Classificação da nasalidade de fala de indivíduos com fissura labiopalatina com escalas ordinais distintas

dc.contributor.advisorMarino, Viviane Cristina de Castro [UNESP]
dc.contributor.authorCarmo, Gisele Andressa Fonseca do
dc.contributor.institutionUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2023-08-02T13:04:23Z
dc.date.available2023-08-02T13:04:23Z
dc.date.issued2023-07-21
dc.description.abstractIntrodução: A avaliação perceptivo-auditiva é considerada “padrão-ouro” para classificação dos sintomas de fala, incluindo a hipernasalidade. No entanto, esta avaliação é subjetiva e pode ser influenciada por fatores internos e/ou externos ao avaliador. Dentre as estratégias propostas para diminuir a subjetividade desta avaliação e, consequentemente, aumentar a confiabilidade das análises, destaca-se a utilização de escalas padronizadas. Embora a escala de 4 pontos é amplamente recomendada para fins clínicos e de pesquisa, alguns estudiosos argumentam que o uso de escala reduzida pode favorecer análises de ouvintes não experientes. Objetivo: Investigar a classificação da hipernasalidade de fala por ouvintes não experientes, acadêmicos em Fonoaudiologia, usando escala de intervalos de 3 e 4 pontos e verificar se estes resultados variam de acordo com a ordem das classificações realizadas. Verificar, ainda, a concordância dos ouvintes em relação ao padrão-ouro e, também, a concordância intra-avaliador utilizando as duas escalas. Método: Vinte alunos classificaram a hipernasalidade de amostras orais de fala usando escala de 4 pontos (1= hipernasalidade ausente, 2= hipernasalidade leve, 3= hipernasalidade moderada, 4= hipernasalidade grave) e 3 pontos (1= hipernasalidade ausente, 2= pouco hipernasal, 3= muito hipernasal). Os alunos foram divididos, aleatoriamente, em dois grupos (G1 e G2). G1 realizou a classificação de 40 amostras de fala contendo diferentes graus de hipernasalidade utilizando a escala de 4 pontos e, após duas semanas, utilizando a escala de 3 pontos. G2 realizou as mesmas classificações, porém em ordem inversa. Os dados foram coletados de forma remota, através de um formulário Google e compilados em uma planilha Excel. A porcentagem de acertos das análises dos alunos, em relação à avaliação padrão-ouro, por grupo (G1 e G2) e escala (4 pontos e 3 pontos) foram obtidos. A comparação do percentual médio de acertos (por grupo) foi realizada pela Anova de medidas repetida mista para analisar o efeito do grupo (ordem de apresentação das escalas), fator (grau da escala) e interação (grupo versus fator) com comparações Pós-Hoc feitas pelo teste de Bonferroni. O coeficiente Kappa foi obtido para análise de concordância dos alunos, em relação ao padrão-ouro e, também, para concordância intra-avaliador. Além disso, a comparação do percentual de concordância foi realizada pela Anova de medidas repetida mista para analisar o efeito do grupo (ordem de apresentação), fator (escala) e interação (grupo versus fator) com comparações Pos-Hoc feitas pelo teste de Bonferroni. Resultados: A porcentagem média de respostas corretas dos alunos, em relação à avaliação padrão-ouro, foi significativamente maior para a escala de 3 pontos do que para a escala de 4 pontos. Não houve interação significativa entre grupo (ordem de apresentação) e fator (escala) para o percentual de acerto das classificações, sugerindo que a ordem das classificações realizadas utilizando as escalas não influenciou os resultados. A concordância dos alunos, em relação à avaliação padrão-ouro foi regular (Kappa=0, 375) para a escala de 4 pontos e moderada para a escala de 3 pontos (Kappa=0, 491), sugerindo maior confiabilidade nas análises realizadas com a escala de 3 pontos. A porcentagem média de concordância das análises intra-avaliador foi significativamente maior para a escala de 3 pontos do que para a para escala de 4 pontos. Não houve interação significativa entre grupo (ordem de apresentação) e fator (escala) para o percentual das classificações intra-avaliador, sugerindo novamente que a ordem das classificações realizadas utilizando as escalas não influenciou os resultados. Além disso, o índice de coeficiente Kappa (k) mostrou concordância intra-avaliador mais favorável para a escala de 3 pontos do que para 4 pontos. Conclusão: A escala reduzida favoreceu a classificação da hipernasalidade de fala pelos ouvintes sem experiências e, portanto, pode ser considerada uma importante estratégia para favorecer as avaliações iniciais de acadêmicos em Fonoaudiologia durante sua formação.pt
dc.description.abstractIntroduction: The auditory-perceptual assessment is considered the “gold standard” for classifying speech symptoms, including hypernasality. However, this assessment is subjective and may be influenced by factors internal and/or external to the evaluator. Among the strategies proposed to reduce the subjectivity of this assessment and, consequently, increase the reliability of the analyses, the use of standardized scales stands out. Although the 4-point scale is widely recommended for clinical and research purposes, some experts argue that using a reduced scale may favor analysis by nonexperienced listeners. Objective: To investigate the classification of speech hypernasality by non-experienced listeners, Speech Language Pathologist undergraduate students, using a 3- and 4-point interval scale and verify whether these results vary according to the order of classifications performed. The study also evaluated the agreement of listeners in relation to the gold standard and the intra-rater agreement using the two scales. Method: Twenty students rated the hypernasality of oral speech samples using a 4-point scale (1= absent hypernasality, 2= mild hypernasality, 3= moderate hypernasality, 4= severe hypernasality) and 3-point scale (1= absent hypernasality, 2= little hypernasality, 3 = high hypernasality). The students were randomly divided into two groups (G1 and G2). G1 classified 40 speech samples containing different degrees of hypernasality using the 4-point scale and, two weeks later, using the 3-point scale. G2 performed the same classifications, but in reverse order. Data was collected remotely, using a Google form, and compiled into an Excel spreadsheet. Comparison of the average percentage of correct answers (per group) was performed using the ANOVA of repeated wrong measures to analyze the effect of the group (order of presentation of the scales), factor (scale degree) and interaction (group versus factor) with post-test comparisons. Hoc made by the Bonferroni test. The Kappa coefficient was obtained for the analysis of student agreement, in relation to the gold standard, and for intra-rater agreement. In addition, the comparison of the percentage of agreement was performed by the ANOVA of repeated measures of errors to analyze the effect of the group (order of presentation), factor (scale) and interaction (group versus factor) with post-Hoc comparisons made by the Bonferroni test. Results: The mean percentage of students' correct answers, relative to the gold standard assessment, was significantly higher for a 3-point scale than for a 4-point scale. The percentage of correct answers in the students' analysis, in relation to the gold standard assessment, by group (G1 and G2) and scale (4 points and 3 points) were obtained. There was no significant interaction between group (order of presentation) and factor (scale) for the percentage of correct classifications, suggesting that the order of classifications performed using the scales did not influence the results. The students' agreement in relation to the gold standard evaluation was fair (Kappa=0.375) for the 4-point scale and moderate for the 3-point scale (Kappa=0.491), suggesting greater reliability in the analyzes performed with the 3-point scale. The mean percentage of agreement for intra-rater analyzes was significantly higher for the 3-point scale than for the 4-point scale. There was no significant interaction between group (order of presentation) and factor (scale) for the percentage of intra-rater classifications, again suggesting that the order of classifications performed using the scales did not influence the results. Furthermore, the Kappa coefficient index (k) showed more favorable intra-rater agreement for the 3-point scale than for the 4-point scale. Conclusion: The reduced scale favored the classification of speech hypernasality by listeners without experience and, therefore, can be considered an important strategy to favor the initial evaluations of the SLP during their training.en
dc.description.sponsorshipNão recebi financiamento
dc.identifier.capes33004110045P7
dc.identifier.citationCARMO, Gisele Andressa Fonseca do. Classificação da nasalidade de fala de indivíduos com fissura labiopalatina com escalas ordinais distintas. 2023. Dissertação (Mestrado em Fonoaudiologia) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Marília, 2023.
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11449/250090
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rights.accessRightsAcesso aberto
dc.subjectFissura palatinapt
dc.subjectFalapt
dc.subjectAvaliação perceptivo-auditivapt
dc.subjectHipernasalidadept
dc.subjectCleft lip and palateen
dc.subjectSpeechen
dc.subjectAuditory-perceptual evaluationen
dc.subjectHypernasalityen
dc.titleClassificação da nasalidade de fala de indivíduos com fissura labiopalatina com escalas ordinais distintaspt
dc.title.alternativeClassification of speech nasality of individuals with cleft palate with different ordinal scalesen
dc.typeDissertação de mestrado
dcterms.impactO desenvolvimento deste projeto possibilitou a investigação sobre o uso de escalas ordinais distintas para classificação da hipernasalidade de fala em indivíduos com fissura labiopalatina por ouvintes não experientes (acadêmicos em Fonoaudiologia). O impacto esperado pressupôs que os ouvintes não experientes na avaliação e classificação da hipernasalidade de fala se beneficiariam da utilização da escala ordinal reduzida (3 pontos) para realizar esta classificação, quando comparado ao uso da escala de 4 pontos. Os resultados apontaram um impacto positivo para a utilização da escala ordinal reduzida na classificação da hipernasalidade de fala, uma vez que as porcentagens de respostas corretas das avaliações dos ouvintes, em relação à avaliação padrão-ouro, foram superiores àqueles obtidos com a escala de 4 pontos. Além disso, o impacto positivo para a utilização da escala reduzida também foi constatado pelos resultados superiores de concordância nas avaliações intraavaliadores (próprio ouvinte) com o uso da escala de 3 pontos quando comparados com os obtidos pela escala de 4 pontos. Sendo assim, este estudo visa contribuir com as discussões científicas sobre avaliação da hipernasalidade de fala na fissura labiopalatina e, particularmente, sobre estratégias que podem contribuir para o aumento dos índices de confiabilidade na avaliação da hipernasalidade de fala de indivíduos com fissura labiopalatina quando realizada por ouvintes não experientes. Além disso, os resultados podem proporcionar reflexões sobre o benefício da implementação de escalas ordinais reduzidas para favorecer avaliações clínicas iniciais da hipernasalidade de fala por acadêmicos em Fonaudiologia durante sua formação. Também podem favorecer discussões futuras sobre o uso de escalas reduzidas em etapas iniciais de programas de treinamento para a classificação da hipernasalidade de fala por ouvintes não experientes.pt
dcterms.impactThe development of this project enabled the investigation into the use of different ordinal scales for classifying speech hypernasality in individuals with cleft lip and palate by non-experienced listeners (speech language pathologist undergraduate student). The expected impact assumed that listeners not experienced in the assessment and classification of speech hypernasality would benefit from using the reduced ordinal scale (3 points) to carry out this classification, in comparison to the use of the 4-point scale. The results showed a positive impact for the use of the reduced ordinal scale in the classification of speech hypernasality, since the percentages of correct answers in the listeners' evaluations, in relation to the gold standard evaluation, were higher than those obtained with the 4-point scale. Additionally, the positive impact of using the reduced scale was also verified by the higher results of agreement in the intra-rater evaluations (between the listeners themselves) with the use of the 3-point scale when compared with those obtained by the 4-point scale. Therefore, this study aims to contribute to the scientific discussions on the assessment of speech hypernasality in cleft lip and palate and, particularly, on strategies that may contribute to increasing the reliability indices in the assessment of speech hypernasality in individuals with cleft lip and palate when performed by non-experienced listeners. Moreover, the results may provide reflections on the benefit of implementing reduced ordinal scales to favor initial clinical assessments of speech hypernasality by academics in Speech Therapy during their training. They may also favor future discussions on the use of reduced scales in the initial stages of training programs for the classification of speech hypernasality by non-experienced listeners.en
unesp.campusUniversidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências, Maríliapt
unesp.embargoOnlinept
unesp.examinationboard.typeBanca públicapt
unesp.graduateProgramFonoaudiologia - FFCpt
unesp.knowledgeAreaDistúrbios da comunicação humanapt
unesp.researchAreaPrevenção, avaliação e terapia em fonoaudiologiapt

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