Os fundamentos da autonomia: um estudo sobre as negociações da dívida externa nos governos de Raúl Alfonsín (1983 - 1989) e Néstor Kirchner (2003-2007)

Abstract

A tese investiga a problemática da autonomia do Estado argentino frente ao problema da dívida externa nos governos de Raúl Alfonsín (1983-1989) e Néstor Kirchner (2003-2007). O objetivo principal é identificar as condições objetivas que delimitaram as margens de autonomia dispostas pelo Estado argentino durante as negociações da dívida externa, enfatizando as interações com atores internacionais, particularmente os Estados Unidos da América e o Fundo Monetário Internacional. O argumento defendido é que estas margens foram demarcadas pelo concurso de três fatores – a concentração e natureza dos credores, a correlação doméstica de forças e o espaço fiscal – cuja combinação granjeou aos governantes diferentes margens para resistir às pressões políticas em favor dos interesses dos credores e minorar as externalidades negativas produzidas pelo default. A pesquisa é de caráter histórico e qualitativo, alicerçada na combinação de análise documental e estatística.

This dissertation addresses the autonomy of the Argentine State in the external debt negotiations during the presidencies of Raúl Alfonsín (1983-1989) and Néstor Kirchner (2003-2007). The aim is to identify the concrete conditions that shaped the margins of the autonomy set by the Argentinean State during the negotiations of the external debt, emphasizing the interactions with international actors, particularly the United States of America and the International Monetary Fund. The argument is that these margins were bounded by the concurrence of three factors – the concentration and nature of creditors, the domestic correlation of forces, and the fiscal space – whose combination endowed different margins for the State managers to resist political pressures in favor of creditors' interests, while softening the negative externalities produced by default. The research is historical and qualitative, based on a combination of documentary and statistical analysis.

La tesis investiga el problema de la autonomía del Estado argentino ante el problema de la deuda externa en los gobiernos de Raúl Alfonsín (1983-1989) y Néstor Kirchner (2003-2007). El objetivo principal es identificar las condiciones objetivas que delimitaron los márgenes de autonomía establecidos por el Estado argentino durante las negociaciones de la deuda externa, enfatizando las interacciones con los actores internacionales, sobre todo los Estados Unidos de América y el Fondo Monetario Internacional. El argumento sostenido es que estos márgenes fueron demarcados por la concurrencia de tres factores – la concentración y naturaleza de los acreedores, la correlación de fuerzas domésticas y el espacio fiscal – cuya combinación les dio a los dirigentes estatales diferentes márgenes para resistir las presiones políticas a favor de los intereses de los acreedores y aliviar las externalidades negativas producidas por defecto. La investigación es histórica y cualitativa, basada en una combinación de análisis documental y estadístico.