Disponibilidade, acesso aos alimentos, alimentação e nutrição de crianças menores de 24 meses em Mouha, Distrito de Sussundenga - Moçambique

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Data

2024-02-26

Orientador

Oliveira, Maria Rita Marques de Oliveira

Coorientador

Pós-graduação

Enfermagem - FMB 33004064085P5

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Introdução: a prevalência de desnutrição crônica em crianças pré-escolares em Moçambique, apesar de alguma melhora, permanece elevada, com maior destaque para zona norte do país. Embora se reconheçam os seus determinantes, sabe-se pouco sobre o papel da disponibilidade e acesso ao alimento no estado nutricional das crianças menores de dois anos. Objetivo: analisar a associação entre a disponibilidade, o acesso aos alimentos, a alimentação e a nutrição de crianças menores de 24 meses, na localidade de Mouha, Moçambique. Métodos: trata se de estudo observacional, do tipo transversal analítico, com amostra de 284 crianças menores de 24 meses. Realizou-se um inquérito familiar com o uso de dois questionários, um direcionado ao chefe do agregado familiar ou seu representante e outro à mãe ou responsável pela criança, incluindo aferição antropométrica. Os índices de peso/comprimento (desnutrição aguda) e comprimento/idade (desnutrição crônica) foram tomados como desfecho de modelos log lineares multinominais utilizados na análise, considerando um conjunto de variáveis preditores demográficas, das práticas de cuidado alimentar, disponibilidade e acesso ao alimento Resultados: verificou-se que, menos de um terço das crianças estavam livres da desnutrição. Na adequação alimentar, apenas 23% atendiam a todos os critérios para a sua faixa etária, assim como associou-se negativamente às desnutrições aguda e crônica graves. No entanto, na faixa etária de 0 a 5 meses, 67% das crianças recebiam aleitamento materno exclusivo e a prevalência de aleitamento continuado ocorria entre 88 a 95% das crianças. A existência de reserva alimentar foi fator de proteção à desnutrição crônica em todos os seus graus, confirmada pela prática de agricultura e diversidade de animais criados como fatores de proteção às desnutrições crônica e aguda. A dificuldade com alimentação esteve associada às desnutrições aguda e crônica das crianças maiores de um ano e menos dependente do aleitamento materno. A presença do homem como chefe do agregado familiar, também, configurou-se como fator de proteção. Conclusão: A desnutrição de crianças menores de dois anos, seja aguda ou crônica, associa-se igualmente à adequação do cuidado alimentar, disponibilidade de alimentos no ambiente local e seu acesso para o consumo.

Resumo (inglês)

Introduction: the prevalence of chronic malnutrition in preschool children in Mozambique, despite some improvement, remains high, particularly in the north of the country. Although its determinants are recognized, little is known about the role of availability and access to food on the nutritional status of children under two years of age. Objective: to analyze the association between availability, access to food, nutrition and nutrition of children under 24 months, in the town of Mouha, Mozambique. Methods: this is an observational, cross-sectional analytical study, with a sample of 284 children under 24 months of age. A family survey was carried out using two questionnaires, one addressed to the head of the household or her representative and the other to the mother or guardian of the child, including anthropometric measurements. The weight/length (acute malnutrition) and length/age (chronic malnutrition) indices were taken as outcomes of multinomial log-linear models used in the analysis, considering a set of demographic predictor variables, food care practices, availability and access to food Results: it was found that less than a third of the children were free from malnutrition. In terms of dietary adequacy, only 23% met all the criteria for their age group, as well as being negatively associated with severe acute and chronic malnutrition. However, in the age group from 0 to 5 months, 67% of children received exclusive breastfeeding and the prevalence of continued breastfeeding occurred between 88 and 95% of children. The existence of a food reserve was a protective factor against chronic malnutrition in all its degrees, confirmed by the practice of agriculture and the diversity of animals raised as protective factors against chronic and acute malnutrition. Difficulty with feeding was associated with acute and chronic malnutrition in children over one year old and less dependent on breastfeeding. The presence of the man as head of the household was also a protective factor. Conclusion: Malnutrition in children under two years of age, whether acute or chronic, is equally associated with the adequacy of nutritional care, availability of food in the local environment and its access for consumption.

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Idioma

Português

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