwide trend of currency digitization and China is one of the most advanced and innovative countries in the subject. However, such a phenomenon will not only present opportunities for the country, but also new internal challenges and in the face of the international community, such as the easing of exchange control in the country and the intensification of disputes with the hegemonic power.

Resumo (espanhol)

China es uno de los países más avanzados en cuanto al desarrollo de una moneda digital emitida por el Banco Central, que se encuentra en fase de prueba, con el objetivo de lanzarse en 2022. Aunque se está creando el yuan digital (e-CNY). para uso doméstico, el Banco Central de China está estudiando la posibilidad de utilizar CBDC para optimizar los intercambios transfronterizos. Este hecho puede incluso aprovechar la estrategia de Beijing de internacionalizar su moneda, acelerando la especulación sobre la continuación de la hegemonía del dólar estadounidense. El objetivo de este proyecto es analizar el proyecto de digitalización de la moneda de China, centrándose en las posibilidades y desafíos para el país y el sistema internacional. La perspectiva teórica utilizada es la Economía Política Internacional de Susan Strange (1970, 1971 y 1988), sumada a la contribución de Yao (2018) para analizar los objetivos de China y presentar un marco sistemático que explique la función, el valor y las aplicaciones técnicas de Moneda digital china. La metodología utilizada incluye una revisión de la literatura especializada en los temas tratados en la investigación y la priorización en la búsqueda de fuentes primarias producida por el gobierno chino. Se concluye que existe una tendencia a nivel mundial de digitalización de moneda y China es uno de los países más avanzados e innovadores en el tema. Sin embargo, tal fenómeno no solo presentará oportunidades para el país, sino también nuevos desafíos internos y de cara a la comunidad internacional, como la flexibilización del control cambiario en el país y el recrudecimiento de las disputas con la potencia hegemónica.

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Português

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