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Geoquímica e interpretação das rochas metabásicas da Formação Água Clara, Sul do Estado de São Paulo

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Data

2024-06-28

Orientador

Godoy, Antônio Misson

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Rio Claro - IGCE - Geologia

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

As rochas da Formação Água Clara de composição básica e ultrabásica são constituídas por anfibolitos, metabasitos e metaultrabasitos de idade meso a neoproterozoica, distribuídas no sudoeste do estado de São Paulo. Situam-se na porção sul do Cinturão Ribeira e na região norte do Terreno Apiaí e encontram-se inseridas em rochas da sequência metavulcanossedimentar do Supergrupo Açungui, especificamente na Formação Água Clara, além de rochas granitoides neoproterozoicas, rochas sedimentares do Grupo Itararé, intrusivas básicas associadas ao derrame Serra Geral e sedimentos recentes quaternários. A configuração das unidades litológicas e das feições estruturais superimpostas de idade neoproterozoica seguem um padrão estrutural regional, cujo principal trend se associa à orientação regional NE-SW, delimitando a área por grandes zonas de cisalhamento que são denominadas, ao norte, de Itapirapuã, em contato tectônico com o Grupo Itaiacoca, e ao sul, de Quarenta Oitava, em contato tectônico com o Grupo Lajeado. A evolução geológica é determinada pelo arranjo tectônico-metamórfico neoproterozoico, que é definida por três fases de deformacionais. Os dois eventos iniciais são relacionados a uma tectônica tangenciais, ligados à fase colisional, e consequente espessamento de massas crustais e a colocação e deformação das rochas sin- colisionais. O metamorfismo regional progressivo é do tipo Barroviano, com rochas em fácies xisto verde baixo a médio, com ocorrências locais de metamorfismo de contato e o dinâmico que apresentam natureza retrometamórfica. A paragênese mineral é constituída de 3 composições distintas: pseudomorfos ígneos piroxênios ± labradorita, magnesiohornblenda ± oligoclásio/andesina, representando o ápice do metamorfismo regional progressivo M1, de 579°C a 621°C de temperatura e 6,6 kbar a 7,3 kbar (±0,6) em fácies anfibolito médio; e uma paragênese mineral de actinolita/tremolita ± albita, do retrometamorfismo regional M3 (fácies xisto verde baixo a médio). Dados geoquímicos classificam as rochas como gabro, sub alcalinos de baixo potássio a alcalinos, Fe-toleíticos a Mg-toleíticos, com leve tendência a basaltos komatiíticos. Já os dados geotectônicos, corroborados pelo comportamento dos elementos traços e dos ETRs, indicam três assinaturas principais para os grupos anfibolíticos: rochas básicas toleíticas a komatiíticas associadas a cadeia mesoceânicas (MORB), com possível interação da crosta na fase de subducção; rochas ultrabásicas alcalinas de ilha oceânica (OIA); e basaltos toleíticos de arco de ilha. Portanto, os eventos magmáticos estão correlacionados ao estágio inicial de abertura de bacia ou ao início de fechamento à fase inicial de natureza toleítica de fundo oceânico, associado a basaltos alcalinos de ilha oceânica.

Resumo (inglês)

The orthoderived rocks of basic and ultrabasic composition are composed of amphibolites, metabasites and metaultrabasites of Meso to Neoproterozoic age, distributed in the southwest of the state of São Paulo. They are located in the southern portion of the Ribeira Belt and in the northern region of the Apiaí Terrane and are inserted in rocks of the metavolcano-sedimentary sequence of the Açungui Supergroup, specifically in the Água Clara Formation, in addition to Neoproterozoic granitoid rocks, sedimentary rocks of the Itararé Group, basic intrusives and recent Quaternary sediments. The configuration of the lithological units and superimposed structural features of Neoproterozoic age follow a regional structural pattern, whose main trend is associated with the NE-SW regional orientation, delimiting the area by large shear zones that are called, to the north, Itapirapuã, in tectonic contact with the Itaiacoca Group, and to the south, Quarenta Oitava, in tectonic contact with the Lajeado Group. The geological evolution is determined by the Neoproterozoic tectonic-metamorphic arrangement, which is defined by three deformation phases. The two initial events are related to tangential tectonics, linked to the collisional phase, and consequent thickening of crustal masses and the emplacement and deformation of the synchronous-collisional rocks. The progressive regional metamorphism is of the Barrovian type, with rocks in medium to high greenschist facies, with local occurrences of contact metamorphism and dynamic metamorphism that present a retro metamorphic nature. The mineral paragenesis consists of igneous pseudomorphs of pyroxene ± labradorite, magnesiohornblende ± oligoclase/andesine, representing the apex of the progressive regional metamorphism M1, from 579°C to 621°C temperature and 6.6 kbar to 7.3 kbar (±0.6) in medium amphibolite facies; and a mineral paragenesis of actinolite/tremolite ± albite, of the regional retro metamorphism M3 (low to medium greenschist facies). Geochemical data classify the rocks as gabbro, low-potassium subalkaline to alkaline, Fe-tholeiitic to Mgtholeiitic, with a slight tendency to komatiitic basalts. Geotectonic data, corroborated by the behavior of trace elements and REEs, indicate three main signatures for the amphibolite groups: tholeiitic to komatiitic basic rocks associated with mid-ocean ridges (MORB), with possible crustal interaction during the subduction phase; alkaline ultrabasic rocks from oceanic islands (OIA); and tholeiitic basalts from island arcs. Therefore, the magmatic events are correlated with the initial stage of basin opening or the beginning of closure of the initial phase of tholeiitic nature of the ocean floor, associated with alkaline basalts from oceanic islands.

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Português

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