Arte da performance na escola: fricções e possibilidades

Abstract

Este trabalho dá continuidade à pesquisa de Iniciação Científica anterior, que observa a participação de professores em aulas de performance, inseridas em duas escolas da cidade de São Paulo, uma no cenário de uma Escola de Iniciação Artística (EMIA) e outro em uma Escola Estadual, comentando os benefícios e os desafios da presença da linguagem da performance no sistema de educação pública da capital paulista. Amplificando a investigação, a escrita busca identificar e descrever desafios e benefícios relacionados à utilização da performance na sala de aula, acompanhando a atuação pedagógica de dois professores, e relacionando com uma entrevista cedida por Bruno Canabarro. A análise das três experiências distintas - em contextos educacionais diferentes - pretende demonstrar como esse tipo de conteúdo e proposta de ensino-aprendizagem depende da singularidade das experiências pedagógicas, na relação estabelecida entre educandos e educandas e educadores, radicalizando a natureza criativa dessa interação nos processos formativos em artes.

This work continues a previous Scientific Initiation research project, which observed the participation of teachers in performance art classes introduced in two schools in São Paulo: one within the context of an Artistic Initiation School (EMIA) and the other in a public state school. The study discusses the benefits and challenges of incorporating performance art into the public education system of São Paulo's capital. Expanding on the investigation, this writing seeks to identify and describe the challenges and benefits related to the use of performance art in the classroom, following the pedagogical practices of two teachers and incorporating insights from an interview with Bruno Canabarro. The analysis of these three distinct experiences, across different educational contexts, aims to demonstrate how this type of content and teaching-learning proposal depends on the uniqueness of pedagogical experiences, focusing on the relationships established between students and educators. This highlights and radicalizes the creative nature of these interactions within arts education processes.