Ecotoxicidade do inseticida bifentrina para bioindicadores aquáticos

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2023-08-29

Orientador

Pinheiro, Juliana Heloisa Pinê Américo

Coorientador

Cruz, Claudinei da

Pós-graduação

Engenharia Civil - FEIS 33004099084P5

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Os Agrotóxicos são substâncias utilizadas no controle de insetos-praga e plantas daninhas. No entanto, quando entram em contato com organismos não-alvo, essas substâncias podem provocar uma série de problemas em diferentes níveis da cadeia alimentar. Por isso, o propósito deste estudo foi avaliar a toxicidade aguda do bifentrina em organismos aquáticos (como as macrófitas Lemna minor e Azolla caroliniana, o caramujo Pomacea canaliculata, o camarão Macrobrachium acanthurus, os peixes Xiphophorus maculatus e Hyphessobrycon eques), além de investigar sua toxicidade crônica em Hyphessobrycon eques. Além disso, calculamos o risco ambiental associado e analisamos as alterações histopatológicas nas brânquias, fígado e rins dos peixes H. eques. Os ensaios de toxicidade com as macrófitas tiveram a duração de 7 dias, enquanto com os demais organismos foram realizados em 48 horas. O teste de toxicidade crônica foi conduzido com H. eques, submetido a concentrações subletais por um período de 15 dias. Na análise histopatológica, os órgãos foram retirados, seccionados e imersos em uma solução fixadora de formol (10%), posteriormente incluídos em bloco, cortados e corados com Hematoxilina-Eosina e ácido periódico de Schiff. O inseticida bifentrina foi classificado como extremamente tóxico para o camarão M. acanthurus (CL50;48h: 0,00027 mg L- 1), peixes H. eques (CL50;48h: 0,031 mg L-1) e X. maculatus (CL50;48h: 0,0065 mg L- 1), com baixa toxicidade para o caramujo P. canaliculata (CE50;48h: 47,62 mg L-1) e quase inexistente toxicidade para as macrófitas L. minor (CI50;7d: 877,26 mg L-1) e A. caroliniana (CL50;7d: 679,84 mg L-1). No que diz respeito à análise de risco ambiental, os resultados refletiram as conclusões dos testes ecotoxicológicos realizados. As descobertas histológicas revelaram efeitos prejudiciais significativos em H. eques, afetando negativamente as brânquias e o fígado desses peixes. Em resumo, concluise que a exposição aguda e crônica ao bifentrina compromete a funcionalidade desses órgãos vitais, os quais são responsáveis pela respiração, troca de gases e desintoxicação, afetando funções essenciais para a sobrevivência dos peixes em ambientes aquáticos.

Resumo (inglês)

Pesticides are substances used to control pest insects and weeds. However, when in contact with non-target organisms, these substances can cause a series of problems at various trophic levels. Thus, the aim of this study was to assess the acute ecotoxicity of bifenthrin to aquatic organisms (macrophytes Lemna minor and Azolla caroliniana, snail Pomacea canaliculata, shrimp Macrobrachium acanthurus, fish Xiphophorus maculatus and Hyphessobrycon eques), chronic ecotoxicity for Hyphessobrycon eques, calculate environmental risk, and analyze histopathological changes in the gills, liver, and kidney of H. eques. The ecotoxicity assays with macrophytes lasted for 7 days, while for the other organisms, it was 48 hours. The chronic ecotoxicity assay was conducted with H. eques, exposing the fish to sublethal concentrations for 15 days. In the histopathological analysis, the organs were removed, sectioned, and immersed in a 10% formalin fixative solution. They were then embedded, cut, and stained with Hematoxylin-Eosin and Periodic Acid-Schiff. The insecticide bifenthrin was classified as extremely toxic to the shrimp M. acanthurus (LC50;48h: 0.00027 mg L-1), fish H. eques (LC50;48h: 0.031 mg L-1) and X. maculatus (LC50;48h: 0.0065 mg L-1), slightly toxic to the snail P. canaliculata (EC50;48h: 47.62 mg L-1), and practically non-toxic to the macrophytes L. minor (IC50;7d: 877.26 mg L-1) and A. caroliniana (LC50;7d: 679.84 mg L-1). Regarding the environmental risk analysis, the results reflected those found in the ecotoxicological assays. The histological results presented significant adverse effects in H. eques, negatively affecting the gills and liver of these fish. In conclusion, both acute and chronic exposure to bifenthrin compromise the functionality of these vital organs, responsible for respiration, gas exchange, and detoxification, affecting vital functions for the survival of fish in aquatic environments.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

SANTOS, Giovanni Tobias. Ecotoxicidade do inseticida bifentrina para bioindicadores aquáticos. 2024. 83 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia, Universidade Estadual Paulista - Unesp, Ilha Solteira, 2024.

Itens relacionados