O ácido hexanoico pode alterar a fluorescência da clorofila e induzir o acúmulo de compostos fenólicos no cafeeiro?

Abstract

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O Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo; com isso, este produto tem uma importância significativa para a economia nacional. Uma estratégia em práticas agronômicas que pode resultar em um menor uso de defensivos agrícolas consiste na indução da resistência (IR) em plantas. A IR consiste na ativação de mecanismos de defesa latentes da planta por meio de tratamento prévio com eliciadores, substâncias que podem induzir a produção de metabólitos secundários, como compostos fenólicos. Os compostos fenólicos abrangem um extenso grupo de substâncias fungitóxicas, antibacterianas e antiviróticas, podendo ter efeito inibitório na germinação de esporos e no crescimento micelial, que estão envolvidos em respostas bioquímicas e estruturais de resistência em plantas. O ácido hexanoico (Hx) é um exemplo de substância que pode ser um eliciador indutor da resistência, com ação em diversas espécies vegetais e interações com patógenos. Estudos mais recentes identificaram metabólitos induzidos pela aplicação de ácido hexanoico em tomateiros e citros, sugerindo que ele seja capaz de reprogramar o metabolismo primário e secundário. No presente projeto, foi avaliado se a ação da aplicação de 0,6 mM de Hx por 48h alteraria os padrões de fluorescência da clorofila e a induziria a formação de idioblastos contendo compostos fenólicos em plantas de Coffea arabica. A hipótese foi testada em plantas mantidas em solução nutritiva, nas quais foi medida a eficiência quântica do fotossistema II e foi contabilizado o número de idioblastos contendo compostos fenólicos em secções anatômicas transversais da nervura da região mediana da lâmina foliar em cotilédones e eofilos. Não foram identificadas diferenças significativas entre o grupo controle e o grupo de tratamento com Hx, tanto para a eficiência quântica do fotossistema II quanto...