Biogeografia histórica de aranhas Mygalomorphae de Mata Atlântica e fitofisionomias adjacentes

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2021-06-15

Orientador

Guadanucci, José Paulo Leite
Silva, Márcio Bernardino da

Coorientador

Pós-graduação

Ciências Biológicas (Zoologia) - IBRC

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A infraordem das aranhas Mygalomorphae possui ampla distribuição no Brasil, e são consideradas promissoras para estudos de biogeografia histórica, apresentando distribuições endêmicas e alta diversidade nas fitofisionomias brasileiras. O presente estudo, inédito devido a grande quantidade de dados compilados e aplicação das metodologias envolvidas, investigou os aspectos da biogeografia histórica da Mata Atlântica, estudando as espécies de Mygalomorphae que ali ocorrem, bem como em fitofisionomias adjacentes, encontrando padrões similares a outros organismos. O estudo foi baseado na compilação de dados de distribuição geográfica das espécies das migalomorfas que pertencem as seguintes famílias: Actinopodidae Simon, 1889; Barychelidae Simon, 1889; Cyrtaucheniidae Simon, 1889; Dipluridae Simon, 1889; Idiopodidae Simon, 1889; Microstigmatidae Roewer, 1942; Nemesiidae Simon, 1889 e Theraphosidae Thorell, 1869. Foram utilizadas apenas as espécies que já passaram por revisão taxonômica recente. A tese está dividida em 2 capítulos, comos seguintes objetivos: 1- propor a delimitação das áreas de endemismo para Mata Atlântica e fitofisionomias adjacentes, utilizando os dados de ocorrência das espécies; 2 – encontrar padrão geral de relação histórica entre as áreas de endemismo, usando hipóteses filogenéticas de duas famílias dessas aranhas (Nemesiidae/ Theraphosidae). Para encontrar as áreas de endemismo foi implementado um Protocolo de Delimitação de Áreas de Endemismo, onde foram utilizados os métodos númericos PAE, NDM e Elementos Bióticos, baseados em quadrículas de grade no mapa, e Interpolação de Kernel (GIE), que não utiliza quadrículas de grade no mapa. No total, 12 áreas de endemismo foram reconhecidas e delimitadas, sendo seis na Mata Atlântica, duas em área de transição Mata Atlântica- Cerrado, uma em Cerrado, uma em área transição Cerrado - Caatinga, uma em áreas de transição Mata Atlântica - Campos Sulinos, e uma em área de transição Mata Atlântica - Pampa. Os padrões gerais históricos das relações entre as áreas de endemismo foram analisados através da construção de cladogramas gerais de áreas, utilizando o método de Parcimônia de Brooks (BPA1º) e métodos comparativos: BPA de nós (BPAn) dos cladogramas filogenéticos, e sub-árvores livres de paralogias (áreas redundantes) (PF). O cladograma geral das áreas de endemismo está composto por quatro blocos de relacionamento das áreas: BNE (bloco nordeste – PI+PE+BA), BSEN (bloco sudeste norte – DF+MG+ES), BSES (bloco sudeste sul – Org(RJ+SP+SC), e BS (bloco sul – PoA+RSinterior). Posteriormente são discutidos então os principais eventos históricos, como formações dos grandes rios e soerguimentos de serras, podendo inferir o que determinou as separações atuais das distribuições das migalomorfas da Mata Atlântica e fitofisionomias adjacentes.

Resumo (inglês)

The Mygalomorphae spiders infraorder has a wide distribution in Brazil, and are considered promising for historical biogeographical studies, showing endemic distributions and high diversity in Brazilian phytophysiognomies. The present study investigated aspects of the historical biogeography of the Atlantic Forest by studying the species of Mygalomorphae that occur there, as well as in adjacent phytophysiognomies, finding similar patterns to other organisms. The study was based on the compilation of data on the geographic distribution of species of migalomorphs belonging to the following families: Actinopodidae Simon, 1889; Barychelidae Simon, 1889; Cyrtaucheniidae Simon, 1889; Dipluridae Simon, 1889; Idiopodidae Simon, 1889; Microstigmatidae Roewer, 1942; Nemesiidae Simon, 1889 and Theraphosidae Thorell, 1869. Only species that have undergone recent taxonomic revision were included. The thesis is divided into 2 chapters: 1- propose the delimitation of areas of endemism for Atlantic Forest and adjacent phytophysiognomies, using species occurrence data; 2- find general pattern of historical relationships between areas of endemism, using phylogenetic hypotheses of two families of these spiders (Nemesiidae/ Theraphosidae). To find the areas of endemism, a Endemism Area Delineation Protocol was implemented, using numerical methods PAE, NDM and Biotic Elements, (based on grid squares on the map), and Kernel Interpolation (GIE), which do not use grid squares on the map. In total, 12 areas of endemism were delimited, six in the Atlantic Forest, two in transition areas Atlantic Forest - Cerrado, one in Cerrado, one in a transition area Cerrado - Caatinga, one in a transition area Atlantic Forest - Campos Sulinos, and one in a transition area Atlantic Forest - Pampa. The general historical patterns of relationships among areas of endemism were analyzed by constructing general areas cladograms, using Brooks Parsimony Analysis (BPA1º) and comparative methods: BPA of nodes (BPAn) of the phylogenetic cladograms, and parallax-free subtrees (redundant areas) (PF). The general cladogram of the endemic areas is composed of four main blocks: BNE (northeast block – PI+PE+BA), BSEN (north southeast block – DF+MG+ES), BSES (south southeast block – Org(RJ+SP+SC), and BS (south block – PoA+RSinterior). Subsequently, the main historical events are then discussed, making it possible to infer what determined the current separations of the distributions of migalomorphs in the Atlantic Forest and adjacent phytophysiognomies.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados