Subjetividade na revista Capricho: considerações sobre a representação da menina/jovem negra

Abstract

A intenção deste trabalho é analisar dialogicamente a representação da menina negra na revista Capricho – revista feminina voltada para o público juvenil - a partir dos postulados de Bakhtin e do Círculo, bem como a partir de trabalhos a eles relacionados. Para tal, alguns conceitos são imprescindíveis, pois estão na base da pesquisa; dentre eles diálogo, enunciado concreto, gênero do discurso, ideologia, enunciado verbo-viusal, tema e significação, alteridade e subjetividade. Assim, os objetivos gerais do trabalho são investigar a incorporação dos temas relacionados à negritude, enquanto que os específicos consistem em investigar a ocorrência e configuração da representação da menina/jovem negra. Para compor o corpus, foram escolhidos aleatoriamente seis periódicos dentro do período temporal estabelecido, o qual compreende os anos de 2012 a 2014. A partir dos já mencionados conceitos bakhtinianos, os dados levantados são analisados de forma interpretativa e qualitativa, através do cotejamento de textos escolhidas. Desse modo, é possível perceber que a revista possui um discurso autoritário em relação à beleza, o qual se pauta em um padrão restrito e que exclui diferentes tipos de beleza, incluindo a negra

The purpose of this paper is to dialogically analyze the representation of the black girl in Capricho magazine - a female magazine aimed at the youth audience - from the Bakhtin and Circle postulates, as well as from related works. For such, some concepts are indispensable, because they are in the base of the research; among them dialogue, concrete utterance, speech genre, ideology, verbal-visual utterance, theme and meaning, alterity and subjectivity. Thus, the general objectives of the work were to investigate the incorporation of themes related to blackness, while the specific ones consisted of investigating the occurrence and configuration of the representation of the young black girl. To compose the corpus, six magazines were randomly chosen within the established period, which includes the years 2012 to 2014. From the already mentioned Bakhtinian concepts, the data collected were interpreted through the collation of texts. chosen. Thus, it was possible to realize that the magazine has an authoritarian discourse on beauty, which is based on a restricted pattern and excludes different types of beauty.