O caranguejo-chama-maré predador Minuca rapax escolhe um dos sexos da presa de Leptuca leptodactyla?

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Data

2023-03-03

Orientador

Costa, Tânia Marcia
De Grande, Fernando Rafael

Coorientador

Pós-graduação

Ciências Biológicas (Zoologia) - IBB 33004064012P8

Curso de graduação

Título da Revista

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

O dimorfismo sexual é descrito como uma das principais variáveis que determina a escolha de um predador por suas presas. Os caranguejos-chama-marés são conhecidos por apresentarem acentuado dimorfismo sexual, onde os machos apresentam um dos quelípodos hipertrofiado usado como defesa e exibições reprodutivas, e outro quelípodo pequeno usado na alimentação, enquanto as fêmeas apresentam os dois quelípodos pequenos e simétricos. Devido a essa diferença morfológica, um dos sexos dos caranguejos chama-maré pode ser a presa preferida de um predador. As fêmeas por serem mais vulneráveis, devido à ausência do quelípodo hipertrofiado, podem ser as presas preferidas de muitos predadores. Entre os predadores dos chama-maré encontramos outros caranguejos-chama-marés, como Minuca rapax. Nós hipotetizamos que M. rapax escolhe predar as fêmeas de Leptuca leptodactyla. Foi avaliado se o predador (Minuca rapax) escolhe o sexo da presa (L. leptodactyla). Para avaliar a escolha do predador foi desenvolvido um experimento com quatro tratamentos compostos por dois grupos com três presas cada. Dois tratamentos de múltipla escolha: T1: 3 fêmeas e 3 machos; T2: 3 machos e 3 fêmeas. Dois tratamentos sem escolha: T3: 3 machos e 3 machos; e T4: 3 fêmeas e 3 fêmeas. Por fim, foi quantificado as presas consumidas e calculamos a proporção de escolha para cada tratamento. Para corroborar nossa hipótese a proporção de fêmeas consumidas em T1 deveria ser maior que a proporção de machos consumidos em T2, e maior também do que em T3 e T4 onde não se espera observar diferenças na proporção de escolha (≈ 0,5). Minuca rapax não apresentou um padrão de escolha por um sexo da presa, predando indivíduos de ambos os sexos na mesma proporção de ≈ 0,5 (média =0,4806), com isso, não houve diferença entre os tratamentos de múltipla escolha e sem escolha. Assim, as características morfológicas entre os sexos de L. leptodactyla não foi determinante para a escolha de M. rapax. Provavelmente, outras varáveis permitiram ao M. rapax predar machos e fêmeas na mesma proporção, tais como modo de ingestão, os órgãos consumidos e a resistência da carapaça das presas.

Resumo (inglês)

Sexual dimorphism is described as one of the main variables that determines the choice of a predator for its prey. Fiddler crabs are known to have marked sexual dimorphism, where males have one of the hypertrophied chelipeds used for defense and reproductive displays, and another small cheliped used for feeding, while females have two small, symmetrical chelipeds. Due to this morphological difference, one of the sexes of fiddler crabs may be a predator's preferred prey. Females, being more vulnerable due to the absence of a hypertrophied cheliped, may be the preferred prey of many predators. Among the predators of the fiddler crabs we find other fiddler crabs, such as Minuca rapax. We hypothesize that M. rapax chooses to prey on female Leptuca leptodactyla. It was evaluated whether the predator (Minuca rapax) chooses the sex of the prey (L. leptodactyla). To evaluate the choice of predator, an experiment was developed with four treatments composed of two groups with three prey each. Two multiple-choice treatments: T1: 3 females and 3 males; T2: 3 males and 3 females. Two treatments without choice: T3: 3 males and 3 males; and T4: 3 females and 3 females. Finally, the consumed prey was quantified and we calculated the proportion of choice for each treatment. To corroborate our hypothesis, the proportion of females consumed in T1 should be greater than the proportion of males consumed in T2, and also greater than in T3 and T4, where differences in the proportion of choice (≈ 0.5) are not expected to be observed. Minuca rapax did not show a pattern of choice by prey sex, preying on individuals of both sexes in the same proportion of ≈ 0.5 (mean = 0.4806), therefore, there was no difference between multiple-choice and no-choice treatments. choice. Thus, the morphological characteristics between the sexes of L. leptodactyla was not determinant for the choice of M. rapax. Probably, other variables allowed M. rapax to prey on males and females in the same proportion, such as the mode of ingestion, the organs consumed and the resistance of the prey's carapace.

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Idioma

Português

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