Avaliação ultrassonográfica tridimensional do assoalho pélvico em mulheres na pós-menopausa usuárias de terapia hormonal
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Data
2019-06-27
Orientador
Nahas, Eliana Aguiar Petri
Coorientador
Pós-graduação
Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Objetivo: Avaliar as características ultrassonográficas tridimensionais (3D) dos músculos do assoalho pélvico (MAP) em mulheres na pós-menopausa, usuárias e não usuárias de terapia hormonal (TH). Métodos: Estudo de corte transversal com 226 mulheres, idade entre 45-65anos, sexualmente ativas, amenorreia >12meses e sem alterações do assoalho pélvico ou incontinência urinária. Consideraram-se usuárias de TH sistêmica, mulheres em uso ≥ seis meses. A força dos MAP foi avaliada pela palpação vaginal bidigital, graduadas de 0 a 5, pela escala modificada de Oxford: escores 0–1, sem contração e escores 2–5, com contração dos MAP. A biometria dos MAP foi realizada pela ultrassonografia transperineal-3D (Voluson E6, GE) para avaliação da área do hiato urogenital, diâmetros anteroposterior e transverso e espessura do músculo levantador do ânus. Análise estatística foi pelo teste t-student, correlação de Pearson e regressão logística (odds ratio-OR). Resultados: Participantes foram divididas em usuárias (n=78) e não usuárias (n=148) de TH. Não houve diferenças entre os grupos quanto as variáveis clínicas e antropométricas. Em ambos os grupos, a média de idade foi de 55 anos com tempo médio de menopausa de seis anos. Entre as usuárias de TH, o tempo médio de uso foi de 43,4 ± 33,3 meses. Observou-se que as usuárias de TH apresentaram maior espessura do músculo levantador do ânus (p=<.001) e maior força dos MAP (p=0.029) quando comparadas a não usuárias. Na análise de risco ajustada para idade, tempo de menopausa, IMC, paridade e tipo de parto, foi observado associação entre o uso de TH com menor área do hiato urogenital (OR=2.73; IC 95% 1.11–6.70, p=0.029) e maior força dos MAP (OR=1.78; IC 95% 1.01–3.29, p=0.046) quando comparadas as não usuárias de TH. Observou-se fraca correlação positiva entre a espessura do músculo levantador do ânus com o tempo de uso de TH (r= 0.25, p=0.0002) e a força dos MAP (r= 0.12, p=0.043). Conclusão: Mulheres na pós-menopausa usuárias de TH apresentaram menor área do hiato urogenital e maior espessura do músculo elevador do ânus quando comparadas a não usuárias de TH.
Resumo (inglês)
Objective: To evaluate the three-dimensional (3D) ultrasound characteristics of pelvic floor muscles (PFM) in postmenopausal women, users and nonusers of menopausal hormone therapy (MHT). Methods: An analytical cross-sectional study was conducted on 226 sexually active heterosexual women aged 45-65years with amenorrhea >12months and without pelvic floor disorders or urinary incontinence. It was considered systemic MHT users, women in use ≥ 6 months. PFM strength was assessed by bidigital vaginal palpation using the modified Oxford scale(score 0 to 5) and was categorized into non-functional (scores 0- 1, without contraction) and functional (scores 2-5, with contraction). Threedimensional transperineal ultrasound was used to evaluate total urogenital hiatus area, transverse and anteroposterior diameters, and levator ani muscle thickness. The biometry of PFM was performed by transperineal-3D ultrasound (Voluson E6, GE) for evaluation of total urogenital hiatus area, transverse and anteroposterior diameters, and levator ani muscle thickness. For statistical analysis, t-student test, Pearson's correlation and logistic regression (OR-odds ratio) were used. Results: Participants were divided into users (n = 78) and nonusers (n = 148) of MHT. There were no differences between groups in clinical and anthropometric parameters. In both groups, the mean age was 55 years with time since menopause of six years. Among MHT users, the mean time of use was 43.4 ± 33.3 months. It was observed that MHT users presented greater levator ani muscle thickness (p = 0.001) and higher PFM strength (p = 0.029) when compared to nonusers. Risk analysis adjusted for age, time since menopause, BMI, parity and type of delivery parity, showed an association 5 between the use of MHT with lower total urogenital hiatus area (OR = 2.73, 95% CI 1.11-6.70, p = 0.029 ) and higher PFM strength (OR = 1.78, 95% CI 1.01-3.29, p = 0.046) when compared to nonusers of MHT. There was a weak positive correlation between levator ani muscle thickness and the time of use of MHT (r = 0.25, p = 0.0002) and PFM strength (r = 0.12, p = 0.043). Conclusion: Postmenopausal women MHT users presented lower urogenital hiatus area and greater levator ani muscle thickness when compared to MHT nonusers.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português