Conhecimento sobre cuidados paliativos de profissionais da área da saúde

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Data

2022-02-23

Orientador

Papini, Silvia Justina
Consonn, Elenice Bertanha

Coorientador

Pós-graduação

Enfermagem - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Nas últimas décadas, notou-se um aumento de pessoas com doenças crônicas e com isso o acúmulo desses pacientes nos hospitais que recebem tratamentos tratamento que não vão ao encontro das reais necessidades desse indivíduo. Dessa forma, os cuidados paliativos se encaixam como uma medida necessária desde o momento do diagnóstico, com a finalidade de aliviar e prevenir o sofrimento e promover qualidade de vida. Entretanto, no Brasil, ainda existe pouco conhecimento e ensino sobre estes cuidados, desta forma, muitos profissionais de saúde não são familiarizados com as medidas e técnicas de paliação. Objetivo: Avaliar o conhecimento e autoeficácia dos profissionais da saúde, de diferentes áreas de atenção, sobre cuidados paliativos. Método: Estudo transversal observacional. Foram avaliados profissionais de saúde, docentes e alunos dos programas de pós-graduação de duas unidades hospitalares e de duas unidades de Centro Saúde Escola. Para a coleta foram utilizados um questionário sociodemográfico e o instrumento de avaliação do conhecimento sobre cuidados paliativos Bonn Palliative Care Knowledge Test (BPW), que visa avaliar conhecimento e crenças de autoeficácia em cuidados paliativos. O e-mail dos entrevistados foi fornecido pelos locais de trabalho e pela secretaria da pós-graduação, e os números de whatsApp as entrevistadoras solicitaram aos participantes para que, se quisessem, fornecessem os números de pessoas dos locais e profissões citadas anteriormente. Inicialmente foi realizada uma análise descritiva com o cálculo de média e desvio padrão para variáveis quantitativas e frequências, e percentuais para variáveis categorizadas. As associações entre o número de acertos e categorias profissionais e tempo de formado foram avaliadas utilizando o teste qui-quadrado. A correlação de Pearson foi obtida para avaliar o número de respostas corretas da seção 1 e as positivas da seção 2 e considerando todos os entrevistados no geral e por categoria profissional. Em todos os testes foi fixado o nível de significância de 5% ou o p-valor correspondente. Todas as análises foram realizadas pelo programa SAS for Windows, v.9.4. Resultados: Os técnicos/auxiliares de enfermagem apresentaram a menor quantidade de respostas corretas (44,20%), e os médicos o maior número (68,99%). Todos consideram importante a inclusão de conteúdos sobre cuidados paliativos nos currículos de graduação para profissões da saúde. Através do teste de diferença de proporções, os profissionais consideram-se capazes frente aos cuidados paliativos (de 64,26 a 86,67% de respostas positivas por categoria profissional), porém o conhecimento que têm sobre o assunto não é correspondente (de 44,20 a 68,99% de respostas corretas por categoria profissional). Conclusão: Em uma população na qual poucos estudos foram realizados e são encontrados na literatura, concluímos que existe uma lacuna no conhecimento de profissionais da área da saúde quanto aos cuidados paliativos, principalmente em relação às atitudes sobre o morrer, e que ter autoconfiança em prestar cuidados paliativos não significa ter o conhecimento sobre o assunto.

Resumo (inglês)

In the last decades, an increase of people with chronic diseases has been noticed, and with it the accumulation of these patients in hospitals who receive treatments that do not meet the real needs of the individual. Thus, palliative care fits as a necessary measure from the moment of diagnosis, with the purpose of relieving and preventing suffering and promoting quality of life. However, in Brazil, there is still little knowledge and teaching about this care, thus, many health professionals are not familiar with the measures and techniques of palliation. Objective: To evaluate the knowledge and self-efficacy of health professionals, from different areas of care, about palliative care. Method: Cross-sectional observational study. Health professionals, faculty and graduate program students from two hospital units and two Health Center School units were evaluated. A sociodemographic questionnaire and the Bonn Palliative Care Knowledge Test (BPW), which aims to assess knowledge and self-efficacy beliefs in palliative care, were used for collection. The e-mail of the interviewees was provided by the workplaces and the graduate school office, and the whatsApp numbers the interviewers asked the participants to provide, if they wanted, the numbers of people from the aforementioned workplaces and professions. Initially, a descriptive analysis was performed with the calculation of mean and standard deviation for quantitative variables and frequencies, and percentages for categorized variables. The associations between the number of hits and professional categories and time of graduation were evaluated using the chi-square test. Pearson's correlation was obtained to evaluate the number of correct answers in section 1 and the positive answers in section 2, and considering all respondents overall and by professional category. In all tests a significance level of 5% or the corresponding p-value was set. All analyses were performed using the program SAS for Windows, v.9.4. Results: The technicians/nursing assistants presented the lowest amount of correct answers (44,20%), and physicians the highest number (68,99%). All considered important the inclusion of content on palliative care in undergraduate curricula for health professions. Through the test of difference of proportions, professionals consider themselves able to face palliative care (from 64,26 to 86,67% of positive answers by professional category), but their knowledge on the subject is not corresponding (from 44,20 to 68,99% of correct answers by professional category). Conclusion: In a population which few studies have been conducted and are found in the literature, we conclude that there is a gap in the knowledge of healthcare professionals about palliative care, especially in relation to attitudes about dying, and that having self-confidence in providing palliative care does not mean having the knowledge on the subject.

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Idioma

Português

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