O preconceito linguístico e o ensino da língua materna : uma proposta de intervenção
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Data
2024-03-15
Autores
Orientador
Curado, Odilon Helou Fleury
Coorientador
Pós-graduação
Letras - FCLAS
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Busca-se com esta proposta interventiva alcançar os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II, da escola municipal Hebe de Almeida Leite Cardoso, localizada no município de Novo Horizonte, interior de São Paulo, situada em um bairro de nível socioeconômico mais baixo. Em virtude da diversidade cultural dos discentes, oriundos de outras regiões do país, houve a necessidade de que o ensino de língua materna e as práticas pedagógicas fossem repensadas. O intuito desta proposta interventiva é o desenvolvimento de uma consciência discursiva nos alunos de modo a, pelo menos, tentar reduzir práticas sociais relacionadas ao preconceito linguístico por parte dos estudantes. Sabemos que a língua e a sociedade estão relacionadas pelo fato de os falantes estarem inseridos em um contexto social que influencia o modo de falar dos indivíduos. É natural que a língua materna possua variações tanto na fala quanto na escrita, e que o desconhecimento das variedades linguísticas, associado à crença de que é correto apenas o que a gramática normativa prescreve para o modo escrito de expressão, muito contribui para que o preconceito linguístico surja como prática comum no cotidiano escolar dos alunos. A preocupação é despertar neles a valorização das próprias variantes linguísticas, com a compreensão de que elas são importantes, pois refletem a diversidade sociocultural da população e que, portanto, não é incorreto, ao contrário, é natural utilizá-las em nossa comunicação cotidiana. O resultado, esperado, foi a ampliação do conhecimento de mundo deles para que pudessem compreender que falar de “maneira diferente” não é errado e nem é demérito, visto que, em geral, o preconceito deriva de um nível superficial de entendimento, muitas vezes enraizado em nossa sociedade. Por meio de intervenções pedagógicas que buscaram valorizar a oralidade em sala de aula, associando-a, à escrita, possibilitou-se compreender as relações e as heterogeneidades próprias de cada uma, com base nas leituras e nas observações propostas, em especial, por Marcos Bagno (2007, 2009); Irandé Antunes (2009); Mikhail Bakhtin e Voloshinov (2006); Odilon H. Fleury Curado (2011) e (2012); Luiz Antônio Marcushi (2010); Dino Preti (2009), entre outros grandes estudiosos.
Resumo (português)
This intervention aims to achieve the students of 9th grade at the municipal school, Hebe de Almeida Leite Cardoso, located in the municipality of Novo Horizonte, in the interior of São Paulo. The school is localized in a neighborhood with a lower socioeconomic level. Because of student’s cultural diversity there was need that language teaching and practice learning to be rethought. The aim of this intervention proposal is to develop discursive awareness in students
in order to, at least, try to reduce social practices related to Linguistic Prejudice on the part of students. We know that language and society are related due to the fact that speakers are inserted in a social context that influences the way individuals speak, it is natural that mother language has variations as much as speech and writing and diversity linguistic ignorance there is associated with the belief that only what normative grammar prescribes for the written mode of
expression is correct, greatly contributes to linguistic prejudice emerging as a common practice in students' daily school life. The concern is to awaken in students the appreciation of their own linguistic varieties, with the understanding that they are important, as they reflect the sociocultural diversity of the population and that, therefore, it is not incorrect, on the contrary, it is natural to use them in our communication every day. The expected result was the expansion of their world so that they could understand that speaking in a “different way” is not wrong nor is it a demerit, since, in general, prejudice derives from a superficial level of understanding, often rooted in our society. Through pedagogical interventions that sought to value orality in the classroom, associating it with writing, making it possible to understand the relationships
and heterogeneities specific to each one. Based on the readings and observations proposed, in particular, by Marcos Bagno (2007, 2009); Irandé Antunes (2009); Mikhail Bakhtin and Voloshinov (2006); Odilon H. Fleury Curado (2011) and (2012); Luiz Antônio Marcushi (2010); Dino Preti (2009) among other great academics.
Descrição
Idioma
Português
Como citar
SOLERA, Daniela Perez. O preconceito linguístico e o ensino de língua materna: uma proposta de intervenção. 2024. 136 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Letras, Assis, 2024.