Nível de atividade física de indivíduos com dor femoropatelar e suas associações com parâmetros biomecânicos, clínicos e psicológicos: um estudo prospectivo

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Data

2023-07-21

Orientador

Azevedo, Fábio Mícolis de

Coorientador

Pós-graduação

Ciências do Movimento - FC/FCT/IB 33004137062P0

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

O nível de atividade física é um fator importante a ser considerado em indivíduos com dor femoropatelar (DFP), pois estes podem apresentar redução nos níveis de atividade física quando comparados a indivíduos assintomáticos. Além disso, o nível de atividade física pode estar associado a níveis aumentados de dor, incapacidade funcional, cinesiofobia e maior número de alterações biomecânicas nessa população. Acredita-se que a persistência e/ou recorrência da dor a longo prazo durante a execução de atividades funcionais possa influenciar de maneira negativa os níveis de atividade física em indivíduos com DFP. Nesse sentido, investigar o nível de atividade de indivíduos com DFP ao longo do tempo se faz importante, assim como, identificar fatores sejam estes biomecânicos, clínicos e psicológicos que podem ter efeito sobre o nível de atividade física destes indivíduos. Os objetivos gerais do presente estudo foram investigar se indivíduos com DFP modificam seus níveis de atividade física e verificar o efeito de parâmetros biomecânicos, clínicos e psicológicos sobre o nível de atividade física destes indivíduos a longo prazo. As coletas de dados baseline e follow-up foram realizadas em um intervalo de 24 meses. As avaliações foram divididas em dois dias, no primeiro foram coletados dados antropométricos, medidas autorreportadas (nível de atividade física, parâmetros clínicos e psicológicos) e avaliação dos parâmetros biomecânicos durante forward step down test, no segundo dia foram coletados os dados de torque muscular de extensores de joelho e abdutores de quadril. O Teste t para amostras pareadas foi utilizado para comparar o nível de atividade física entre os períodos (baseline e follow-up) e equações estimadoras generalizadas (GEE) para medidas repetidas, foram utilizadas para estimar o efeito das variáveis (pior nível de dor no último mês, função autorreportada, cinesiofobia, catastrofismo, torque máximo extensor de joelho, torque máximo abdutor de quadril; pico e ADM de abdução de joelho e adução de quadril; pico dos momentos extensor e abdutor de joelho) e do tempo sobre o nível de atividade física. Não foram identificadas diferenças significativas entre o nível de atividade física (t = 1,003; p > 0,05), atividade física ocupacional (t = 0,897; p > 0,05), exercício físico no lazer (t = 0,365; p > 0,05) e atividade física no lazer e de locomoção (t = 0,708; p > 0,05), entre os períodos analisados. Foram demostrados efeitos significativos nas interações entre tempo e dor (WCS: 0,63; p < 0,05), tempo e função (WCS: 4,58; p < 0,05), tempo e cinesiofobia (WCS: 4,83; p < 0,05) e torque máximo isométrico (WCS: 0,44; p < 0,05) e excêntrico (WCS: 8,70; p < 0,01) dos extensores de joelho. Estes achados sugerem que indivíduos com DFP não modificaram seus níveis de atividade física após 24 meses. E que a dor, função, cinesiofobia e os torques máximos isométrico e excêntrico dos músculos extensores de joelho apresentam efeito sobre o nível de atividade física destes indivíduos ao longo do tempo. Abordar estes aspectos na avaliação e tratamento da DFP parece importante a fim de reduzir os efeitos deletérios no nível de atividade física e qualidade de vida dessa população.

Resumo (inglês)

The level of physical activity is an important factor to be considered in individuals with patellofemoral pain (PFP), as they may have reduced levels of physical activity when compared to asymptomatic individuals. Furthermore, the level of physical activity may be associated with increased levels of pain, functional disability, kinesiophobia and a greater number of biomechanical changes in this population. It is believed that the persistence and/or recurrence of pain in the long term while performing functional activities may negatively influence the levels of physical activity in individuals with PFP. In this sense, investigating the activity level of individuals with PFP over time is important, as well as identifying factors, whether biomechanical, clinical or psychological, that may have an effect on the level of physical activity of these individuals. The general objectives of the present study were to investigate whether individuals with PFP modify their levels of physical activity and to verify the effect of biomechanical, clinical and psychological parameters on the level of physical activity of these individuals in the long term. Baseline and follow-up data collections were performed over a 24- month interval. The evaluations were divided into two days, on the first day anthropometric data, self-reported measures (physical activity level, clinical and psychological parameters) and assessment of biomechanical parameters during the forward step down test were collected, on the second day data on muscle torque from knee extensors and hip abductors. The t test for paired samples was used to compare the level of physical activity between periods (baseline and follow-up) and generalized estimating equations (GEE) for repeated measures were used to estimate the effect of variables (worst level of pain in last month, self-reported function, kinesiophobia, catastrophism, maximum knee extensor torque, maximum hip abductor torque; peak and ROM of knee abduction and hip adduction; peak of knee extensor and abductor moments) and time over the level of physical activity. No significant differences were identified between the level of physical activity (t = 1.003; p > 0.05), occupational physical activity (t = 0.897; p > 0.05), physical exercise during leisure time (t = 0.365; p > 0 .05) and physical activity during leisure time and commuting (t = 0.708; p > 0.05), between the analyzed periods. Significant effects were demonstrated in the interactions between time and pain (WCS: 0.63; p < 0.05), time and function (WCS: 4.58; p < 0.05), time and kinesiophobia (WCS: 4.83; p < 0.05) and maximum isometric (WCS: 0.44; p < 0.05) and eccentric (WCS: 8.70; p < 0.01) torque of the knee extensors. These findings suggest that individuals with PFP did not change their physical activity levels after 24 months. And that pain, function, kinesiophobia and maximum isometric and eccentric torques of the knee extensor muscles have an effect on the level of physical activity of these individuals over time. Addressing these aspects in the evaluation and treatment of PFP seems important in order to reduce the deleterious effects on the level of physical activity and quality of life in this population.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

GARCIA, Carmen Lucia Gomes . Nível de atividade física de indivíduos com dor femoropatelar e suas associações com parâmetros biomecânicos, clínicos e psicológicos: um estudo prospectivo. Orientador: Fábio Mícolis de Azevedo. 2024. 53 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2023.

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