Disputas hegemônicas, imperialismo e intervenções no século XXI: as eleições presidenciais na Bolívia em 2019 e a atuação da Organização dos Estados Americanos (OEA)

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Data

2023-09-06

Orientador

Kalil, Suzeley

Coorientador

Oliveira, Ana Amélia Penido

Pós-graduação

Relações Internacionais - IPPRI 33004110044P0

Curso de graduação

Título da Revista

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Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

O objetivo neste trabalho é apresentar de que forma as disputas hegemônicas se manifestam no século XXI, e as diferentes táticas utilizadas para intervir na região latino-americana no interior de uma mesma estratégia: ampliar a hegemonia dos Estados Unidos da América (EUA) na América Latina. Enfatizaremos sobretudo as táticas de intervenção que promovam desestabilização e rupturas de regimes, tendo como exemplo a ser estudado as eleições presidenciais bolivianas em 2019. Na ocasião, a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um relatório indicando dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral, e mesmo com o comprometimento do presidente reeleito, Evo Morales, em realizar um novo pleito, as Forças Armadas, após distúrbios urbanos violentos, sugeriram que o presidente renunciasse ao cargo. Para tal, como método, realizamos um levantamento histórico, uma revisão teórica-conceitual, análise documental, e compilamos uma hemeroteca para apresentar as eleições presidenciais da Bolívia em 2019. Para compreender o papel exercido pela OEA, selecionamos o informe preliminar, divulgado no dia 23 de outubro de 2019, e o informe final de análise de integridade eleitoral, divulgado em 4 dezembro do mesmo ano. O trabalho apresenta o amplo leque de táticas à disposição do centro global em sua disputa pela hegemonia, revisa as eleições presidenciais bolivianas e a trajetória de Morales até o pleito de 2019, e conclui com a descrição das táticas de intervenção presentes no impedimento da posse do presidente reeleito, no qual destacam-se o papel da OEA, das FA e das elites locais.

Resumo (inglês)

The aim of this paper is to present how hegemonic disputes occur in the 21st century, and the different tactics used to intervene in the Latin American region within the same strategy: to expand the hegemony of the United States of America (USA) in Latin America. We focus mainly on intervention tactics that promote destabilization and rupture of regimes, with the Bolivian residential elections in 2019 as an example to be studied. At that time, the Organization of American States (OAS) released a report indicating doubts about the fairness of the electoral process, and even with the commitment of the re-elected president, Evo Morales, to hold a new election process, the Armed Forces, after violent urban disturbances, suggested that the president should resign from the post. To this end, as method, we conducted a historical survey, a theoretical-conceptual review, documentary analysis, and compiled a newspaper library to present the presidential elections of Bolivia in 2019. To understand the role played by the OAS, we selected the preliminary report, released on the 23rd of October, 2019, and the final electoral integrity analysis report, released on the 4th of December of the same year. The paper presents the wide range of tactics available to the global centre in its dispute for hegemony, reviews the Bolivian presidential elections and Morales' trajectory until the 2019 election, and concludes with a description of the intervention tactics involved in preventing the re-elected president from taking office, in which the role of the OAS, the Armed Forces and local elites stand out.

Resumo (espanhol)

El objetivo en este trabajo es presentar cómo se manifiestan las disputas hegemónicas en el siglo XXI, y las distintas tácticas utilizadas para intervenir en la región latinoamericana dentro de una misma estrategia: ampliar la hegemonía de Estados Unidos de América (EE. UU.) en América Latina. Nos centraremos principalmente en las tácticas de intervención que promuevan la desestabilización y la ruptura de regímenes, con las elecciones presidenciales bolivianas de 2019 como ejemplo a estudiar. En la ocasión, la Organización de los Estados Americanos (OEA) publicó un informe indicando dudas sobre la imparcialidad del proceso electoral, e incluso con el compromiso del presidente reelecto, Evo Morales, de realizar nuevos comicios, las Fuerzas Armadas, después de violentos disturbios urbanos, sugirieron al mandatario que se retirara del cargo. Para ello, como método, realizamos un levantamiento histórico, una revisión teórico-conceptual, análisis documental y compilamos una hemeroteca para presentar las elecciones presidenciales de Bolivia en 2019. Para comprender el rol ejercido por la OEA, seleccionamos el informe preliminar, publicado el día 23 de octubre de 2019, y el informe final de análisis de integridad electoral, publicado el día 4 de diciembre del mismo año. El trabajo presenta la amplia gama de tácticas de que dispone el centro global en su disputa por la hegemonía, repasa las elecciones presidenciales bolivianas y la trayectoria de Morales hasta las elecciones de 2019, y concluye con una descripción de las tácticas de intervención presentes en el impedimento de la toma de posesión del presidente reelegido, en las que se destacan el papel de la OEA, de las Fuerzas Armadas y de las élites locales.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

BERDÚ, Guilherme Paul. Disputas hegemônicas, imperialismo e intervenções no século XXI: as eleições presidenciais na Bolívia em 2019 e a atuação da Organização dos Estados Americanos (OEA). Orientadora: Suzeley Kalil. Coorientadora: Ana Amélia Penido Oliveira. 2023. 92 f. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) – UNESP/UNICAMP/PUC-SP, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas, São Paulo, 2023.

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