Efeito dos exercícios aeróbio e de força sobre a remodelação cardíaca induzida por dieta rica em açúcar e gordura

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Data

2024-06-21

Orientador

Camacho, Camila Renata Corrêa

Coorientador

Cicogna, Antonio Carlos

Pós-graduação

Patologia - FMB 33004064056P5

Curso de graduação

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Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Introdução: Dieta rica em açúcar e gordura, aliada ao sedentarismo, aumenta o risco para doenças cardiovasculares (DCVs), as quais estão entre as principais causas de morte no mundo. A remodelação cardíaca (RC) é uma resposta adaptativa às agressões ao coração, observada nas doenças que atingem o coração, exigindo compreensão de possíveis estratégias terapêuticas. Apesar do efeito benéfico do exercício físico nas DCVs, estudos são necessários para entender como os tipos de exercício podem influenciar a RC. Objetivo: Avaliar os efeitos dos exercícios aeróbio e de força sobre os parâmetros ecocardiográficos de ratos com remodelação cardíaca induzida por dieta. Material e métodos: Ratos Wistars (n=60, 30/grupo) receberam dieta controle (C) ou dieta rica em açúcar e gordura (HSF) por 20 semanas. Após a confirmação da RC por análise ecocardiográfica, os ratos foram redistribuídos em: não treinados (C e HSF) e treinados (C + exercício de força [C+EF]; C + exercício aeróbio [C+EA]; HSF + exercício de força [HSF+EF]; HSF + exercício aeróbio [HSF+EA]). Exercício aeróbio (EA): corrida em esteira (1h/dia) alternando 8 min a 80% e 2 min a 20% da capacidade máxima (CM). Exercício de força (EF): subidas em escada com cargas crescentes, 50%, 75%, 90% e 100% da CM, 1 min de descanso entre as subidas. Os protocolos foram realizados 5x/sem. durante 8 semanas. Na 28ª semana, os grupos foram reavaliados por análise ecocardiográfica. Estatística: MANOVA e Bonferroni (p<0,05). Resultados: Na 20ª semana os grupos HSF apresentaram remodelação cardíaca concêntrica, e disfunção diastólica e sistólica, bem como aumento da pressão arterial sistólica (PAS), hiperglicemia e hipertrigliceridemia. Após os protocolos foi observado melhora da capacidade física avaliada pelo teste de esforço aeróbio ou de força nos grupos treinados. Com relação aos parâmetros metabólicos os EA e EF preveniram o ganho de peso ao longo do tempo e reduziram a PAS. Na análise ecocardiográfica, os EA e EF reduziram a ERVE e ainda que o EF normalizou o tamanho do átrio esquerdo (AE) e a relação AE/aorta. Em relação a função sistólica, ambos os exercícios aumentaram o volume sistólico ejetado, mantiveram a fração de ejeção e a % de encurtamento endo e mesocárdico, bem como reverteram o decréscimo da VEPP nos animais HSF. Quanto à função diastólica, apenas o EF normalizou os tempos de relaxamento isovolumétrico e desaceleração da onda E, e relação E’/A’ nos animais HSF, divergindo do EA. O índice de performance miocárdica manteve-se alterado apenas em HSF+EA. Conclusão: Ambos os exercícios melhoraram os parâmetros ecocardiográficos associados a estrutura e função sistólica de ratos com RC induzida por dieta HSF de forma semelhante, entretanto a modulação dos parâmetros de função diastólica é distinta.

Resumo (inglês)

Introduction: A diet rich in sugar and fat, combined with sedentary lifestyle, increases the risk for cardiovascular diseases (CVDs), which are among the leading causes of death worldwide. Cardiac remodeling (CR) is an adaptive response to heart insults observed in heart diseases, requiring understanding of potential therapeutic strategies. Despite the beneficial effect of physical exercise on CVDs, studies are needed to understand how types of exercise may influence CR. Objective: To evaluate the effects of aerobic and strength exercises on echocardiographic parameters of rats with diet-induced cardiac remodeling. Materials and methods: Wistar rats (n=60, 30/group) received control diet (C) or high-sugar-fat diet (HSF) for 20 weeks. After confirmation of CR by echocardiographic analysis, rats were redistributed into: untrained (C and HSF) and trained (C + strength exercise [C+SE]; C + aerobic exercise [C+AE]; HSF + strength exercise [HSF+SE]; HSF + aerobic exercise [HSF+AE]). Aerobic exercise (AE): treadmill running (1h/day) alternating 8 min at 80% and 2 min at 20% of maximum capacity (MC). Strength exercise (SE): stair climbing with increasing loads, 50%, 75%, 90%, and 100% of MC, 1 min rest between climbs. Protocols were conducted 5x/week for 8 weeks. In the 28th week, groups were reevaluated by echocardiographic analysis. Statistics: MANOVA and Bonferroni (p<0.05). Results: At the 20th week, HSF groups showed concentric cardiac remodeling and diastolic and systolic dysfunction, as well as increased systolic blood pressure (SBP), hyperglycemia, and hypertriglyceridemia. After the protocols, improvement in physical capacity was observed as evaluated by aerobic or strength test in trained groups. Regarding metabolic parameters, AE and SE prevented weight gain over time and reduced SBP. In echocardiographic analysis, AE and SE reduced left ventricular relative wall thickness (RWT), and SE normalized left atrium (LA) size and LA/aorta ratio. Regarding systolic function, both exercises increased ejection volume, maintained ejection fraction (EF) and endo- and mesocardial fractional shortening, and reversed the decrease in posterior wall shortening velocity (PWSV) in HSF animals. Regarding diastolic function, only SE normalized isovolumetric relaxation time (IVRT) and E-wave deceleration time (EDT), and E’/A’ ratio in HSF animals, diverging from AE. Myocardial performance index remained altered only in HSF+AE. Conclusion: Both exercises improved echocardiographic parameters associated with structure and systolic function in rats with HSF diet-induced CR similarly, however, modulation of diastolic function parameters is distinct.

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Português

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