Avaliação proteômica do conteúdo vaginal em resposta ao tratamento da vaginose bacteriana
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Data
2015-02-12
Autores
Orientador
Marconi, Camila
Silva, Márcia Guimarães da
Coorientador
Pós-graduação
Patologia - FMB
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (inglês)
Bacterial vaginosis is the most common type of abnormal vaginal flora and defined by the depletion of vaginal lactobacilli. This condition increases the risk of premature labor and acquisition of several sexually transmitted infections. Short-term efficacy of bacterial vaginosis metronidazole treatment is low. Thus, we aimed to characterize the cervicovaginal fluid proteome of women with bacterial vaginosis and to compare the proteomic profile between women who were successfully treated with those who failed to reestablish lactobacillar flora after the 7-days course of metronidazole. Presence of bacterial vaginosis was defined according to Nugent criteria on Gram-stained vaginal smears. Proteomic profile of cervicovaginal fluids were determined using shotgun LC MS/MS. Comparative analysis of the proteome of 38 women with bacterial vaginosis and 39 with normal vaginal flora identified and determined the relative abundance of 116 proteins. Among them, cathepsin G and Ig heavy chain V-III region BRO were exclusive of bacterial vaginosis while leukocyte elastase inhibitor, involucrin and neuroblast differentiation-associated protein AHNAK of normal flora. Moreover, 20 (17.2%) proteins were differentially expressed in bacterial vaginosis, of which 9 are involved in immune response. However, the cervicovaginal proteome of 24 women with bacterial vaginosis who were successfully treated and 11 who persisted with this condition did not differ between each other. Therefore, we showed that bacterial vaginosis significantly changes the local proteome, but cervicovaginal host's proteins do not influence the response to metronidazole treatment
Resumo (português)
A vaginose bacteriana é o tipo mais comum de flora vaginal anormal e pode ser definida pela diminuição, ou mesmo depleção, dos lactobacilos vaginais. Tal condição está associada ao aumento do risco de parto prematuro e aquisição de diversas infecções sexualmente transmissíveis. A eficácia a curto prazo do tratamento da vaginose bacteriana com metronidazol é baixa. Portanto, o objetivo desse trabalho foi caracterizar o proteoma do fluido cérvico-vaginal de mulheres com vaginose bacteriana e comparar o perfil proteômico entre as mulheres que foram tratadas com sucesso em relação àquelas que falharam em restabelecer a microbiota lactobacilar após 7 dias de metronidazol. A presença da vaginose bacteriana foi definida de acordo com os critérios de Nugent após coloração de Gram dos esfregaços vaginais. Os perfis proteômicos do fluido cérvico-vaginal foram determinados utilizando a metodologia de shotgun LC MS/MS. As análises comparativas do proteoma das 38 mulheres com vaginose bacteriana e 39 com microbiota vaginal normal identificaram e determinaram a abundância relativa de 116 proteínas. Entre elas, catepsina G e a região BRO da cadeia pesada V-III de imunoglobulina foram exclusivas de vaginose bacteriana e o inibidor de elastase de leucócitos, involucrina e a proteína associada a diferenciação de neuroblastos AHNAK exclusivas de microbiota vaginal normal. Além disso, 20 (17.2%) proteínas foram diferencialmente expressas na vaginose bacteriana, das quais 9 são envolvidas na resposta imune. Entretanto, a comparação do proteoma do fluido cérvico-vaginal das 24 mulheres com vaginose bacteriana que foram tratadas com sucesso e 11 que persistiram com esta condição após o tratamento com metronidazol não apresentou diferença. Portanto, pudemos demonstrar que a vaginose bacteriana altera significantemente o proteoma local, mas o perfil proteômico cérvico-vaginal do hospedeiro não influencia a resposta ao...
Descrição
Idioma
Português
Como citar
FERREIRA, Carolina Sanitá Tafner. Avaliação proteômica do conteúdo vaginal em resposta ao tratamento da vaginose bacteriana. 2015. 59 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2015.