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Elaboração de um novo protocolo de estratificação de risco cardíaco para predição de sinais e sintomas durante o exercício

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Data

2024-10-29

Orientador

Vanderlei, Luiz Carlos Marques

Coorientador

Pós-graduação

Ciências do Movimento - FC/FCT/IB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

INTRODUÇÃO: A reabilitação cardiovascular é essencial para a prevenção primária e secundária das doenças cardiovasculares e a sua efetividade depende da prescrição segura e eficaz do exercício. Nesse processo a estratificação de risco é essencial, porém os protocolos disponíveis atualmente apresentam limitações que dificultam essa etapa, o que pode comprometer a efetividade dos programas. OBJETIVOS: Estruturar um novo protocolo de estratificação do risco com base em variáveis clínicas e físicas para prever a ocorrência de sinais e/ou sintomas durante o exercício. METODOLOGIA: Estudo longitudinal observacional prospectivo que analisou os dados de 79 voluntários incluídos em um programa de reabilitação cardiovascular. A primeira etapa do estudo consistiu na avaliação física e clínica dos participantes, que incluiu a coleta de idade, diagnóstico, fatores de risco, antropometria, composição corporal, capacidade funcional, força muscular, função pulmonar, força da musculatura respiratória e modulação autonômica cardíaca. A segunda etapa consistiu no acompanhamento dos participantes por 24 sessões de exercício para registro da ocorrência de angina, fadiga, dor muscular, tontura e picos de pressão arterial sistólica. Para elaboração do protocolo de estratificação de risco foi utilizada a regressão logística binária seguida pela análise da curva ROC para validação interna dos achados. Com base nos previsores significantes um escore composto foi elaborado. RESULTADOS: Foram registrados 217 sinais e sintomas, com uma média de 2.5±3.0 ocorrências por sessão. As variáveis clínicas não apresentaram poder preditivo significante. Os previsores físicos significativos foram: distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (OR: 4.3; AUC: 0.67), índice de adiposidade corporal (OR: 5.4; AUC: 0.70), percentual de gordura corporal (OR: 8.9; AUC: 0.74), pressão expiratória máxima (OR: 6.7; AUC: 0.71), capacidade vital forçada (OR: 6.0; AUC: 0.70) e volume expiratório no 1º segundo (OR: 4.2; AUC: 0.67). Estes previsores foram agrupados em um score que varia de 0 a 100, sendo que valores maiores representam maior risco. Para classificação dos indivíduos em “alto” ou “baixo” risco foi identificado o valor de “60.0” pontos no score. CONCLUSÃO: Variáveis relacionadas a composição corporal, capacidade funcional e função pulmonar são capazes de prever a ocorrência de sinais e/ou sintomas durante uma sessão de reabilitação cardiovascular e puderam ser agrupadas para elaboração de um novo protocolo de estratificação de risco cardíaco.

Resumo (inglês)

BACKGROUND: Cardiac rehabilitation is essential for the primary and secondary prevention of cardiovascular diseases, and its effectiveness depends on the precise prescription of exercise. In this process, risk stratification is essential, however the protocols currently available have limitations that hinder this step, which can compromise the effectiveness of cardiac rehabilitation. OBJECTIVES: To develop a new risk stratification protocol based on clinical and physical parameters to predict the occurrence of signs and/or symptoms during exercise. METHODOLOGY: Prospective observational longitudinal study that analyzed data from 79 volunteers enrolled in a cardiac rehabilitation program. The first phase of the study consisted of the physical and clinical evaluation of the participants, which included age, diagnosis, risk factors, anthropometry, body composition, functional capacity, muscle strength, lung function, respiratory muscle strength, and cardiac autonomic modulation. The second phase consisted of monitoring the participants for 24 exercise sessions to record the occurrence of angina, fatigue, muscle pain, dizziness, and peaks in systolic blood pressure. To develop the risk stratification protocol, binary logistic regression was used, followed by ROC curve analysis for internal validation of the findings. A composite score was developed based on significant predictors. RESULTS: A total of 217 signs/symptoms were recorded, with an average of 2.5±3.0 occurrences per session. The clinical variables did not show significant predictive power. The significant physical predictors were: distance covered in the 6-minute walk test (OR: 4.3; AUC: 0.67), body adiposity index (OR: 5.4; AUC: 0.70), body fat percentage (OR: 8.9; AUC: 0.74), maximal expiratory pressure (OR: 6.7; AUC: 0.71), forced vital capacity (OR: 6.0; AUC: 0.70) and expiratory volume in 1 second (OR: 4.2; AUC: 0.67). These predictors were grouped into a score ranging from 0 to 100, with higher values representing greater risk. To classify individuals as “high” or “low” risk, the score value of “60.0” points was identified. CONCLUSION: Variables related to body composition, functional capacity and lung function can predict the occurrence of signs and/or symptoms during a cardiac rehabilitation session and could be grouped to develop a new cardiac risk stratification protocol.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

LAURINO, Maria Júlia Lopez. Elaboração de um novo protocolo de estratificação de risco cardíaco para predição de sinais e sintomas durante o exercício. Orientador: Luiz Carlos Marques Vanderlei. 2024. 97 f. Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2024.

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