Cage ancorado versus cage convencional com placa para tratamento de doença degenerativa cervical por via anterior: revisão sistemática e meta-análise

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Data

2019-07-10

Orientador

Tagliarini, José Vicente
Cataneo, Antônio José Maria
Romero, Flávio Ramalho

Coorientador

Pós-graduação

Medicina (mestrado profissional) - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Introdução: a doença degenerativa da coluna cervical é prevalente e incapacitante, levando a dor e sintomas neurológicos. A cirurgia de discectomia e fusão por via anterior é bem estabelecida para o seu tratamento, sendo realizada com a colocação de dispositivos interssomáticos (cages) e placas anteriores. Novos cages ancorados prometem diminuir a disfagia pós-operatória deste procedimento. Objetivo: verificar por meio de uma revisão sistemática a efetividade da utilização de cages ancorados na redução de disfagia pós-operatória sem prejuízo dos outros benefícios obtidos com a cirurgia. Métodos: foram pesquisadas as bases de dados Embase, MEDLINE, LILACS, Scopus, Web of Science e Cochrane CENTRAL. Foram reunidos estudos observacionais e experimentais que avaliaram a utilização de cages com placas anteriores e cages ancorados em pacientes com doença degenerativa da coluna cervical. Os desfechos avaliados foram disfagia, aumento do escore JOA, diminuição do escore NDI, fusão pós-operatória, aumento da lordose cervical, tempo de cirurgia, perda intraoperatória de sangue e resultados bons/excelentes pelos critérios de Odom. Para metanálise foi empregado o software RevMan 5.3 fornecido pela Colaboraçao Cochrane. Resultados: o número total de pacientes em 30 estudos selecionados foi de 2178, sendo 1089 em cada grupo. Em 48 horas, 30 dias, 90 dias e 12 meses após a cirurgia, houve menores índices de disfagia no grupo dos cages ancorados, chegando a RR 0,15 (IC95% 0,08-0,27, I2=0%) no último período. Além disso, neste grupo houve também melhora significativa do escore JOA/mJOA (MD 0,35, IC95% 0,25-0,44, I2=0%). Nos demais desfechos, não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos. Não foi realizada meta-análise para os desfechos de tempo cirúrgico e perda intraoperatória de sangue devido à alta heterogeneidade. Conclusão: cages ancorados podem apresentar menores índices de disfagia pós-operatória quando comparados aos cages tradicionais com placa anterior, sem prejuízo de melhora radiológica ou de qualidade de vida. São necessários estudos randomizados com maior número de participantes, e o fator custo deve ser levado em conta ao indicar o procedimento.

Resumo (inglês)

Introduction: cervical degenerative disc disease is a highly prevalent and disabling disease, leading to pain and neurologic symptoms as weakness and radiculopathy. Anterior cervical diskectomy and fusion (ACDF) is a well stabilished procedure for its treatment, usually performed by placing a spacer (cage) with the addition of an anterior fixation plate. New anchored spacers have been introduced with the promise of a faster less morbid procedure. Study goals: to perform a systematic review for the analysis of postoperative dysphagia between standard and anchored anterior cervical spacers, also taking into consideration quality-of-life and radiologic parameters. Methods: a comprehensive search was performed in the MEDLINE, Scopus, Web of Science, LILACS and Cochrane CENTRAL databases. Observational and interventional studies evaluating outcomes after ACDF with conventional cage-plate construct and anchored spacers were selected. The following outcomes were evaluated: dysphagia, JOA/mJOA score, NDI score, fusion rates, cervical lordosis improvement, operative time, intraoperative blood loss and rate of good/excellent outcomes by Odom’s criteria. The RevMan software (v5.3) was used to perform meta-analysis. Results: a total of 2178 patients were enrolled in 30 studies, with 1079 patients in both control and intervention groups. At all postoperative moments (48 hours, 30 days, 90 days and 12 months), there was a significantly lower rate of dysphagia in the anchored spacer group, reaching a relative risk (RR) of 0,15 (CI95% 0,08-0,27, I2=0%) in the last follow-up visit. There was also a significant difference in the improvement of the mJOA/JOA scores, higher in the intervention group (MD 0,35, IC95% 0,25-0,44, I2=0%). There was no statistically significant difference between the two groups in all other outcomes analyzed. The operative time and intraoperative blood loss outcomes were highly heterogeneous and did not allow for meta-analysis. Conclusions: anchored spacers may have lower post-operative dysphagia rates when compared to the traditional cage and plate construct, also not showing inferiority regarding other clinical and radiological outcomes. Larger randomized trials are necessary, as well as more studies regarding costs of each procedure.

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Português

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