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Ecologia de um grupo de Micos-leões-pretos (Leontopithecus chrysopygus) em uma Floresta Submontana

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Data

2024-09-30

Orientador

Culot, Laurence Marianne Vincianne

Coorientador

Pós-graduação

Ecologia, Evolução e Biodiversidade - IB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Os primatas não humanos são amplamente reconhecidos por sua plasticidade comportamental e ecológica, o que permite investigar como se adaptam a diferentes ambientes. No entanto, essa mesma plasticidade não é suficiente para proteger muitas espécies da ameaça de extinção, como é o caso dos micos-leões-pretos (MLPs-Leontopithecus chrysopygus), um pequeno primata que habita as Florestas Semidecíduas do interior do Estado de São Paulo, Brasil. Para poder estudá-los, é necessário que os indivíduos estejam habituados, garantindo assim que a coleta de dados seja confiável. Neste estudo, avaliou-se a ecologia dos MLPs em um ambiente de Floresta Submontana, uma área com características distintas das Florestas Semidecíduas onde a espécie é usualmente encontrada. Primeiramente, registrou-se o processo de habituação de um grupo de MLPs, avaliando-se, ao longo dos meses, as mudanças nas distâncias entre indivíduos e observador, o tipo de resposta dos indivíduos à presença do observador, as variações nas distâncias diárias percorridas pelo grupo e os diferentes comportamentos realizados. Em seguida, foi avaliada a ecologia do grupo, registrando-se a área de uso, as distâncias diárias percorridas, o uso dos estratos e das altitudes, o comportamento, a dieta e as interações interespecíficas com outros primatas. Os resultados mostram que, no contexto da Floresta Submontana, os MLPs levaram cerca de 6 meses para atingir uma habituação completa, um período próximo ao descrito para outros membros da família Callitrichidae. A área de uso foi semelhante à registrada anteriormente para a espécie, assim como o uso das altitudes e dos estratos; no entanto, os percursos diários foram maiores. A dieta foi variável, com diferenças no consumo de frutos entre as estações seca e chuvosa. Frente à presença de indivíduos de outras espécies de primatas, os MLPs geralmente adotaram um comportamento de fuga. A partir desses resultados, discutem-se as variações nos parâmetros observados em comparação ao que é descrito na literatura para a espécie, assim como a importância de conhecer a ecologia da espécie em diferentes tipos de ambientes.

Resumo (inglês)

Non-human primates are widely recognised for their behavioural and ecological plasticity, which makes it compelling to investigate how they adapt to different environments. However, this plasticity is not enough to protect many species from the threat of extinction, as is the case with the black lion tamarin (BLTs-Leontopithecus chrysopygus), a small primate that inhabits the semi-deciduous forests of the interior of the state of São Paulo, Brazil. To study them, individuals need to be habituated to ensure that data collection is reliable. This study assessed the ecology of BLTs in a Submontane Forest environment, an area with distinct characteristics from the Semideciduous Forests where the species is usually found. Firstly, the habituation process of a group of BLTs was recorded, assessing changes in the distances between individuals and the observer over the course of months, the type of response of individuals to the presence of the observer, variations in the daily distances travelled by the group and the different behaviours performed. The group's ecology was then assessed, recording the area of use, the daily distances travelled, the use of strata and altitudes, behaviour, diet and interspecific interactions with other primates. The results show that, in the context of the Submontane Forest, about 6 months were necessary to fully habituate the BLT group, a duration close to that described for other members of the Callitrichidae family. The area of use was comparable to what had previously been recorded for the species, as was the use of altitudes and strata; however, the daily path lengths were longer. The diet varied seasonally, with notable differences in fruit consumption between both dry and rainy seasons. During encounters with individuals from other primate species, BLTs generally adopted flight behaviour. Based on these results, we discuss the variations in the parameters observed compared to what is described in the literature for the species, as well as the importance of understanding the ecology of the species in different types of environments.

Descrição

Idioma

Português

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