A formação política como necessidade da classe trabalhadora: a experiência do MST
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Data
2017-05-19
Autores
Orientador
Villas Bôas, Rafael Liftin
Coorientador
Pós-graduação
Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe - IPPRI
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
O trabalho foi construído com o objetivo de ser um instrumento de investigação e diálogo sobre a trajetória da formação política do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ao fazer-se Movimento, a organização dos camponeses fez-se território em suas multiplicidades, abarcando aprendizados históricos da classe trabalhadora. O trabalho analisa o legado histórico das organizações que antecedem o MST que, em grande medida, vão dar forma e conteúdo a perspectiva do território que queremos estudar. Assim, no segundo capítulo foram tratados as questões da formação política como uma necessidade histórica da classe trabalhadora, passando pelas experiências do Partido Comunista Brasileiro (PCB), das Ligas Camponesas, do Partido dos Trabalhadores (PT), da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Muitos aspectos formativos e ideológicos presentes nessas organizações foram assimiladas pelo próprio MST. No terceiro capítulo está exposto o resultado da pesquisa sobre a gênese da formação política no MST. Essa pesquisa considerou três aspectos como fios condutores para o diálogo: o contexto histórico, a estratégia política da organização naquele período e o método de formação. O método, como veremos, sempre esteve articulado à própria estratégia do Movimento que constituiu uma cultura auto formativa de luta social e resistência, combustível do próprio “que fazer pedagógico”. Por isso, o foco central de nossa pesquisa foi analisar como o MST foi construindo o seu processo formativo a partir dos diferentes contextos históricos que a luta pela reforma agrária ia impondo. No quarto capítulo foi retomado o tema da formação política e seu vínculo com a luta da classe trabalhadora para analisar algumas lições históricas e o próprio legado do Movimento. No quinto capitulo é apresentado o tema da reforma agrária popular. Como um dos objetivos centrais do MST se apresenta no atual contexto em que mudaram substancialmente as condições históricas para sua realização. A nova formulação da estratégia da reforma agrária, por certo, apresentará desafios novos também para o campo da formulação política. Nas considerações finais estão apontados alguns desafios que, a nosso ver, dizem respeito à formação política não só ao movimento camponês, mas ao conjunto das organizações da classe trabalhadora. Por fim, ao fazermos esse percorrido histórico buscou-se responder a questão de se os instrumentos, os métodos e as estratégias da formação ainda correspondem aos desafios atuais da luta da classe trabalhadora e, em particular, do MST, que se reinventa para manter viva a luta pela reforma agrária, por direitos e justiça social no Brasil.
Resumo (inglês)
The work was built with the objective of being an instrument of investigation and dialogue on the trajectory of the political formation of the Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). By becoming a Movement, the peasants' organization became a territory in its multiplicities, encompassing historical apprenticeships of the working class. The work analyzes the historical legacy of the organizations that precede the MST, which will, to a large extent, give form and content the perspective of the territory that we want to study. Thus, in the second chapter, we dealt with the political formation as a historical necessity of the working class, passing through the experiences of Partido Comunista Brasileiro (PCB), das Ligas Camponesas, do Partido dos Trabalhadores (PT), da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Many formative and ideological aspects present in these organizations were assimilated by the MST itself. In the third chapter, we explained the results of the research on the genesis of political formation in the MST. This research considered three aspects as guiding threads for the dialogue: the historical context, the method and the strategy of the formation. The method, as we shall see, has always been articulated to the very strategy of the Movement, which constituted a self-formative culture of social struggle and resistance, a fuel of the "pedagogical making itself". Therefore, the central focus of our research was to analyze how the MST was building its formative process from the different historical contexts that the struggle for agrarian reform was imposing. In the fourth chapter, we return to the theme of political formation and its link with the struggle of the working class to analyze some history lessons and the legacy of the Movement itself. In the fifth chapter, we dealt with the theme of popular agrarian reform. As one of the central objectives of the MST is presented in the current context in which they have substantially changed the historical conditions for its accomplishment. The new formulation of the agrarian reform strategy will certainly present new challenges also in the field of policy formulation. In the final considerations, we point out some challenges that in our view concern the political formation not only to the peasant movement but to all the organizations of the working class. Finally, as we have done this historical journey, we have tried to answer the question of whether the instruments, methods, and strategies of formation still correspond to the current challenges of the struggle of the working class and, in particular, of the MST, which reinvents itself to keep the struggle alive For agrarian reform, for rights and social justice in Brazil.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português