A política externa do governo Médici para a América do Sul: mudanças de regime e difusão autoritária entre 1969 e 1974

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2023-03-14

Orientador

Nasser, Reginaldo Mattar

Coorientador

Pós-graduação

Relações Internacionais (UNESP - UNICAMP - PUC-SP) - IPPRI

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

O objetivo do trabalho é analisar a política externa do governo de Emílio Garrastazu Médici para a América do Sul e o seu papel nas mudanças de regime que aconteceram no continente de outubro de 1969 a março de 1974. Neste período, ocorreram transições para o autoritarismo em Argentina, Bolívia, Chile, Equador e Uruguai. Ao analisar a participação de atores internacionais nestes processos, a literatura existente aborda principalmente as ações do governo norte-americano de Richard Nixon, negligenciando a participação do regime militar brasileiro. A única exceção é o golpe de Estado no Chile, em setembro de 1973, que já conta com bibliografia sobre o papel brasileiro. O objetivo deste projeto é, por meio de fontes primárias desclassificadas nos últimos anos, fornecer uma nova interpretação sobre a política externa de Médici na América do Sul e a sua agência nas mudanças de regime no continente. Ao buscar preencher essa lacuna, o projeto estará alinhado com uma nova leva de autores que tem buscado dar maior espaço para o papel de atores latino-americanos durante a Guerra Fria. O trabalho também buscará contribuir com um braço teórico da literatura de Ciência Política e Relações Internacionais que discute os conceitos de difusão e promoção autoritárias. Ao apresentarmos a documentação analisada, também discutiremos o papel do Itamaraty e das Forças Armadas no processo decisório e na implementação da política externa brasileira sob Médici.

Resumo (inglês)

The objective of this work is to analyze the foreign policy of the Emílio Garrastazu Médici government towards South America and its role in the regime changes that took place in the continent from October 1969 to March 1974. During this period, transitions to authoritarianism happened in Argentina, Bolivia, Chile, Ecuador, and Uruguay. When analyzing the participation of international actors in these processes, the existing literature mainly addresses the actions of the US government of Richard Nixon, neglecting the participation of the Brazilian military regime. The only exception is the coup d'état in Chile, in September 1973, which already has a bibliography on the Brazilian role. The aim of this project is, through primary sources recently declassified, to provide a new interpretation of Medici's foreign policy in South America and his agency in regime changes on the continent. In seeking to fill this gap, the project will be aligned with a new wave of authors who have sought to give greater space to the role of Latin American actors during the Cold War. The work will also seek to contribute with a theoretical arm of the Political Science and International Relations literature that discusses the concepts of authoritarian diffusion and promotion. By presenting the analyzed documentation, we will also discuss Itamaraty's and the Armed Forces’ roles in the decision-making process and in the implementation of Brazilian foreign policy under Médici.

Resumo (espanhol)

El reto de este trabajo es analizar la política exterior del gobierno de Emílio Garrastazu Médici hacia América del Sur y su papel en los cambios de régimen que se produjeron en el continente desde octubre de 1969 hasta marzo de 1974. Durante este período ocurrieron transiciones al autoritarismo en Argentina, Bolivia, Chile, Ecuador y Uruguay. Al analizar la participación de actores internacionales en estos procesos, la literatura existente aborda principalmente las acciones del gobierno estadounidense de Richard Nixon, dejando de lado la participación del régimen militar brasileño. La única excepción es el golpe de Estado en Chile, en septiembre de 1973, que ya tiene bibliografía sobre el papel brasileño. El objetivo de este proyecto es, a través de fuentes primarias desclasificadas en los últimos años, ofrecer una nueva interpretación de la política exterior de Medici en América del Sur y su agencia en los cambios de régimen en el continente. En la búsqueda de llenar este vacío, el proyecto se alineará con una nueva ola de autores que han buscado darle mayor espacio al papel de los actores latinoamericanos durante la Guerra Fría. El trabajo también buscará contribuir con un brazo teórico de la literatura de Ciencias Políticas y Relaciones Internacionales que discuta los conceptos de difusión y promoción autoritaria. Al presentar la documentación analizada, también discutiremos el papel de Itamaraty e de las Fuerzas Armadas en el proceso de toma de decisiones y en la implementación de la política exterior brasileña bajo Médici.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados