Segregação sócio-espacial: uma experiência de educação em direitos humanos
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Data
2022-10-21
Autores
Orientador
Fonseca, Débora Cristina
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Geografia - IGCE
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
A presente pesquisa buscou analisar a temática da segregação sócio-espacial abordada nas oficinas de educação em direitos humanos realizadas através do projeto de extensão em interface com a pesquisa “Educação em Direitos Humanos na Escola: investigação em intervenção propositiva”, sucedida no ano de 2019 em duas escolas de um município do interior paulista. Esse recorte teórico parte do pressuposto de que a condição sócio-espacial de um indivíduo influencia diretamente sua existência e sua formação como um ser social e político, compreendido por suas relações e interações com o meio geográfico, sendo o espaço agente condicionante e condutor de produções e reproduções sociais. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que se utilizou dos seguintes instrumentos de coleta de dados: análise dos questionários individuais aplicados ao final do ano letivo de 2019 com os professores de duas escolas, leitura do Diário de Campo e relatório das oficinas realizadas, além de revisão bibliográfica do tema. Mediante às respostas disponibilizadas no questionário e aos relatos registrados no Diário de Campo, percebeu-se que as violências e violações de direitos dos estudantes não eram atribuídas ao fenômeno da segregação sócio-espacial. Contrariamente, havia excessiva culpabilização individual e familiar, fundamentada em comparações individuais da vida pessoal de cada professor. Percebeu-se uma linha de pensamento individualizante entre os professores, situados em um ambiente que acaba transformando problemas sociais em problemas individuais, dificultando um real enfrentamento das dificuldades e imprimindo uma culpa ao sujeito por sua condição econômica, social e espacial. Esse impasse faz com que a solução efetiva de conflitos escolares esteja longe de se concretizar, uma vez que os esforços estão voltados à moralização das famílias e não à reivindicação de políticas públicas de qualidade.
Resumo (inglês)
The present research sought to analyze the issue of social and spatial segregation
addressed in the human rights education workshops carried out through the extension project in
interface with the research "Human Rights Education at School: investigation in purposeful
intervention", which took place in 2019 in two schools in a city in the interior of São Paulo. This
theoretical approach is based on the assumption that the social and spatial condition of an
individual directly influences their existence and their formation as a social and political being,
understood by their relationships and interactions with the geographic environment, the space
being a conditioning agent and conductor of productions. and social reproductions. This is
qualitative research that used the following data collection instruments: analysis of individual
questionnaires applied at the end of the 2019 school year with teachers from two schools, reading
of the Field Diary and report of the workshops held, in addition to a bibliographic review of the
topic. Through the answers provided in the questionnaire and the reports recorded in the Field
Diary, it was noticed that the violence and violations of students' rights were not attributed to the
phenomenon of social and spatial segregation. On the contrary, there was excessive individual
and family blame, based on individual comparisons of each teacher's personal life. An
individualizing line of thought was perceived among the teachers, situated in an environment that
ends up transforming social problems into individual problems, making it difficult to face real
difficulties and imposing guilt on the subject for his economic, social and spatial condition. This
impasse means that the effective solution to school conflicts is far from being materialized since
efforts are focused on the moralization of families and not on the demand for quality public
policies.
Descrição
Idioma
Português