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Transplante limbal como tratamento da ceratite pigmentar em cães

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Data

2023-07-04

Orientador

Moraes, Paola Castro

Coorientador

Pós-graduação

Cirurgia Veterinária - FCAV

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A ceratite pigmentar em cães é uma afecção que tem se tornado importante causa de déficit visual e seu tratamento ainda se apresenta insuficiente visto que, todos os possíveis tratamentos estudados cursam com repigmentação da córnea. Objetivou-se avaliar a eficiência do transplante limbal como tratamento da ceratite pigmentar em cães. Por meio da avaliação citológica, investigou-se também a possibilidade de relação entre a patogenia da deficiência de células epiteliais limbais na patogenia da afecção. Seis unidades oculares com ceratite pigmentar de cães foram estudadas, das raças Shih Tzu e Pug. Dividiram-se em 2 grupos, transplante (GT) e controle (GC). Previamente ao transplante, amostras citológicas de impressão da superfície corneana foram coletadas em busca de células caliciformes. Realizou-se ceratectomia lamelar para remoção da camada corneal pigmentada, e as amostras foram enviadas para avaliação histopatológica. No GT foi aplicada técnica de transplante epitelial limbal simples (SLET) alógena enquanto GC apenas ceratectomia lamelar. As avaliações de melanose, edema corneano, blefarospasmo, secreção ocular, tecido de granulação, hiperemia conjuntival e transparência corneana foram qualiquantificados nos dias 0, 14, 28 e 70 pós transplante. Realizou-se análise estatística exploratória multivariada pela análise paralela de Horn e inferencial por modelos lineares generalizados multinível. Comparação múltipla entre os grupos foi realizada no posthoc test com o procedimento de Bonferroni. Em ambos os grupos, os maiores valores de melanose foram identificados no período pré-operatório, com queda em 14 dias pós-cirúrgico e subindo para valor intermediário com 70 dias pós. Embora a ausência de diferença estatística entre os grupos quanto a melanose, os olhos do GT apresentaram tendência ao aumento do pigmento mais tardiamente em relação ao GC pós cirúrgico. O GC apresentou aumento de edema corneano com 28 dias de pós em relação ao período pré-operatório. O GT obteve menor escore de blefarospasmo com 28 dias pós, enquanto o GC com 70 dias. Presença de célula caliciforme foi identificada na citologia de impressão. Na avaliação histológica, descreveu-se a presença de melanócitos pigmentados no estroma superficial, bem como infiltrado inflamatório neutrofílico. A evidência de célula caliciforme fortifica a possível associação da deficiência de células epiteliais limbais na patogenia da ceratite pigmentar. O transplante limbal alógeno pela técnica de SLET não atingiu o objetivo de solucionar a recorrência da ceratite pigmentar nos cães acometidos.

Resumo (inglês)

– Pigmentary keratitis in dogs is a condition that has become an important cause of visual impairment and its treatment is still insufficient, since all possible treatments studied result in corneal repigmentation. The objective was to evaluate the efficiency of limbal transplantation as a treatment for pigmentary keratitis in dogs. Through cytological evaluation, the possibility of a relationship between the pathogenesis of limbal epithelial cell deficiency and the pathogenesis of the condition was also investigated. Six ocular units with pigmentary keratitis from Shih Tzu and Pug dogs were studied. They were divided into 2 groups, transplant (TG) and control (GC). Prior to transplantation, cytological impression samples from the corneal surface were collected in search of goblet cells. Lamellar keratectomy was performed to remove the pigmented corneal layer, and the samples were sent for histopathological evaluation. In the TG, the allogeneic simple limbal epithelial transplant (SLET) technique was applied, while the CG only lamellar keratectomy. Evaluations of melanosis, corneal edema, blepharospasm, ocular discharge, granulation tissue, conjunctival hyperemia and corneal transparency were qualified on days 0, 14, 28 and 70 post-transplantation. Multivariate exploratory statistical analysis was performed using Horn's parallel analysis and inferential analysis using multilevel generalized linear models. Multiple comparison between groups was performed in the posthoc test with the Bonferroni procedure. In both groups, the highest melanosis values were identified in the preoperative period, with a decrease at 14 days after surgery and rising to an intermediate value at 70 days after surgery. Despite the lack of statistical difference between the groups regarding melanosis, the eyes of the TG showed a tendency to increase in pigment later than the post-surgical CG. The CG showed an increase in corneal edema 28 days after the operation compared to the preoperative period. The TG obtained a lower blepharospasm score at 28 days post, while the GC at 70 days. Presence of goblet cells was identified on impression cytology. In the histological evaluation, the presence of pigmented melanocytes in the superficial stroma was described, as well as a neutrophilic inflammatory infiltrate. Evidence of goblet cells strengthens the possible association of limbal epithelial cell deficiency in the pathogenesis of pigmentary keratitis. Allogeneic limbal transplantation using the SLET technique did not achieve the objective of solving the recurrence of pigmentary keratitis in affected dogs.

Descrição

Idioma

Português

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