Refeição é um ato coletivo

Abstract

Refeição é um ato coletivo traz relatos pessoais sobre meu processo em Artes Visuais - nas suas dimensões de bacharelado e licenciatura - no Instituto de Artes da Unesp em primeira pessoa. Concluir anos de formação em algumas breves páginas me fez optar pelo formato de ensaio, textual e visual. Usando de expressões em francês que tomei a liberdade de aportuguesar, faço uma caminhada pelo corredores dos ateliers, remontando os passos que me levaram ao ser artista e discuto no ensaio textual questões pertinentes à licenciatura em arte, que invariavelmente também é uma escrita criativa, permeada de imagens. No ensaio visual encadeio as imagens em outra caminhada, desta vez pela exposição Hipérbole do Vermelho, individual que realizei como uma espécie de rito de passagem e que acredito aglutinar muitas das ideias desenvolvidas no ensaio textual, abrindo espaço para a leitura das imagens. Ao unir os dois ensaios, parto da experiência pessoal com o espaço para discutir o caráter mediador do atelier na formação de artistas plásticos, provocando a produção de sentidos e pertencimento mediante à sua organização, refletindo em estruturas de poder que podem tanto por ele serem reforçadas quanto questionadas.

Refeição é um ato coletivo brings personal reports about my process in Visual Arts - in its bachelor’s and licentiate’s dimensions - at the Unesp Arts Institute in first person. Completing years of education in a few short pages made me opt for the essay format, both textual and visual. Using expressions in French that I took the liberty of aportuguesar, I take a walk through the corridors of the ateliers, retracing the steps that led me to become an artist and discuss in the textual essay issues pertinent to a degree in art, which invariably is also creative writing, permeated of images. In the visual essay I chain the images together in another walk, this time through the Hipérbole do Vermelho exhibition, a solo exhibition that I carried out as a kind of rite of passage and which I believe brings together many of the ideas developed in the textual essay, opening space for reading the images. By uniting the two essays, I start from personal experience with the space to discuss the mediating character of the atelier in the education of visual artists, causing the production of meaning and belonging through its organization, reflecting on power structures that can both be reinforced and questioned by it.