Escola do campo e juventude sem terra na luta pela educação do campo e pela reforma agrária popular: o caso da Escola Municipal Conrado Pereira no Maranhão

Abstract

A educação se caracteriza pelo seu papel na formação humana, podendo ser uma grande aliada para a classe dominante ou mesmo para a classe trabalhadora. Portanto, a educação é crucial para ambas classes, sobretudo para a classe trabalhadora, sendo importante para a conscientização e libertação, contra a alienação, exploração da força de trabalho, bem como a opressão do capitalismo. A educação do campo é resultado de um processo de luta construído pelos movimentos sociais do campo no Brasil, particularmente pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, se contrapondo ao modelo de educação rural. Neste sentido, a pesquisa proposta busca compreender a Escola Municipal Conrado Pereira em Morada Nova - Baixa do Arroz, Monção - MA como um território em disputa, em que a juventude sem terra luta pelo acesso ao Ensino Médio e constrói seus territórios, através da educação do campo, na busca pela Reforma Agrária Popular. A partir do materialismo histórico-dialético e da pesquisa militante, a metodologia empregada baseou-se na revisão bibliográfica acerca dos conceitos e categorias como educação, juventude território e espaço; além da realização de trabalho de campo, com entrevistas semiestruturadas à representações camponesas e instituições públicas. Apesar da Escola Municipal Conrado Pereira ainda não corresponder às expectativas da educação do campo, com problemas que dizem respeito a suas práticas pedagógicas uma vez que não possui um currículo voltado para dos sujeitos envolvidos, a escola é um território em disputa desde a luta pelo assentamento e pela territorialização do campesinato através da inclusão, sobretudo, do ensino médio. A juventude de Morada Nova – Baixa do Arroz, encontra-se dividida, pois uma parte não se identificar como camponesa e sujeitos políticos de direitos, a outra parte reconhece o campo como seu território e espaço de vida e resistência, reivindicando os seus direitos, como às políticas públicas, entre elas, a educação. A juventude do campo tem um papel importante no enfrentamento ao capital e na construção da educação do campo, que assim como as escolas, são fundamentais para a construção da Reforma Agrária Popular.

Education is characterized by its important role in human formation and can be a great ally for the ruling class or even for the working class. Therefore, education is crucial for both classes, especially for the working class, which has in education an important tool for awareness and liberation, against alienation, exploitation of labor power and oppression of capitalism. Field education is the result of a process of struggle built by rural social movements in Brazil, particularly by the Worker Landless Movement – WLM, contrary to the model of rural education offered. In Maranhão, education in the countryside is characterized by precariousness. In this sense, the proposed research seeks to understand the school as a disputed territory, in which the landless youth fights and builds their territories, through the education of the countryside, in the search for the territorialization of the Popular Agrarian in the particularities of high school at the Conrado Pereira Municipal School in Morada Nova - Baixa do Arroz, Monção - MA. The methodology was based on the literature review about the main concepts and categories that are placed in the theme education, youth, territory, space, among others; and the field work, with interviews to peasant representations and public institutions. Finally, it will be done systematization of the collected data for the textual, graphic and cartographic production of the research. It is concluded that, although the Conrado Pereira Municipal School still does not meet the expectations of field education, the school is a territory in dispute since the struggle for settlement and the territorialization of the peasantry through the inclusion, above all, of secondary education. The youth of Morada Nova – Baixa do Arroz, are divided, as one part does not identify themselves as peasants and political subjects with rights, the other part recognizes the countryside as their territory and space of life and resistance, claiming their rights, as well as public policies, including education. Field youth have an important role in confronting capital and in the construction of field education, which, like schools, are fundamental for the political formation and territoriality of this public and the construction of popular agrarian reform.

La educación se caracteriza por su papel en la formación humana, y puede ser un gran aliado para la clase dominante o incluso la clase trabajadora. Por lo tanto, la educación es crucial para ambas clases, especialmente para la clase trabajadora, siendo importante para la conciencia y la liberación, contra la alienación, la explotación de la fuerza laboral, así como la opresión del capitalismo. La educación rural es el resultado de un proceso de lucha construido por los movimientos sociales rurales de Brasil, en particular por el Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra – MST, oponiéndose al modelo de educación rural. En este sentido, la investigación propuesta busca comprender la Escuela Municipal Conrado Pereira de Morada Nova - Baixa do Arroz, Monção - MA como un territorio en disputa, en el que jóvenes sin tierra luchan por el acceso a la educación secundaria y construyen sus territorios a través de la educación. el campo, en la búsqueda de la Reforma Agraria Popular. Basada en el materialismo histórico-dialéctico y la investigación militante, la metodología utilizada se basó en una revisión bibliográfica de conceptos y categorías como educación, juventud, territorio y espacio; además de realizar trabajo de campo, con entrevistas semiestructuradas a representaciones campesinas e instituciones públicas. Si bien la Escuela Municipal Conrado Pereira aún no cumple con las expectativas de la educación rural, con problemas que atañen a sus prácticas pedagógicas al no contar con un currículo dirigido a las materias involucradas, la escuela es un territorio en disputa desde la lucha por el asentamiento y por la territorialización del campesinado mediante la inclusión, sobre todo, de la educación secundaria. Los jóvenes de Morada Nova – Baixa do Arroz, están divididos, ya que una parte no se identifica como campesinos y sujetos políticos con derechos, la otra reconoce el campo como su territorio y espacio de vida y resistencia, reivindicando también sus derechos. como políticas públicas, incluida la educación. La juventud rural tiene un papel importante en el enfrentamiento al capital y en la construcción de la educación rural, que al igual que las escuelas, son fundamentales para la construcción de la Reforma Agraria Popular.