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Opressão da mulher e horror na tela do cinema hindi: Bulbbul (2020) na perspectiva feminista pós-colonial

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Data

2024-06-27

Orientador

Busetto, Áureo

Coorientador

Pós-graduação

História - FCHS

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A presente tese teve como objetivo central a análise crítica, a partir do método histórico, do filme hindi Bulbbul (2020), dirigido por Anvita Dutt, que foi lançado na plataforma Netflix em meio ao contexto da pandemia de COVID-19. O propósito da análise foi problematizar a complexa trajetória de luta da mulher indiana na conquista pelo espaço público, direitos civis, crítica contra a violência e dificuldade no cumprimento das leis, aspectos representados na tela do cinema. Na Índia, este debate foi intensificado após o trágico estupro coletivo que chocou o mundo em 2012, ocorrido em um ônibus na cidade de Nova Délhi, impulsionando também o interesse na produção de películas com temáticas de crítica social. Apesar dos avanços que foram alcançados pelo movimento feminista, a maior república do mundo ainda enfrenta desafios significativos em construir uma sociedade mais igualitária em relação ao gênero. Desde o primeiro mandato, o primeiro-ministro Narendra Modi, partido BJP de orientação nacionalista hindu extremista, foi alvo de críticas por suas políticas que pareciam perseguir muçulmanos, secularistas, liberais, esquerdistas, membros de castas inferiores, imigrantes e mulheres. Com a sua reeleição em 2019, ganhou força e gerou insegurança em relação aos desafios que as mulheres poderiam enfrentar. Com a análise crítica da narrativa, sonora e estratégias imagéticas articuladas por Dutt, pretende-se detectar de que maneira se desenvolve a denúncia implícita da persistência de opressão no século XXI e a possibilidade de retrocessos nas conquistas femininas, além da representação dos horrores enfrentados pelas mulheres na vida real.

Resumo (inglês)

The central objective of this thesis was the critical analysis, using the historical method, of the Hindi film Bulbbul (2020), directed by Anvita Dutt, which was released on the Netflix platform amid the context of the COVID-19 pandemic. The purpose of the analysis was to problematize the complex trajectory of the Indian woman's struggle for public space, civil rights, criticism against violence, and difficulty in enforcing laws, as represented on the cinema screen. In India, this debate was intensified after the tragic gang rape event that shocked the world in 2012, which occurred on a bus in New Delhi, also driving interest in the production of films with social criticism themes. Despite the advances achieved by the feminist movement, the world's largest republic still faces significant challenges in building a more gender-equitable society. Since his first term, Prime Minister Narendra Modi, from the extremist Hindu nationalist BJP party, has been the target of criticism for his policies that seemed to persecute Muslims, secularists, liberals, leftists, members of lower castes, immigrants, and women. With his re-election in 2019, these policies gained strength and created insecurity regarding the challenges women might face. Through the critical analysis of the narrative, sound, and visual strategies articulated by Dutt, the goal is to detect how the implicit denunciation of the persistence of oppression in the 21st century, as well as the possibility of setbacks in achievements conquered by women are developed, as well as the representation of the horrors faced by women in real life.

Resumo (alemão)

Das zentrale Ziel dieser Dissertation war die kritische Analyse des Hindi-Films Bulbbul (2020), unter der Regie von Anvita Dutt, mit der Anwendung der historischen Methode. Der Film wurde auf der Plattform Netflix im Kontext der COVID-19-Pandemie veröffentlicht. Das Ziel der Analyse war es, den komplexen Kampf der indischen Frau um den öffentlichen Raum, Bürgerrechte sowie die Kritik an Gewalt und die Schwierigkeiten bei der Durchsetzung von Gesetzen zu problematisieren, wie sie auf der Kinoleinwand dargestellt werden. In Indien wurde diese Debatte nach der tragischen Gruppenvergewaltigung, die 2012 in einem Bus in Neu-Delhi stattfand und die Welt schockierte, intensiviert. Im Endeffekt hat diese Debatte auch das Interesse an der Produktion von Filmen mit sozialkritischen Themen erhöht. Trotz der Fortschritte, die durch die feministische Bewegung erreicht wurden, steht die größte Republik der Welt noch immer vor erheblichen Herausforderungen beim Aufbau einer gerechteren Gesellschaft in Bezug auf das Geschlecht. Seit seiner ersten Amtszeit ist Premierminister Narendra Modi von der extremistischen hindu-nationalistischen BJP-Partei wegen seiner Politik, die Muslime, Säkularisten, Liberale, Linke, Mitglieder unterer Kasten, Einwanderer und Frauen zu verfolgen schien, Kritik ausgesetzt. Mit seiner Wiederwahl 2019 gewann diese Politik an Stärke und erzeugte Unsicherheit hinsichtlich der Herausforderungen, denen Frauen möglicherweise gegenüberstehen. Durch die kritische Analyse der narrativen sowie der akustischen und bildlichen Strategien, die Dutt anwendet, soll festgestellt werden, wie die implizite Anklage der anhaltenden Unterdrückung im 21. Jahrhundert entwickelt wird. Zudem wird untersucht, wie die Möglichkeit von Rückschritten in den Errungenschaften der Frauen und die Darstellung der realen Schrecken, denen Frauen ausgesetzt sind, dargestellt werden.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

BELEI, Paula Tainar de Souza. Opressão da mulher e horror na tela do cinema Hindi: Bulbbul (2020) na perspectiva feminista pós-colonial. 2024. 437 f. Tese (Doutorado em História) - Faculdade de Ciências e Letras e Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista - UNESP, Assis, 2024.

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