Imagens que falam, olhos que escutam: psicanálise e poéticas visuais
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Data
2024-11-01
Autores
Orientador
Dionisio, Gustavo Henrique
Coorientador
Pós-graduação
Psicologia - FCLAS
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
O que é possível escutar de uma imagem? Este estudo propõe uma análise crítica fundamentada na psicanálise que visa explorar a recepção estética de obras de arte e o impacto das imagens na subjetividade contemporânea. Dando continuidade às questões abordadas em nossa pesquisa de mestrado, apresentamos aqui as impressões de espectadores diante de manifestações artísticas visuais de movimentos que desafiam a realidade, focando em obras surrealistas, hiper-realistas e criações artísticas feitas com inteligência artificial. Utilizando a reprodução de obras de artistas como René Magritte, Richard Estes, Cindy Sherman, Boris Eldagsen e o coletivo Obvious Art, exploramos os limites entre representação, realidade e estranhamento. A teoria psicanalítica, de Sigmund Freud a Jacques Lacan, fundamenta nossa abordagem ao interpretar os discursos sobre essas imagens, permitindo uma compreensão abrangente das interações complexas e provocativas que se estabelecem entre espectadores e obras de arte. Posicionando nosso olhar de forma análoga ao ouvido atento do psicanalista, realizamos entrevistas de recepção estética em que os espectadores foram convidados a associar livremente diante das imagens. Nosso objetivo é investigar como as fronteiras entre quem observa e quem é observado se dissolvem e se ressignificam, revelando a transitoriedade e a dinâmica dessas relações. Ao analisar características sintomáticas como repetições, retornos e diferenças nas imagens, buscamos aprofundar os debates sobre as interseções entre expressões estéticas e processos de subjetivação na atualidade.
Resumo (inglês)
What is it possible to listen from an image? This study proposes a critical analysis grounded in psychoanalysis that aims to explore the aesthetic reception of works of art and the impact of images on contemporary subjectivity. Building on the issues addressed since our master’s research, we present here the impressions of viewers in response to visual artistic manifestations from movements that challenge reality, focusing on surrealist, hyper-realistic, and artistically created works with artificial intelligence. Utilizing reproductions of works by artists such as René Magritte, Richard Estes, Cindy Sherman, Boris Eldagsen and the Obvious Art collective, we explore the boundaries between representation, reality, and estrangement. Psychoanalytic theory, from Sigmund Freud to Jacques Lacan, underpins our approach in interpreting the discourse surrounding these images, allowing a comprehensive understanding of the complex and provocative interactions established between viewers and artworks. Positioning our perspective analogously to the attentive ear of the psychoanalyst, we conducted aesthetic reception interviews in which viewers were invited to freely associate in response to the images. Our goal is to investigate how the boundaries between observer and observed dissolve and are redefined, revealing the transience and dynamics of these relationships. By analyzing symptomatic characteristics such as repetitions, returns, and differences in the images, we seek to deepen the debates on the intersections between aesthetic expressions and processes of subjectivation today.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português
Como citar
BIGELI, Alan Ricardo Floriano. Imagens que falam, olhos que escutam: psicanálise e poéticas visuais. 2025. 235 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Letras, Assis, 2024.