Criação e desvios: a errancia na trajetória criativa do artista e de arte/educadores

Abstract

Essa pesquisa explora a lida com a errância no trajeto da criação artística e suas relações com o processo de aprendizagem, através da investigação do caminho ao desconhecido. Expõe o manejo com conflitos como oportunidades de conhecimento, iluminando o envolvimento exigente com a surpresa do erro. Através da escuta-entrevistas com arte educadores e artistas sobre suas experiências, reflete sobre a importância de um caminho que aprende, permitindo as incertezas, enfatizando as habilidades das emoções estimuladas e a qualidade da atenção no percurso das errâncias. Evidencia o caráter caótico e vital da criatividade pelo olhar das principais referências, como Jorge Larrosa, Cecilia Salles, John Dewey, Fayga Ostrower, Virginia Kastrup e Stephen Nachmanovitch. Fundamenta o próprio processo artístico, através de conceitos filosóficos sobre intuição e improviso. Por fim, traça características similares da experiência de quem cria e de quem aprende, colocando a situação de indeterminação que a errância traz como motor para o desenvolvimento do pensamento autônomo, curioso e criativo. Oferece uma criação audiovisual documental que explora a potência dos riscos ao se relacionar com a espontaneidade e a poesia do desequilíbrio que só o rigor do processo permite.

This research explores dealing with errors in the path of artistic creation and its relationships with the learning process by investigating the path to the unknown. It exposes conflict management as opportunities for knowledge, illuminating the demanding involvement with the surprise of error. Through listening-interviews carried out with art educators and artists about their experiences, it reflects on the importance of a path that learns while allowing for uncertainty, emphasizing the skills of stimulated emotions and the quality of attention during the journey of wanderings. It highlights the chaotic and vital character of creativity through the eyes of main references, such as Jorge Larrosa, Cecilia Salles, John Dewey, Fayga Ostrower, Virginia Kastrup and Stephen Nachmanovitch. It bases the artistic process itself, through philosophical concepts about intuition and improvisation. Finally, it outlines similar characteristics of the experience of those who create and those who learn, placing the situation of indeterminacy that error brings as a driver for the development of autonomous, curious and creative thinking. It offers a documentary audiovisual creation that explores the power of risks when relating to the spontaneity and poetry of imbalance that only the rigor of the process allows.