Estudo das alterações funcionais respiratórias em pacientes submetidos à apendicectomia videolaparoscópica
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Data
2024-07-30
Autores
Orientador
Cataneo, Daniele Cristina
Coorientador
Pós-graduação
Cirurgia e Medicina Translacional (Bases Gerais da Cirurgia) - FMB
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
Introdução: A apendicectomia é a cirurgia de urgência mais realizada. Entre 7 e 10% da população desenvolve apendicite aguda. A apendicectomia videolaparoscópica vem sendo considerada como o tratamento cirúrgico mais eficiente, porém, não se pode descartar a possibilidade de complicações pós-operatórias. Objetivo: Analisar o comportamento funcional respiratório no pós-operatório de apendicectomia videolaparoscópica. Método: Foram avaliados, na Santa Casa de Misericórdia de Assis, pacientes diagnosticados com apendicite aguda, no período entre janeiro e dezembro de 2023, submetidos a anamnese, exame físico, espirometria, manovacuometria, índice diafragmático, teste de caminhada de 6 minutos e teste de sentar-se e levantar-se da cadeira de 2 minutos. Esses testes foram repetidos no primeiro, quinto e trigésimo pós-operatórios. Após cada teste dinâmico foi aplicada a escala de Borg e, em cada pós-operatório, a dor foi avaliada pela escala analógica. Resultados: Foram avaliados 16 pacientes, sendo 62,5% homens e 37,5% mulheres. No decorrer do estudo, 1 paciente retirou o consentimento no PO1, 2 não retornaram no PO5 e 4 no PO30. Sendo assim, 9 completaram o estudo. Não houve conversão para cirurgia aberta. Entre os avaliados, 31,25% eram tabagistas e a carga tabágica média foi de 1,97±3,82 anos.maço. A média de idade foi de 37,63±11,45 anos e a do IMC foi de 26,52±2,97 Kg/m². O tempo cirúrgico médio foi de 76,19±22,01 minutos. Um total de 56,25% apresentou apendicite aguda grau I, 18,75% grau II e 25% grau III. Em 18,75% dos casos foi identificada apendicite aguda ulcerada e 81,25% apendicite aguda ulceroflegmonosa. A espirometria mostrou queda relativa nos valores do pré-operatório, no PO1, melhorando e atingindo os parâmetros prévios à cirurgia no PO5, mantendo-os no PO30. A manovacuometria mostrou queda significativa das pressões de PImáx no PO1, voltando à normalidade no PO5, porém a PEmáx não apresentou diferenças estatísticas nos valores de pré e pós-operatório. O ID não apresentou diferença estatística. A distância percorrida no TC6 foi significativamente menor que no PRÉ, apenas no PO1, e em PO5 já se encontrava com valores semelhantes ao PRÉ. O número de repetições de sentar e levantar durante o TSL2 foi significativamente menor no PRÉ e PO1, tornando-se próximos em PO5 e PO30. Em relação ao cansaço não houve diferença estatística entre os momentos estudados. Em todos os momentos, a variável dor foi significativamente menor que no momento PRÉ. Conclusão: Concluiu-se que os pacientes submetidos à apendicectomia por via laparoscópica apresentam redução nos parâmetros da função respiratória e cardiorrespiratória, mais importante no primeiro pós-operatório, recuperando a capacidade normal até o quinto pós-operatório. Verificou-se, ainda, que a maior parte das alterações não se correlaciona com a dor no pré-operatório.
Resumo (inglês)
Introduction: Appendectomy is the most commonly performed emergency surgery. 7-10% of the population develops acute appendicitis. Video-laparoscopic appendectomy has been considered the most efficient surgical treatment, but the risk of post-operative complications should not be disregarded. Objective: To analyze functional respiratory behavior in the postoperative period of laparoscopic appendectomy.
Method: Patients diagnosed with acute appendicitis between January and December 2023 were evaluated at the hospital - Santa Casa de Misericórdia - in Assis. They underwent anamnesis, physical examination, spirometry, manovacuometry, diaphragmatic index, a 6-minute walking test, and a 2-minute sit and stand test. After each dynamic test, the Borg scale was applied, and in each postoperative period, pain was assessed using the analog scale. Results: 16 patients were assessed, 62.5% men and 37.5% women. 1 patient withdrew consent on PO1, 2 did not return on PO5 and 4 on PO30. 9 completed the study. There was no conversion to open surgery. 31.25% were smokers and the mean smoking load was 1.97±3.82 pack-years. Mean age was 37.63±11.45 years and BMI was 26.52±2.97 Kg/m². The average surgical time was 76.19±22.01 minutes. 56.25% had grade I acute appendicitis, 18.75% grade II and 25% grade III. 18.75% of the patients had ulcerated acute appendicitis and 81.25% had ulcerophlegmon acute appendicitis. Spirometry showed a relative drop in preoperative values in PO1, improving and reaching pre-surgery parameters in PO5, and maintaining them in PO30. Manovacuometry showed a significant drop in MIP pressures at PO1, returning to normal at PO5, but MEP showed no statistical difference between pre- and post-operative values. ID showed no statistical difference. The distance covered in the 6MWT was significantly lower than in PRE, only in PO1, and in PO5 it was already at values similar to PRE. The number of repetitions of sitting and standing during the LWT2 was significantly lower in PRE and PO1, becoming similar in PO5 and PO30. Regarding fatigue, there was no statistical difference between the times studied. At all times, the pain variable was significantly lower than at PRE. Conclusion: We conclude that patients undergoing laparoscopic appendectomy show a reduction in respiratory and cardiorespiratory function parameters, most significantly in the first postoperative period, recovering normal capacity by the fifth postoperative day and that most of the alterations do not correlate with preoperative pain.
Descrição
Idioma
Português
Como citar
VICENTE, Felipe Costa. Estudo das alterações funcionais respiratórias em pacientes submetidos à apendicectomia videolaparoscópica. 2024. Dissertação (Mestre em cirurgia e medicina translacional). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina, Botucatu, 2024