Eficácia e segurança do enxaguatório clareador sobre o esmalte dental: estudo clínico controlado randomizado e estudo in vitro
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Data
2022-07-28
Autores
Orientador
Borges, Alessandra Bühler [UNESP}
Coorientador
Pós-graduação
Outro
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Enxaguatórios clareadores tornaram-se muito populares devido ao seu fácil uso e disponibilidade. Contudo, não há evidência dos efeitos e segurança desses produtos sobre o esmalte sadio e desmineralizado. Esta proposta foi dividida em duas partes. A primeira foi um estudo clínico randomizado que avaliou a eficácia e segurança do enxaguatório clareador. Participantes (n=45) foram alocados aleatoriamente em três grupos de tratamento: LWE (Listerine Whitening Extreme–peróxido de hidrogênio a 2,5%); PL (Enxaguatório placebo); e OPF (Opalescence PF–peróxido de carbamida a 10%). O tratamento foi realizado 1x/dia por 14 dias durante 2h para OPF, e 2x/dia por 90 dias durante 30s para LWE e PL. A cor dos dentes foi avaliada com escalas de cor (DUEC) e por espectrofotometria. Foram avaliados sensibilidade dental, condição gengival, potencial de desmineralização do esmalte, e a satisfação do participante. As avaliações foram realizadas em diferentes tempos. Para as escalas de cor, Kruskal- Wallis mostrou diferença significante entre os tratamentos nos tempos avaliados (p<0,05). LWE apresentou maiores valores de DUEC comparado ao PL a partir de 60 dias. PL e OPF exibiram valores constantes, sendo significativamente maiores para OPF. Para o espectrofotômetro, RM-ANOVA mostrou diferença significante para os grupos e interação (p<0,05). LWE apresentou maiores valores de alteração de cor do que PL a partir de T14. OPF exibiu os maiores valores de alteração de cor durante todo o período de estudo. Após 2 anos, houve manutenção da cor dos dentes para todos os grupos. Houve baixa intensidade de sensibilidade para LWE e OPF. Nenhum participante apresentou inflamação gengival. LWE e OPF promoveram uma diminuição significativa na concentração de cálcio, mas após 1 semana, os valores foram intermediários. A concentração de fosforo não apresentou alteração nos tempos avaliados. Todos os participantes ficaram satisfeitos com o tratamento com OPF e 67% dos participantes do grupo LWE apresentaram satisfação. A segunda parte consistiu em um estudo in vitro que comparou o efeito do enxaguatório clareador na desmineralização do esmalte e em lesões incipientes de cárie durante ciclagem de pH. Espécimes de esmalte/dentina bovino (n=120) com a superfície dividida em três áreas [esmalte sadio controle, esmalte tratado (ET); e lesão incipiente de carie tratada (LICT)] foram distribuídos aleatoriamente nos grupos experimentais: LWE; PL; OPF e água deionizada (AD). Os tratamentos (2min para LWE, PL e AD; e 2h para OPF) foram realizados durante uma ciclagem de pH de 28 dias (6´60min desmineralização). Intensidade de reflexão superficial (rSRI), perda mineral e concentração de flúor (espécimes adicionais) foram avaliados. Para ET, foi observado maior valor de rSRI em LWE (89,99%±6,94) e maior diminuição de rSRI foi observada para OPF e AD. Não houve perda mineral nos grupos (p>0,05). Para LICT, rSRI diminuiu significativamente após a ciclagem para todos os grupos sem diferença entre eles (p>0,05). Maior concentração de flúor foi encontrada em OPF. LWE e OPF exibiram efeitos semelhantes na perda mineral com valores intermediários. Houve eficácia clareadora tanto para LWE quanto para OPF e manutenção da cor após 2 anos. Houve efeito protetor do enxaguatório durante a ciclagem.
Resumo (português)
Whitening mouthrinses have become very popular because they are easy to use and are accessible. However, there is no evidence of the effects and safety of this product on sound and demineralized enamel. The proposal comprised in two parts. The first one was a randomized clinical trial that evaluated the efficacy and safety of the whitening mouthrinse. Participants (n=45) were randomly allocated to three treatment groups: LWE (Listerine Whitening Extreme–2.5% hydrogen peroxide); PL (placebo mouthrinse); and OPF (Opalescence PF–10% carbamide peroxide). The treatment was performed 1x/day for 14 days during 2h for OPF, and 2x/day for 90 days during 30s for LWE and PL. Tooth color was measured using shade guides (DUEC) and spectrophotometer. Tooth sensitivity, gingival condition, enamel demineralization potential, and participant satisfaction were analyzed. The analyses were performed in different times. For shade guides, Kruskal-Wallis showed a significant difference between treatments in the evaluated times (p<0.05). LWE showed higher DUEC values compared to PL after 60 days. PL and OPF exhibit constant values, being significantly higher for OPF. For spectrophotometer, RM-ANOVA showed significance for the groups and interaction (p<0.05). LWE showed higher color difference values than PL from T14. OPF exhibited the highest values throughout the study. After 2 years, there was maintenance of tooth color for all groups. There was lower intensity of sensitivity for LWE and OPF. No participant exhibited gingival inflammation. LWE and OPF promote a significant decrease in calcium concentration, but after 1 week the values were intermediate. Phosphorus concentration did not alter over time. All participants of OPF group were satisfied with the treatment and 67% of the participants of LWE group showed satisfaction. The second part of the study consisted of an in vitro study that compared the effect of whitening mouthrinse on enamel demineralization and on initial caries lesions. Bovine enamel/dentin specimens (n=120) had their surface divided into three areas [control sound enamel, enamel treated (ET); and initial caries lesion treated (ICLT)] and were randomly assigned to the experimental groups: LWE; PL; OPF; and deionized water (DW). The treatments (2min for LWE, PL and DW; and 2h for OPF) were performed during a 28-day pH cycle (6x60min demineralization). Surface reflection intensity (rSRI), mineral loss, and fluoride concentration (additional specimens) were performed. For ET, a higher value of rSRI was observed in LWE (89.99%±6.94) and a greater decrease in rSRI was observed for OPF and DW. There was no mineral loss in the groups (p>0.05). For ICLT, rSRI was significantly significant after cycling for all groups with no difference between them (p>0.05). Higher fluoride concentration was found in OPF. LWE and OPF exhibited similar effects on the mineral loss with intermediate values. There was whitening efficacy for both LWE and OPF and color maintenance after 2 years. There was a protective effect of the mouthrinse during cycling
Descrição
Idioma
Português