Obtenção e caracterização de superfície de implante nanoestruturada: efeitos sobre a osseointegração em ratos diabéticos

Abstract

A utilização de biomateriais associados a implantes com superfície bioativa em situações de ancoragem primária comprometida pode favorecer a osseointegração em quadros diabéticos. Estudos com nanotubos de óxido de titânio (TiO2 ) sugerem potencialização da diferenciação celular, melhorando a integração do tecido ósseo em superfícies de implantes dentários, particularmente quando estes são associados a substitutos ósseos. O propósito deste trabalho foi avaliar histomorfometricamente em ratos diabéticos o reparo ósseo ao redor de implantes com superfície nanoestruturada (recobrimento com nanotubos) e associados a adesivo fibrínico/ácido tranexâmico. Foram confeccionados 64 implantes de titânio comercialmente puro divididos em dois grupos (n=32): A(Saudáveis) e B(Diabéticos) e subdivididos em (n=8) GI(Usinado), GII(Usinado/Adesivo Fibrínico/Ácido Tranexâmico), GIII(Nanotubos) e GIV(Nanotubos/Adesivo Fibrínico/Ácido Tranexâmico). Para a formação de nanotubos na superfície do titânio foi utilizada anodização eletroquímica. Os implantes, após esterilização com radiação gama (25 kGy) foram implantados em tíbias de 32 ratos machos saudáveis (Grupo A) e 32 diabéticos (Grupo B). Após incisão, divulsão, acesso ósseo e perfuração com sobrefresagem, os leitos foram preenchidos com o material destinado a cada grupo, os implantes instalados e a sutura realizada. Os animais foram eutanasiados aos 60 dias pós-operatórios, as peças processadas em MMA e coradas em Stevenel's blue/Alizarin Red para análise histomorfométrica. Foram analisados o percentual de contato osso/implante (BIC) e a fração óssea entre as roscas (BAFO). Observou-se maiores valores de BIC e BAFO para GIV se comparado a GI e para AGI comparado a BGI e AGIV comparado a BGIV. (p <0,05). Não houve diferença estatística entre todos os outros grupos...