Efeitos da ureia pós-ruminal na transição águas-seca sobre o desempenho e parâmetros ruminais de bovinos nelore durante a recria
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Data
2022-02-14
Autores
Orientador
Resende, Flávio Dutra de
Coorientador
Pós-graduação
Zootecnia - FCAV
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Objetivou-se avaliar os efeitos da utilização da ureia com absorção pós-ruminal, na suplementação de bovinos Nelore em crescimento recriados à pasto durante o período de transição águas-secas. Para o estudo, foram desenvolvidos dois experimentos, no experimento 1, foi avaliado os parâmetros ruminais e sanguíneos, sendo utilizados 8 bovinos Nelore canulados no rúmen com peso corporal (PC) inicial de 763 ± 44 kg, distribuídos em um duplo quadrado latino 4×4. No experimento 2, foram utilizados 120 bovinos Nelore com PC inicial de 380 ± 35 kg para avaliação do desempenho, distribuídos em um delineamento em blocos casualizados (fator de blocagem o PC inicial). Foram avaliados os mesmos quatro tratamentos em ambos os experimentos: 1: (PV-U) (controle) = suplemento com 24% de proteína bruta (PB) contendo ureia como fonte de nitrogênio não proteico (NNP; 3%) e farelo de soja; Tratamento 2: (PV-PRU) = suplemento com 24% de PB contendo ureia de absorção pós-ruminal (PRU; 3,6%) e farelo de soja; 3: (NNP-U-PRU) = suplemento com 24% de PB contendo ureia + ureia de absorção pós-ruminal (U = 3% e PRU = 3,9%), sem farelo de soja; 4: (NNP-PRU) = suplemento com 24% de PB contendo ureia pós-ruminal (7,5%), sem farelo de soja. O suplemento foi ofertado em 3 g/kg PC por animal, diariamente, uma vez ao dia (10 hrs). Todos os animais foram mantidos em pastagem de Urochloa brizantha cv. Marandu. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o PROC MIXED do SAS, sendo os dados avaliados pelos seguintes contrastes: C1 = PV-U/PV-PRU vs NNP-U-PRU/NNP-PRU (Substituição do farelo de soja por NNP); C2 = NNP-U-PRU vs NNP-PRU (nível baixo e alto de ureia pós-ruminal-PRU); C3= PV-U vs PV-PRU (Ureia convencional vs ureia pós-rimunal). Para os parâmetros ruminais, o pH diferiu entre os tratamentos onde o farelo de soja foi substituído por NNP (P=0,003), apresentando média de pH de 6,75, já os suplementados com NNP, apresentaram média de 6,85. A concentração de nitrogênio amoniacal foi diferente entre os tratamentos com baixo e alto nível de ureia pós-ruminal (P=0,04), com médias de 6,37 e 7,85 mg/dL, e também entre os tratamentos que compararam a ureia convencional versus a ureia pós-ruminal (P=0,03) com médias de 6,24 e 7,59 (mg/dL), respectivamente. A concentração total de ácidos graxos de cadeia curta, foi diferente entre os tratamentos no qual o farelo de soja foi substituído por NNP, com médias de 68,65 e 58,55 Mm (P=0,00), sendo diferente também entre os tratamentos que compararam baixo e alto nível de inclusão da ureia pós-ruminal, com médias de 59,5 e 57,6 Mm. A concentração de Isobutirato (P=0,003), valerato (P=0,001) e isovalerato (P=0,001), foram diferentes entre os tratamentos do contraste que avaliou a substituição do farelo de soja por NNP. Nos parâmetros sanguíneos, a ureia também foi diferente entre esses tratamentos que substituiu os farelo de soja por NNP, (P=0,006), apresentando média de 34,95 (mg/dL) para os tratamentos PV-U/PV-PRU e 31,41 (mg/dL) para NNP-U-PRU/NNP-PRU. O desempenho (PC final, ganho de peso e ganho por área), dos animais, foi diferente, sendo maior (P=0,04) em animais suplementados com farelo de soja, comparados ao NNP. O comportamento de consumo do suplemento também diferiu entre esses mesmos tratamentos (P<0,01), de forma que os suplementos PV-U e PV-PRU eram consumidos em um menor tempo quando comparado com os tratamentos NNP-U-PRU e NNP-PRU. A retirada do farelo de soja do suplemento e sua substituição seja pela junção da ureia convencional mais ureia pós-ruminal, ou somente pela ureia pós-ruminal compromete o desempenho dos animais. A utilização da ureia convencional ou pós-ruminal apresentam efeitos similares no desempenho e metabolismo animal, assim como os níveis de inclusão da ureia pós-ruminal.
Resumo (inglês)
The objective was to evaluate the effects of the use of urea with postruminal absorption, in the supplementation of growing Nellore cattle reared on pasture during the dry-water transition period. For the study, two experiments were developed, in experiment 1, the rumen and blood parameters were evaluated, using 8 rumencannulated Nellore cattle with initial body weight (BW) of 763 ± 44 kg, distributed in a double Latin square 4× 4. In experiment 2, 120 Nellore cattle with initial BW of 380 ± 35 kg were used for performance evaluation, distributed in a randomized block design (blocking factor or initial BW). The same four treatments were evaluated in both experiments: 1: (PV-U) (control) = supplement with 24% crude protein (CP) containing urea as a source of non-protein nitrogen (NNP; 3%) and soybean meal ; Treatment 2: (PV-PRU) = 24% CP supplement containing post-ruminal absorption urea (PRU; 3.6%) and soybean meal; 3: (NNP-U-PRU) = 24% CP supplement containing urea + postruminal absorption urea (U = 3% and PRU = 3.9%), without soybean meal; 4: (NNPPRU) = supplement with 24% CP containing post-ruminal urea (7.5%), without soybean meal. The supplement was offered at 3 g/kg BW per animal, daily, once a day (10 hrs). All animals were kept on Urochloa brizantha cv. Marandu. Statistical analyzes were performed using the SAS PROC MIXED, and the data were evaluated by the following contrasts: C1 = PV-U/PV-PRU vs NNP-U-PRU/NNP-PRU (Soybean meal replacement by NNP); C2 = NNP-U-PRU vs NNP-PRU (low and high post-ruminal urea-PRU level); C3= PV-U vs PV-PRU (conventional urea vs post-immune urea). For ruminal parameters, the pH differed between treatments where soybean meal was replaced by NNP (P=0.003), with an average pH of 6.75, whereas those supplemented with NNP had an average of 6.85. The concentration of ammonia nitrogen was different between treatments with low and high levels of post-ruminal urea (P=0.04), with means of 6.37 and 7.85 mg/dL, and also between treatments that compared the conventional urea versus post-ruminal urea (P=0.03) with means of 6.24 and 7.59 (mg/dL), respectively. The total concentration of short-chain fatty acids was different between treatments in which soybean meal was replaced by NNP, with averages of 68.65 and vi v 58.55 Mm (P=0.00), also being different between the treatments. Treatments that compared low and high post-ruminal urea inclusion levels, with means of 59.5 and 57.6 Mm. The concentration of Isobutyrate (P=0.003), valerate (P=0.001) and isovalerate (P=0.001) were different between the contrast treatments that evaluated the replacement of soybean meal by NNP. In blood parameters, urea was also different between those treatments that replaced soybean meal with NNP, (P=0.006), with an average of 34.95 (mg/dL) for the treatments PV-U/PV-PRU and 31 .41 (mg/dL) for NNP-U-PRU/NNP-PRU. The performance (final BW, weight gain and gain per area) of the animals was different, being higher (P=0.04) in animals supplemented with soybean meal, compared to NNP. Supplement consumption behavior also differed between these same treatments (P<0.01), so that PV-U and PV-PRU supplements were consumed in a shorter time when compared to NNP-U-PRU and NNP treatments. -PRU. The removal of soybean meal from the supplement and its replacement either by the addition of conventional urea plus post-ruminal urea, or only by post-ruminal urea, compromises the performance of the animals. The use of conventional or postruminal urea has similar effects on animal performance and metabolism, as well as post-ruminal urea inclusion levels.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português