Representações do poder em Walden e outros ensaios de Henry Thoreau

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Data

2022-10-26

Orientador

Ramos, Nelson Luís

Coorientador

Pós-graduação

Letras - IBILCE

Curso de graduação

Título da Revista

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Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Trata-se de um estudo sobre símbolos, imagens e conceitos relacionados às dimensões dos poderes temporal e espiritual em Walden e A Desobediência Civil, do escritor e ensaísta americano Henry David Thoreau (1817-62). As motivações para a pesquisa devem-se a dois filósofos políticos: Benedict Anderson (1936 – 2015) e Eric Voegelin (1901 – 85), ambos tratam das questões relacionadas à representação do poder por meio de símbolos, assim como por meio da linguagem teórica, que gira em torno dos termos “poder temporal e poder espiritual”. Compõem ainda o pano de fundo teórico as obras de Guénon (s/d; 1995; 2001) e Eliade (1979). Não se trata de comparar as obras de Anderson e Voegelin com a de Thoreau, mas de – inspirando-se nos dois primeiros – buscar-se intersecções entre linguagem teórica e símbolo ou imagem nas obras do terceiro. Trata-se, portanto, de análise e interpretação das representações desses elementos que aparecem tanto simbólico-imagética quanto conceitualmente nas obras de Thoreau. A hipótese trabalhada neste estudo é a de que os dois poderes ou dimensões formam oposições nas obras de Thoreau, que aparecem ou sob a forma de símbolos ou imagens (centro, verticalidade/horizontalidade, caminhada, natureza edênica, sociedade corrupta, decaída), no caso de Walden; ou sob a forma de uma linguagem mais próxima da filosofia política. Esse é o caso d’A desobediência civil. Tais símbolos, sugere-se, dialogam com os conceitos de poder temporal e poder espiritual. Os estudos de Schneider (1995), Buell (1995), Marx (2000), Lane (1960), Cavell (1991), et al., compõem a fortuna crítica com a qual dialogar-se-á sobre a questão simbólico-imagética das obras de Thoreau. Enquanto as obras de Schneider (1995), Bennett (2009) e Turner (2009) serão de auxílio para o diálogo com as leituras de fundo teórico-político do autor.

Resumo (inglês)

This dissertation aims at analyzing and at interpreting American essayist and author Henry Thoreau’s Walden (1854), Civil Disobedience (1849), Walking (1862), and Life without Principle (1863). The analysis is centered on two concepts of Political Philosophy: the “Temporal and Spiritual powers”, which also includes symbols and images that share correspondence with those theoretical notions. Therefore, our hypothesis can be stated in the following terms: in Thoreau’s selected works it is possible to conceive one main opposition, that is, State, government, society vs. nature and individual, which is expressed in symbolical, imagetic terms – vertical and horizontal lines; the centre; the axis mundi – and also in rhetorical terms: society and government as the corrupted dimension; nature as Eden. The opposition allows us to develop those elements in the conceptual notions alluded above: the spiritual power (nature as Eden) vs. the temporal power (corrupted government, society). Critics as Lane (1960), Cavell (1992), Buell (1995), Schneider (1995), Turner (2009), amongst others, are part of this study. As well as the theoretical works of Voegelin (2002), Guénon (1995; 2001), Eliade (1979), Tocqueville (1988), and Anderson (2006).

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Idioma

Português

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