Fluxo, improvisação e padrões que conectam: uma etnografia do musicar na Música do Círculo e suas implicações para a educação musical
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Data
2023-03-27
Autores
Orientador
Arroyo, Margarete
Coorientador
Pós-graduação
Música - IA
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Esta pesquisa trata da apresentação e descrição densa da comunidade da Música do Círculo (MdC), grupo de pessoas que atuam desde São Paulo. A MdC congrega ações que envolvem corpo, voz e movimento em contexto urbano, organiza e compartilha modos de fazer, aprender e ensinar música que incluíram experiências online no ano de 2020. Os objetivos almejam desvendar o universo da MdC para compreender melhor o seu fazer musical e, a partir disto, discutir a força da música e do musicar nessa comunidade e levantar implicações para a educação musical. A investigação utiliza procedimentos etnográficos presenciais, virtuais e autoetnográficos. Para tanto, recorre à observação participante, a entrevistas semiestruturadas, e à produção de dados por fontes escritas e não-escritas tais como áudios e vídeos. A etnografia virtual subsidia a interpretação do fenômeno que se adaptou/relacionou ao ambiente virtual por força da pandemia do coronavírus no ano de 2020 e a autoetnografia é incluída por se tratar de experiências que remetem a vivências da pesquisadora na comunidade da MdC. Por meio dessas abordagens metodológicas e dos referenciais centrados no conceito do musicar (SMALL, 1998) e na teoria da interação humano-música (DeNORA, 2000) identificam-se os seguintes resultados: o musicar na MdC é caracterizado pela busca de padrões para conectar, sônicos, de movimentos, de palavras-poesia; pela promoção do “fluxo” (entrainment); pelo improviso como cocriação; pela busca do “estar junto” e a busca por constituir comunidades. A vivência online deu subsídios à identificação do ponto de escuta, da memória do presencial, e aos conceitos de musicar objetivo (o musicar DA MdC) e musicar subjetivo (musicar NA MdC).
Resumo (inglês)
This research presents a thick description of the Música do Círculo (MdC) community, a group of people who work in São Paulo. MdC congregates actions that involves body, voice and movement in an urban context, organizes and shares ways of making, learning and teaching music that included online experiences in the year 2020. The objectives aim to unveil the universe of MdC to better understand its musical making in order to discuss the strength of music and musicking in this community and raise implications for music education. The investigation uses ethnographic procedures including face-to-face, virtual and autoethnographic guidelines. To do so, it resorts to participant observation, semi-structured interviews, and the production of data from written and non-written sources such as audios and videos. The virtual ethnography subsidizes the interpretation of the phenomenon that was adapted/related to the virtual environment due to the coronavirus pandemic in 2020 and the autoethnography is included because they are experiences that refer to the researcher's experiences in the MdC community. Through these methodological approaches and references centered on the concept of musicking (SMALL, 1998) and on the theory of human-music interaction (DeNORA, 2000), the following results can be identified: making music in MdC is characterized by the search for patterns to connect , sonic, of movements, of words-poetry; by promoting “flow” (entrainment); through improvisation as co-creation; by the quest for “being together” and the quest to build communities. The online experience gave support to the identification of the point of listening, the memory of the in-person experience, and the concepts of objective musicking (musicking From Música do Círculo) and subjective musicking (musicking At Música do Círculo).
Descrição
Idioma
Português