Eficiência da capacidade de filtração da ostra exótica Saccostrea cucullata e comparação com ostra nativa do mangue Crassostrea brasiliana
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Data
Autores
Orientador
Lignon, Marília Cunha 

Coorientador
Quijano, Santiago Montealegre 

Pós-graduação
Curso de graduação
Registro - FCAVR - Engenharia de Pesca
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
A Saccostrea cucullata é uma espécie de ostra exótica invasora (EEI) que tem se disseminado rapidamente no litoral paulista, causando impactos significativos, como a competição com espécies nativas e prejuízos socioeconômicos, especialmente em regiões onde a ostra-do-mangue nativa (Crassostrea brasiliana) desempenha um papel essencial como recurso pesqueiro. No entanto, ainda não há estudos que avaliem seu desempenho fisiológico e sua capacidade de adaptação às condições ambientais do litoral brasileiro. Este estudo teve como objetivo avaliar a eficiência de filtração de S. cucullata no litoral sul de São Paulo, na Reserva Extrativista Ilha do Tumba (Cananeia-SP), e compará-la à capacidade de filtração da ostra nativa. A taxa de filtração foi estimada indiretamente, utilizando modelos baseados no peso seco e no comprimento dos indivíduos. Foram utilizados dados secundários, coletados de oito parcelas amostrais localizadas na RESEX Ilha do Tumba, sendo quatro parcelas em cada estação do ano, inverno de 2019 e verão de 2020. Os dados foram analisados e comparados com estudos prévios sobre a eficiência de filtração da C. brasiliana. Os resultados mostraram que a S. cucullata apresenta uma taxa de filtração média inferior à da ostra nativa, com maior capacidade nos estágios iniciais de desenvolvimento, diminuindo à medida que os indivíduos atingem a fase adulta. Esses resultados ressaltam a importância de pesquisas futuras para entender os fatores ambientais que influenciam o desempenho da espécie invasora e o impacto potencial no equilíbrio ecológico, a fim de subsidiar estratégias de manejo e conservação dos ecossistemas costeiros e recursos pesqueiros.
Resumo (inglês)
Saccostrea cucullata is an invasive alien species (IAS) that has spread rapidly along the coast of São Paulo, causing environmental and socio-economic impacts, especially in regions where the native mangrove oyster (Crassostrea brasiliana) performs an essential role as a fishing resource. However, there are still no studies evaluating its physiological performance and ability to adapt to the environmental conditions of the São Paulo coast. This study aimed to evaluate the filtration efficiency of S. cucullata on the southern coast of São Paulo, in the Ilha do Tumba Extractive Reserve (Cananeia-SP) and compare it to the filtration capacity of the native oyster. The filtration rate was estimated indirectly, using models based on the dry weight and length of the individuals. Secondary data were collected from eight sample plots located in the Ilha do Tumba Extractive Reserve, four plots in each season of the year, winter 2019 and summer 2020. The data was analyzed and compared with previous studies on the filtration efficiency of C. brasiliana. The results showed that S. cucullata has a lower average filtration rate than the native oyster, with greater capacity in the early stages of development, decreasing as the individuals reach adulthood. These results highlight the importance of future research to understand the environmental factors that influence the performance of this invasive species and the potential impact of S. cucullata on the ecological balance and to support management and conservation strategies for coastal ecosystems and fisheries resources.
Descrição
Palavras-chave
Ecologia marinha, Bivalves, Biofiltração, Invasões biológicas, Ecosystem service, Biofiltration, Physiological adaptation, Protected areas
Idioma
Português
Citação
KITAGAMI, B. E. Eficiência da capacidade de filtração da ostra exótica Saccostrea cucullata e comparação com ostra nativa do mangue Crassostrea brasiliana. 2024. 52 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Pesca), Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias do Vale do Ribeira, Registro, 2024.

