Efeito de suplementação de vitamina D sobre o perfil de adipocinas em mulheres na pós-menopausa.

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-03-09

Orientador

Nahas, Eliana Aguiar Petri
Orsatti, Claudio Lera

Coorientador

Pós-graduação

Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Objetivo: Avaliar o efeito da suplementação isolada de vitamina D (VD) sobre o perfil de adipocinas em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Foi conduzido ensaio clínico, duplo-cego, placebo-controlado envolvendo 160 mulheres com idade entre 50-65 anos e amenorreia ≥ 12 meses. Foram excluídas mulheres com histórico de doença cardiovascular, diabetes insulino dependente, doença renal crônica, doença hepática, doença autoimune, disfunção da paratireoide e usuárias de terapia hormonal da menopausa e de VD. As participantes foram randomizadas em dois grupos: VD, ingestão de colicalciferol 1.000 UI/dia via oral (n=80) ou placebo (n=80). O tempo de intervenção foi de 9 meses, com avaliações nos momentos inicial e final. Para avaliação do perfil de adipocinas foram dosadas adiponectina, resistina, adipsina e PAI-1 (Inibidor do ativador de plasminogênio tipo 1). Os valores séricos de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] foram mensurados por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). A análise estatística foi per protocol, empregando-se ANOVA e medidas repetidas por meio da Distribuição Gama seguido do teste de comparação múltipla de Wald. Resultados: Os grupos foram similares nos parâmetros iniciais clínicos, bioquímicos e no perfil de adipocinas. A média de idade foi de 58,8 ± 6,6 anos no grupo VD e de 59,3 ± 6,7 anos no grupo placebo, com tempo de menopausa de 12,0 ± 8,8 anos e 12,3 ± 8,4 anos, respectivamente (p>0.05). Após 9 meses, valores médios de 25(OH)D aumentaram de 15,0 ± 7,5 ng/ml para 27,5 ± 10,4 ng/ml (+45,4%) no grupo VD, e diminuíram de 16,9 ± 6,7 ng/ml para 13,8 ± 6,0 ng/ml (-18,5%) no placebo (p<0.001). No grupo VD, na comparação entre momentos, observou-se aumento nos valores médios de adiponectina (18.6%) e redução de resistina (-32.4%) e PAI-1 (-39.3%), (p<0.05). E no grupo placebo houve redução no PAI-1 (-25.5%) (p<0.05). Na comparação entre os grupos no momento final, foi observada diferença significativa entre os grupos placebo e VD nos valores médios de adiponectina e resistina (11.5 ± 5.5 ng/mL vs 18.5 ± 21.8 ng/mL, p=0.047, e 16.5 ± 3.5 ng/mL vs 11.7 ± 3.3 ng/mL, p=0.027, respectivamente). Não foram observadas diferenças entre grupos e entre momentos nos valores de adipsina e PAI-1. Conclusões: A suplementação diária e isolada de 1.000 UI de VD por 9 meses associou-se com aumento no valor de adiponectina e redução da resistina quando comparada ao placebo, sugerindo efeito benéfico sobre o perfil de adipocinas em mulheres na pós-menopausa com deficiência de VD.

Resumo (inglês)

Objective: To evaluate the effect of supplementation of vitamin D (VD) alone on adipokines profile in postmenopausal women. Methods: In this double-blind, placebo-controlled trial, 160 postmenopausal women were randomized into two groups: VD group, vitamin D3 supplementation 1,000 IU/day orally (n=80) or placebo group (n=80). Women with amenorrhea ≥ 12 months and age 50-65 years were included. Those with established cardiovascular disease, insulin dependent diabetes, primary hyperparathyroidism, renal failure (or creatinine >1.4 mg/dL), liver disorders, autoimmune diseases, and previous use of menopausal hormone therapy and VD were excluded. The intervention time was 9 months, with assessments at the start and end of treatment. Serum levels of adiponectin, resistin, adipsin and PAI-1 (Inhibitor of plasminogen activator type 1) were determined. The plasma concentrations of 25-hydroxyvitamin D [25(OH)D] were measured by HPLC (high-performance liquid chromatography). Statistical analysis was by intention-to-treat (ITT), using ANOVA and Gamma distribution in repeated measures design followed by multiple comparison Wald’s test. Results: The two groups were similar at baseline in terms of clinical and laboratory parameters. The mean age of the patients included was 58.8 ± 6.6 years in the VD group and 59.3 ± 6.7 years in the placebo group, with time since menopause of 12.0 ± 8.8 years and 12.3 ± 8.4 years, respectively (p>0.05). After 10 months, there was increase in the 25(OH)D concentrations from 15.0 ± 7.5 ng/ml to 27.5 ± 10.4 ng/ml (+45.4%) in VD group, and decrease from 16.9 ± 6.7 ng/ml to 13.8 ± 6.0 ng/ml (-18.5%) in placebo group (p<0.001). In the VD group, in the comparison between moments, there was significant increase in adiponectin (+18.6%) and decrease in resistin (-32.4%) and PAI-1 (-39.3%) (p<0.05). And in the placebo group, there was decrease in PAI-1 (-25.5%) (p<0.05). In the comparison between groups at the end point, a significant difference was observed between the PL and VD groups in the mean values of adiponectin and resistin (11.5 ± 5.5 ng/mL vs 18.5 ± 21.8 ng/mL, p=0.047, and 16.5 ± 3.5 ng /mL vs 11.7 ± 3.3 ng/mL, p=0.027, respectively). There were no significant intervention effects on serum levels of adipsin and PAI-1. Conclusion: In postmenopausal women with vitamin D deficiency, daily isolated supplementation of 1,000 IU of vitamin D3 for 9 months was associated with an increase in adiponectin value and a decrease in resistin when compared to placebo, suggesting a beneficial effect on the adipokine profile.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados