Integração entre hospital terciário e unidades básicas de saúde: projeto real - redesenhando a alta hospitalar

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-04-12

Orientador

Ortolan, Érika Veruska Paiva

Coorientador

Pós-graduação

Cirurgia e Medicina Translacional - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Introdução: A readmissão hospitalar evitável gera custos ao Sistema Único de Saúde (SUS), além de causar sofrimento social ao paciente. A Taxa de Readmissão tem sido usada como indicador para planejamento em saúde na gerência de planos privados de saúde e em sistemas de saúde internacionais. Seguindo a proposta do SUS da hierarquização da assistência, a integração otimizada das equipes de assistência poderia diminuir as readmissões. Objetivos: 1. Aplicar uma sistematização de alta para um grupo de pacientes internados em hospital terciário do Sistema Único de Saúde como ferramenta de otimização da integração hierarquizada e avaliar os resultados das intervenções de transição do cuidado no momento de internação até o pós-alta hospitalar; 2. Avaliar a qualidade da transição do cuidado e comparar sua associação às taxas de readmissão hospitalar não planejada em até trinta dias após a alta com os anos anteriores à sistematização; 3. Desenvolver e aplicar ferramenta informatizada em plataforma específica para comunicação dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde com os profissionais do hospital terciário. Métodos: Por um período de um ano, pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu nas especialidades Clínica Médica Geral (CMG) e Cirurgia Geral (CG), provenientes do município de Botucatu, foram randomizados em dois grupos. Os pacientes e familiares do Grupo Intervenção (GI) receberam orientações desde o início da internação, na alta hospitalar, e no pós-alta, com informações em formato de protocolos padronizados a respeito da sua patologia e de sinais de alerta e itinerário terapêutico pós-hospitalar. O plano de alta, bem como as informações recebidas e compreendidas pelo paciente ou familiar, além de agendamento de retornos na UBS (independente dos retornos no centro terciário), uso correto da medicação e das demais orientações no seguimento foram registrados. O Grupo não intervenção (GNI) permaneceu com procedimentos habituais de alta, sem orientações protocoladas, e sem seguimento integrado da assistência nas Unidades Básicas de Saúde. Todos os pacientes foram acompanhados por um período de 6 meses após a alta hospitalar. Resultados: os pacientes da CMG eram mais velhos, possuíam mais comorbidades, permaneceram mais tempo internados quando comparados aos da CG. Não houve diferenças entre os GI e GNI quanto ao conhecimento de seu diagnóstico e entendimento das orientações na alta. Não houve diferenças entre taxas de readmissão em 30 dias entre os grupos em ambas as especialidades. Houve redução da readmissão de ambas as especialidades quando comparadas com os anos de 2018 e 2019. Conclusão: Foi estabelecida e incorporada a sistematização da alta, que apesar de não ter apresentado diferenças entre GI e GNI por serem os mesmos médicos a interagirem com os pacientes em ambos os grupos, teve como consequência a diminuição das readmissões hospitalares não planejadas em 30 dias. A ferramenta digital “Segunda Opinião” foi integrada e aplicada entre as redes de atenção à saúde, promovendo o acompanhamento comunitário e multiprofissional, melhorando a comunicação entre as redes de atenção, fornecendo subsídios para a tomada de decisão, reduzindo-se as lacunas nas transições de cuidado.

Resumo (inglês)

Introduction: Avoidable hospital readmission generates costs for the Unified Health System (SUS), in addition to causing social suffering to the patient. The Readmission Rate has been used as an indicator for health planning in the management of private health plans and international health systems. Following the SUS proposal of hierarchization of care, the optimized integration of care teams could reduce readmissions. Objectives: 1. Apply a systematization of discharge for a group of patients hospitalized in a tertiary hospital of the Unified Health System as a tool to optimize hierarchical integration and evaluate the results of care transition interventions from the moment of hospitalization to the post-discharge; 2. Assess the quality of care transition and compare its association with unplanned hospital readmission rates within thirty days after discharge to the years prior to systematization; 3. Develop and apply an automated tool on a specific platform for communication among professionals from Basic Health Units and tertiary hospital professionals. Methods: For one year, patients admitted to the tertiary hospital in the specialties Clinical Medicine (CM) and General Surgery (GS), from the city of Botucatu, were randomized into two groups. Patients and family members in the Intervention Group (IG) received guidance in the hospitalization moment, at hospital discharge, and after discharge, with information about their pathology, warning signs and, post-hospital therapeutic itinerary in a standardized protocol format. The discharge plan, the information provided to the patient or family member, the schedule of visits to the Basic Healthcare Unit (BHU) (regardless visits to the tertiary center), correct use of medication, and other follow-up guidelines were recorded. The non-intervention group (NIG) continued with the usual discharge procedures, without protocol guidelines, and without integrated care follow-up at the BHU. All patients were followed for a period of 6 months after hospital discharge. Results: the CM patients were older, had more comorbidities, and remained in the hospital longer when compared to those in the GS. There were no differences between the IG and NIG regarding knowledge of their diagnosis and understanding of the guidelines at discharge. There were no differences in 30-day readmission rates between groups in both specialties. There was a reduction in readmission for both specialties when compared to 2018 and 2019. Conclusion: The systematization of discharge was established and incorporated, despite not having shown differences between GI and GNI because of the same physicians interacted with patients in both groups, resulted in a decrease in unplanned hospital readmissions within 30 days. The digital tool “Second Opinion” was integrated and applied between health care networks, promoting community and multiprofessional monitoring, improving communication between care networks, providing support for decision-making, thus reducing gaps in care transitions.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados