Ação de compostos fenólicos nas propriedades in vitro de células malignas humanas derivadas de adenocarcinomas de mama e de próstata
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Data
2022-11-18
Autores
Orientador
Oliveira, Deilson Elgui de
Coorientador
Pós-graduação
Patologia - FMB
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Os cânceres de mama e de próstata são doenças agressivas que constituem um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Embora diversas drogas tenham sido desenvolvidas para o tratamento dessas doenças oncológicas, com frequência são observadas baixa seletividade para células neoplásicas, efeitos colaterais relevantes e resistência tumoral à quimioterapia, situações que motivam o desenvolvimento de novos fármacos com ação antineoplásica. Compostos fenólicos tem sido considerados potenciais candidatos a novos agentes antineoplásicos com base em estudos que sugerem ação citotóxica, citostática e antimetastática para essas substâncias. Entretanto, diversos estudos na literatura sobre o potencial efeito antineoplásico de compostos fenólicos apresentam inconsistências relevantes e seus possíveis mecanismo de ação não são adequadamente elucidados. No presente estudo, foi avaliado possíveis efeitos do tratamento de células malignas humanas derivadas de cânceres de mama e próstata com os ácidos cafeico (ACA), cinâmico (ACI) e ferúlico (AFE), compostos fenólicos obtidos de diferentes fontes naturais, tais como a própolis produzida por abelhas. Foram empregadas linhagens de células humanas com níveis diferentes de agressividade biológica, avaliadas quanto a viabilidade celular, taxas de migração e invasão in vitro. As células foram incubadas com os compostos fenólicos em concentrações finais de 25 - 800µM por 24, 48 e 72h. A viabilidade celular foi estimada pelo ensaio MTT e as taxas de migração e invasão celular foram avaliadas em ensaios com câmara de Boyden. Houve consistente redução da viabilidade celular em todas as linhagens expostas ao ACA (dose e tempo dependente), mas não foram observados efeitos com ACI e AFE nas mesmas condições. Os valores de IC50 para o tratamento com o ACA (72h) foram: 177 ± 15,3 µM para células MCF-7 e 260 ± 45,8 µM para MDA-MB-231 (ambas derivadas de adenocarcinomas de mama), e 90 ± 19,4 µM para LNCaP e 59,29 ± 5,3 µM para PC3 (derivadas de adenocarcinomas de próstata). Em concentrações não-citotóxicas, o tratamento com ACA reduziu significativamente a migração das células MCF-7 (p<0.05) e MDA-MB-231 (p<0.0001); ademais, a combinação dos ACA e ACI em concentrações não citotóxicas reduziram significativamente a inibição da migração de células PC3 (p<0.05) e a invasão de células MCF-7 (p<0.05), MDA-MB-231 (p<0.001), LNCaP (p<0.001) e PC3 (p<0.0001). Esses resultados indicam que o emprego de CA, isolado ou combinado com CIA, pode ser promissor para novos protocolos antineoplásicos dirigidos aos cânceres de mama e próstata.
Descrição
Idioma
Português