Qual a melhor técnica para diagnóstico histopatológico de disganglionoses intestinais: evidências de estudo experimental controlado em animais.
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Data
2024-10-04
Autores
Orientador
Lourenção, Pedro Luiz Toledo de Arruda
Coorientador
Brambilla, Giovana Tuccille Comes
Pós-graduação
Cirurgia e Medicina Translacional (Bases Gerais da Cirurgia) - FMB
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
Resumo
Introdução: já está bem estabelecido que o uso de biópsia retal para o diagnóstico das disganglionoses intestinais em crianças, é o padrão ouro para definir o diagnóstico de doença de Hirshsprung. Contudo, até o momento, não há um consenso sobre qual a melhor técnica de obtenção dessas amostras. Vários métodos diferentes continuam sendo utilizados em todo o mundo com resultados heterogêneos. A escolha destes métodos parece depender muito mais da preferência e da experiência de cada serviço do que de evidências científicas. Em recente revisão sistemática, não foram encontrados ensaios clínicos randomizados que realizassem a comparação entre os resultados obtidos através das diferentes técnicas de biopsias retais e que permitissem uma análise com evidências robustas. Objetivo: identificar qual é a melhor técnica de biópsia de reto para análise histopatológica dos plexos nervosos da submucosa, com maior taxa de biopsias adequadas, menor reação tecidual e complicações; e que apresente menor inflamação e/ou fibrose quando avaliadas após 14 dias dos procedimentos. Metodologia: modelo experimental em 28 coelhos, fêmeas, envolvendo a realização de quatro tipos diferentes de procedimentos para realização de biópsia retal. Os animais foram, primeiramente, randomizados por sorteio, divididos em 4 grupos experimentais (Grupo Cirúrgica – biópsia cirúrgica aberta, Grupo Punch – biópsia por “punch”, Grupo Endoscopia - biópsia endoscópica e Grupo Sucção – biópsia de sucção) e 1 grupo controle simulado (Grupo Sham). As amostras da parede do reto foram colhidas e processadas pelo método da Hematoxilina & Eosina para avaliação da presença e característica dos plexos nervosos da submucosa. Após os procedimentos experimentais e simulados, os animais foram monitorados por 14 dias, investigando-se eventuais complicações. No 14º dia após os procedimentos, os animais foram eutanasiados e, posteriormente, submetidos à ressecção cirúrgica em bloco do reto. Estas peças cirúrgicas de reto foram processadas e submetidas à avaliação histopatológica para investigação da presença de reação inflamatória, tecido de granulação e colagenogênese. Resultados: o tempo cirúrgico das biópsias do Grupo Endoscopia foi o mais longo, seguido do Grupo Cirúrgica. Para a obtenção do material, o Grupo Punch foi o que apresentou pior resultado (com relação a quantidade de material e número de células ganglionares), além de mais inflamação e fibrose subsequentes. O Grupo cirúrgica obteve material adequado, porém com mais inflamação e fibrose. O Grupo Sucção se mostrou factível, sendo rápido, simples, com menos inflamação e fibrose, fornecendo material adequado.
Resumo (português)
Introduction: the use of rectal biopsy for diagnosing intestinal disganglionosis in children is well-established and is our standard practice for diagnosing Hirschsprung's disease. However, there remains no consensus on the optimal technique for obtaining these samples. Various methods are used globally with heterogeneous results. The choice of these methods appears to be more influenced by the preferences and experience of individual institutions than by scientific evidence. A recent systematic review did not identify any clinical trials that compared outcomes across different rectal biopsy techniques, thereby preventing a robust evidence-based analysis. Objective: identify the most suitable rectal biopsy technique for histopathological analysis of the submucosal nerve plexuses, considering the highest rate of adequate biopsies, the lowest tissue reaction and complications, as well as reduced levels of inflammation and/or fibrosis when assessed 14 days after the procedures. Methodology: the experimental model involved 28 rabbits, females, subjected to four distinct rectal biopsy procedures. The animals were randomly assigned to four experimental groups (Surgical Biopsy Group – open surgical biopsy, Punch Group – punch biopsy, Endoscopy Group – endoscopic biopsy, and Suction Group – suction biopsy) and one simulated control group (Sham Group). Rectal wall samples were collected and processed using Hematoxylin & Eosin staining to assess the presence and characteristics of the submucosal nerve plexuses. Following the experimental and simulated procedures, the animals were monitored for 14 days to identify potential complications. On the 14th day post-procedure, the animals were euthanized and underwent surgical resection of the rectal segment. These surgical specimens were processed and subjected to histopathological evaluation to investigate the presence of inflammation, granulation tissue, and collagenogenesis. Results: the duration of surgical time for biopsies in the Endoscopy Group was the longest, followed by the Surgical Group. In terms of material acquisition, the Punch Group yielded the poorest results (in terms of both material quantity and number of ganglion cells), accompanied by higher levels of inflammation and fibrosis. The Surgical Group provided adequate material but with greater inflammation and fibrosis. The Suction Group demonstrated feasibility, being quick and simple, with reduced inflammation and fibrosis, and yielded adequate material.
Descrição
Idioma
Português