Manejo da irrigação e da adubação nitrogenada no milho cultivado no outono/inverno em Botucatu-SP

Abstract

Objetivou-se com esta pesquisa estudar o efeito dos fatores lâminas de irrigação e doses de adubação nitrogenada e sua interação sobre a produtividade da cultura do milho segunda safra. O experimento foi conduzido na Fazenda Lageado na área Experimental do Departamento de Engenharia Rural da Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP, Campus de Botucatu, no ano agrícola de 2016. O delineamento usado foi em blocos casualizados em esquema fatorial 5 x 5 com parcela subdividida, sendo cinco lâminas de irrigação, cinco doses de adubação nitrogenada e quatro repetições. A cultura em estudo foi o milho, cultivar híbrido 2A401, semeado manualmente nos espaçamentos de 0,2 x 0,85 m resultando em 58.823 plantas por hectare. Foi instalado um sistema de irrigação por gotejamento com vazão de 1,2 L h-1 e emissores espaçados a cada 0,2 m. As lâminas de irrigação foram representadas por W1, W2, W3, W4 e W5, correspondendo a 50; 75; 100, 125 e 150% respectivamente, da reposição de água com base na ETc diária. A adubação nitrogenada representadas por N0, N1, N2, N3, N4, correspondentes a 0; 22,5; 45; 67,5 e 90 kg ha-1 de N respectivamente, utilizando como fonte a uréia. A irrigação foi muito importante principalmente na fase reprodutiva devido à ocorrência de um veranico que durou 38 dias. A produtividade de grãos de milho foi de 11.726 Kg ha-1 no nível W3 para o tratamento lâmina de irrigação, e de 11.663 Kg ha-1 no nível N4 para o tratamento doses de adubação nitrogenada. Em ambos os tratamentos, a menor produtividade foi obtida utilizando os menores níveis. A lâmina de irrigação que proporcionou o maior rendimento foi com 100% de reposição de água com base na ETc. Com base nos resultados obtidos do tratamento adubação nitrogenada, a dose de 90 Kg ha-1 de N foi a que proporcionou o maior rendimento de grão de milho.