Fatores associados à gravidade das queratoses actínicas da face e couro cabeludo em uma amostra brasileira: um estudo transversal

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Data

2022-08-11

Orientador

Miot, Hélio Amante
Miola, Anna Carolina

Coorientador

Pós-graduação

Patologia - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Fundamentos: Queratoses actínicas (QAs) são proliferações queratinocíticas atípicas com risco de malignização. Sua gênese é influenciada por vários fatores como exposição solar, imunossupressão e idade. Alguns estudos as associaram ao uso de drogas fotossensibilizantes (como os inibidores da enzima conversora de angiotensina e os bloqueadores do receptor de angiotensina, entre outros) e bloqueadores do canal de cálcio (BCC). O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores individuais, comportamentais e de exposição associados à gravidade das QAs faciais e de couro cabeludo. Métodos: Estudo transversal multicêntrico realizado no Hospital Geral de Curitiba-PR, no Instituto Lauro de Souza Lima em Bauru-SP e no Hospital de Clínicas de Botucatu-SP, envolvendo indivíduos imunocompetentes com pelo menos uma QA na face ou couro cabeludo. Foram avaliados elementos demográficos, exposição solar, fotoproteção, tabagismo, uso de álcool, antecedentes pessoais ou familiares de câncer de pele, e o uso regular de medicações nos últimos seis meses. O principal desfecho do estudo foi a gravidade das QAs, avaliada através da escala de gravidade Actinic Keratosis Area and Severity Index (AKASI). A variação dos escores AKASI foi avaliada através de um modelo linear generalizado hierárquico, ajustado para o sexo, idade, fototipo e calvície. Ao final foi realizada uma análise de sensibilidade utilizando a contagem total de QAs como variável dependente. Resultados: Foram avaliados 252 pacientes, com idades que variaram entre 44 e 92 anos, predomínio de sexo masculino (52%), fototipos I e II (78%), e histórico pessoal de câncer de pele (54%). Nessa amostra, somente 22% dos participantes faziam uso regular de protetor solar, 12% usavam algum tipo de BCC e 61% usavam alguma medicação fotossensibilizante. O modelo final indicou idade, fototipo, histórico de câncer de pele e uso de BCC como fatores independentes de risco. Aderência ao uso de protetor solar esteve associada à menor gravidade das QAs avaliadas. Medicamentos fotossensibilizantes não foram indicados como fatores de risco, nessa amostra. Conclusões: Idade, fototipos claros e histórico pessoal de câncer de pele foram confirmados como fatores de gravidade para QAs, enquanto a aderência à fotoproteção foi redutora do efeito. O uso de BCC associou-se a maior gravidade das QAs na face e couro cabeludo.

Resumo (inglês)

Background: Actinic keratosis (AKs) are proliferations of atypical keratinocytes which can evolve to malignancy. Their genesis is influenced by several factors such as sun exposure, immunossupression and age. Some studies have linked them to the use of photosensitizing drugs (such as angiotensin-converting enzyme inhibitors and angiotensin receptor blockers, among others) and calcium channel blockers (CCB). The aim of this study was to assess individual, behavioral and exposure factors associated with the severity of facial and scalp AKs. Methods: We conducted a multicenter cross-sectional study at Curitiba General Hospital, Lauro de Souza Lima Institute and Hospital de Clínicas of Botucatu, involving immunocompetent individuals with at least one AKs on the face or scalp. Demographic elements, sun exposure, photoprotection, smoking, alcohol use, personal or family history of skin cancer, and regular use of medications in the last six months were evaluated. The main outcome of the study was the severity of AKs, assessed using the severity scale called Actinic Keratosis Area and Severity Index (AKASI). The variation of AKASI scores was evaluated using a generalized linear hierarchical model, adjusted for sex, age, phototype and baldness. At the end, a sensitivity analysis was performed using the total lesion count as the dependent variable. Results: A total of 252 patients were evaluated, aged between 44 and 92 years, with predominance of phototypes I and II (78%), male sex (52%) and personal history of skin cancer (54%). In this sample, only 22% of the participants used sunscreen regularly, 12% used some type of CCB and 61% used some photosensitizing medication. The final model indicated age, phototype, skin cancer history and use of CCB as independent risk factors. Adherence to the use of sunscreen was associated with a lower severity of the AKs evaluated. Photosensitizing drugs were not indicated as risk factors in this sample. Conclusions: Age, clear phototypes and personal history of skin cancer were confirmed as factors of severity for AKs, while adherence to photoprotection had a reducing effect. The use of CCB was associated with greater severity of the face and scalp AKs.

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Português

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