O Serviço Social pelo olhar do anjo da história: uma investigação benjaminiana

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Data

2023-03-08

Orientador

Pedroso, Gustavo José de Toledo

Coorientador

Pós-graduação

Serviço Social - FCHS

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Esta tese é resultado de pesquisa sobre como os conceitos filosóficos elaborados por Walter Benjamin, nas primeiras décadas do século XX, contribuem para a atualização do referencial teórico marxista do Serviço Social ao oferecer um outro ponto de vista analítico, construído sob a consolidação do avanço técnico e científico, de experiências modernas e do caráter destruidor das forças de reprodução do capital. Por meio de revisão bibliográfica, a realização da pesquisa de tipo exploratório aponta para a relevância de considerar a crítica benjaminiana do progresso, como pressuposto teórico para pensar o Serviço Social em sua trajetória de tentativa de ruptura com o conservadorismo. Considerando a denúncia produzida por Benjamin em Sobre o conceito de história, e no conjunto de sua obra, sobre a presença do historicismo e da historiografia burguesa no pensamento social-democrata da época, foi produzido o esforço de interpretar o processo de recusa do conservadorismo pelo Serviço Social sob a mesma premissa, que consiste na fé no progresso. Observadas as especificidades da condição periférica do país em relação à dinâmica capitalista global, a questão da crença no progresso é decifrada pela defesa acrítica de valores liberais no Projeto Ético-Político do Serviço Social, de modo que a identidade profissional construída sob o movimento de intenção de ruptura acaba assumindo um caráter progressista e não exatamente anticapitalista, como supõe a tradição marxista.

Resumo (inglês)

This thesis is the result of research on how the philosophical concepts elaborated by Walter Benjamin in the first decades of the 20th century contribute to updating the marxist theoretical framework of Social Work by offering another analytical point of view, constructed under the consolidation of technical and scientific advances, modern experiences and the destructive nature of the forces of reproduction of capital. By means of a bibliographical review, the exploratory research points to the relevance of considering Benjamin's critique of progress as a theoretical presupposition for thinking about Social Work in its trajectory of attempting to break with conservatism. Considering the denunciation produced by Benjamin in Theses on the Philosophy of History, and in the body of his work, concerning the presence of historicism and bourgeois historiography in the social democratic thought of the time, an effort was made to interpret the process of rejection of conservatism by Social Work under the same premise, which consists of faith in progress. Observing the specificities of the peripheral condition of the country in relation to the global capitalist dynamics, the question of the belief in progress is deciphered by the uncritical defense of liberal values in the Ethical-Political Project of Social Work, so that the professional identity constructed under the movement of rupture intention ends up assuming a progressive character and not exactly anti-capitalist, as the Marxist tradition supposes.

Resumo (espanhol)

Esta tesis es el resultado de una investigación sobre cómo los conceptos filosóficos elaborados por Walter Benjamin, en las primeras décadas del siglo XX, contribuyen a la actualización del marco teórico marxista del Trabajo Social al ofrecer otro punto de vista analítico, construido bajo la consolidación de los avances técnicos y científicos, de las experiencias modernas y del carácter destructivo de las fuerzas de reproducción del capital. A través de una revisión bibliográfica, la investigación exploratoria señala la relevancia de considerar la crítica benjaminiana al progreso como supuesto teórico para pensar el Trabajo Social en su trayectoria de tentativa de ruptura con el conservadurismo. Considerando la denuncia producida por Benjamin en Sobre el Concepto de Historia, y en el conjunto de su obra, sobre la presencia del historicismo y de la historiografía burguesa en el pensamiento socialdemócrata de la época, se buscó interpretar el proceso de rechazo al conservadurismo por parte del Trabajo Social bajo la misma premisa, que consiste en la fe en el progreso. Observando las especificidades de la condición periférica del país en relación a la dinámica capitalista global, la cuestión de la creencia en el progreso es descifrada por la defensa acrítica de los valores liberales en el Proyecto Ético-Político del Trabajo Social, de modo que la identidad profesional construida bajo el movimiento de intención rupturista acaba asumiendo un carácter progresista y no exactamente anticapitalista, como suponía la tradición marxista.

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Português

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